Em duelo disputado, veteranos de 40 e 42 anos derrotam esportistas de 18 e 19 anos no tie-break no segundo jogo no Campeonato Mundial em Amsterdã, na Holanda
Diferentemente do que aconteceu no sábado, quando não tiveram dificuldades contra os ganeses Ajanako e Scott, os veteranos Ricardo e Emanuel, de 40 e 42 anos, foram surpreendidos pela energia dos jovens russos Stoyanovskiy e Yarzutkin, de 18 e 19 anos, cujas idades somadas - 37 anos - não chegam ao tempo de carreira dos medalhistas olímpicos de Atenas 2004 - 45 anos (21 e 24). Assim, perderam o primeiro set por 21 a 17 e precisaram se esforçar, na base da experiência - e da paciência -, para vencer o segundo por 21 a 13. O tie-break exigiu ainda mais deles, que fizeram 18 a 16 em uma parcial disputadíssima, recheada de reviravoltas e de técnica.
- Foi um jogo difícil, não conhecíamos esse time da Rússia, foi a primeira vez que os enfrentamos. E eles vieram muito confortáveis para essa partida, sem tanta responsabilidade. Demoramos um pouco para sentir como era realmente o tempo do jogo, a forma com que teríamos que jogar para vencer. O terceiro set também foi muito complicado, mas deu tudo certo, conseguimos manter a regularidade na virada de bola. Agora vamos brigar pela liderança contra a Espanha, vai ser o jogo mais difícil até aqui - disse Ricardo.
Depois do confronto duro diante da dupla russa em jogo válido pelo Grupo G, Ricardo e Emanuel encaram os fortes espanhóis Herrera e Gavira, nesta terça-feira, às 13h (de Brasília).
Os brasileiros Alison e Bruno Schmidt também venceram. Eles bateram a dupla do Catar Jefferson Pereira/Cherif Younousse por 2 sets a 1, parciais de 23/25, 21/14 e 15/11. Jefferson é brasileiro, nasceu no Rio de Janeiro e atua como jogador catari, naturalizado. Chefir também. Nasceu no Senegal.
Ricardo e Emanuel vencem russos em jogo
disputado (Foto: Reprodução/Twitter)
Os atletas da Rússia chegaram a abrir 9 a 3, se beneficiando, principalmente, da altura de Stoyanovskiy. Com 2,05m, ele estava conseguindo bater Ricardo na rede. Jogando em cima de Yarzutkin, de 1,90m, os veteranos foram ganhando pontos e acertando ataques. Aos poucos, veio o empate em 12 a 12. Mas o set era mesmo dos garotos russos. No erro de Ricardo, eles retomaram o domínio ao abrir 16 a 13. Stoyanovskiy estava muito bem no bloqueio e, desse modo, os estrangeiros chegaram ao set point. Seu companheiro fechou em 21 a 17.
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O segundo set começou diferente. Ricardo e Emanuel voltaram colocando sua experiência e técnica em quadra. O fator surpresa do primeiro set sumiu no segundo. Eles passaram a entender melhor o jogo dos jovens russos e reagiram. Com certa facilidade e reparando seus erros da primeira parcial, chegaram a 21 a 13, impondo seu ritmo. A melhora no saque foi inegável.
O tie-break foi emocionante. Os russos voltaram com muita energia e, mais uma vez, surpreenderam os brasileiros no começo. Depois, Ricardo e Emanuel, aos poucos e, novamente, à base da experiência, melhoraram e empataram. Quando o jogo estava 10 a 10, uma boa bola de Stoyanovskiy e um erro do baiano de 40 anos. Na sequência, Ricardo se redimiu pontuando. O troco veio na pancada de Stoyanovskiy, mas o brasileiro, chamado de "The Block Machine" ("Máquina de Bloqueio") foi bem no fundamento, e chegou ao primeiro match point. Uma bola fora adiou o triunfo e empatou tudo em 14 a 14.
As duplas brigavam ponto a ponto. Os russos tiveram seu primeiro match point, mas os brasileiros voltaram a empatar. Emanuel forçou, sacando no meio dos dois e desestabilizou os rivais, voltando a ter a chance de fechar o jogo. A bola curtinha de Ricardo atrapalhou muito o contra-ataque russo, e Yarzutkin não conseguiu devolver. Ela morreu na rede e sacramentou a vitória brasileira.
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Apesar de ser um torneio importante no cenário do vôlei de praia mundial, o Campeonato Mundial, que vai até o dia 5 de julho, não conta ponto para as duplas brasileiras na busca pela classificação para as Olimpíadas. Ricardo e Emanuel estão na segunda posição nessa briga, com 1800 pontos.
CORRIDA OLÍMPICA: saiba como está a briga pela vaga para 2016
A pontuação obtida nas etapas Major e Grand Slam do Circuito Mundial de 2015 é que define uma vaga em cada naipe. A outra, em cada gênero, será definida por indicação técnica da Confederação Brasileira de vôlei de praia.
FONTE:
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