Mate, sorrisos e cachorro mascote: Paraguai "leve" para pegar o Brasil

Com um dia a mais de preparação do que a Seleção para as quartas de final, paraguaios abrem treinamento, "adotam" animal e acreditam na classificação

Por Edgard Maciel de Sá e Marcelo Hazan

La Serena, Chile

 

Paulo da Silva em entrevista coletiva: mate 

paraguaio, sorrisos e confiança para 

enfrentar o Brasil nas quartas de 

final (Fotos: Edgard Maciel de Sá)

Os constantes sorrisos do experiente zagueiro Paulo da Silva, xerife do Paraguai com 125 jogos e líder em partidas no elenco, são sinais de como a seleção está à vontade em La Serena. A pacata cidade chilena escolhida como sede na Copa América ajuda no clima leve da seleção adversária do Brasil nas quartas de final, sábado, às 18h30 (horário de Brasília), em Concepción.

Até mesmo um problema nacional do Chile virou ponto positivo no Paraguai. Dados divulgados pela secretaria de desenvolvimento regional em 2014 davam conta de que mais de 1 milhão de cachorros estavam abandonados em todo o país. Um deles roubou a cena no treinamento da última segunda-feira e divertiu os jogadores.

- O cachorro é parte da família. Temos carinho por ele. Não queria sair do treino, não sei por qual motivo (risos) - brincou Paulo da Silva.

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À vontade na cidade escolhida como sede da equipe, o zagueiro diz que as instalações disponibilizadas e a estrutura proporcionada ao Paraguai não dão "nenhuma desculpa" para o time para a fase decisiva.

O Paraguai, inclusive, comemora a semana completa de descanso e treinamentos entre o confronto com o Uruguai (último sábado) e o duelo diante do Brasil. O rival da Seleção teve um dia a mais para ficar tranquilo e aproveitou para dar folga ao elenco no domingo, opção repetida pelos brasileiros na última segunda-feira, dia em que também houve atividade completamente aberta para a imprensa, algo raro em uma semana decisiva.

Cachorro vira atração em treinamento do Paraguai (Foto: Guido Nunes)

- Estamos muito contentes de conseguir o primeiro objetivo e estamos muito melhores (do que na primeira fase). Temos uma semana para nos prepararmos para o jogo contra o Brasil e agora cabe a nós ir passo a passo. Esse tempo de descanso será fundamental. Estamos entre os oito melhores e isso dá uma certa tranquilidade para a seleção - afirmou Paulo.
Presente na classificação nos pênaltis sobre o Brasil, nas mesmas quartas de final da Copa América, em 2011, Paulo da Silva agora vê o Paraguai ainda mais forte.

- Há quatro anos entramos como um dos piores terceiros, sem ganhar um jogo e não ganhamos até a final. Estamos mais fortes em questão de resultado, com 50% do plantel mantido e mais experientes. Sabemos jogar esse tipo de jogo. Sabemos que vai ser difícil. Esse jogo é matar ou morrer nos 90 minutos. Vamos tentar seguir crescendo - finalizo


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