Ponteiro que sonhava jogar na NBA diz que estilo vibrante e espírito guerreiro são influência do ídolo; no domingo, time enfrenta o Sesi-SP na final do Nacional
Filipe comemora ponto (Foto: Divulgação/CBV)
Neste domingo, o ponteiro de 35 anos, que funciona como o coração da equipe, espera colocar em prática os ensinamentos de seu mestre na final da Superliga masculina de vôlei. Em busca do tricampeonato, o Cruzeiro enfrentará o Sesi-SP, a partir das 10h, no Mineirinho. A TV Globo transmite ao vivo, e o GloboEsporte.com acompanha em Tempo Real, com vídeos.
- Era apaixonado por basquete e o Jordan era uma inspiração. Eu queria ser igual a ele, jogar na NBA. Eu acompanhava aquelas dez melhores jogadas, gostava de conduzir, comandar e de usar o número 23. Não tinha muito dinheiro para comprar a camisa dele na época, mas tinha uma dos Bulls. Ele foi muito marcante para mim, fora aquela coisa de vibrar, de garra, aquela expressão de guerreiro. Ele nunca deixou de tentar. E essa minha postura em quadra vem um pouco de lá. Eu já tinha isso de vontade que vem do coração, que vem da alma mesmo, sendo ponto meu ou do meu colega. E acho que isso contagia a torcida e os jogadores. Quando não estou assim, o time sente.
Michael Jordan participa de Torneio de
Enterradas da NBA em 1988
(Foto: Agência Getty Images)
Jordan costumava dizer que nos playoffs os homens se separam dos meninos. A frase que um dia havia lido, passou a fazer parte da história de Filipe.
- E é isso mesmo. Na edição 2004/2005 da Superliga, o Nalbert usou essa expressão antes do último jogo (contra o Minas). E ajudou bastante. Aquela era hora de a gente se divertir e fomos campeões. Então, gosto dessa energia, da imagem de guerreiro.
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Gosta também de ser aquele a quem os companheiros recorrem seja para falar de jogo ou para contar algum problema da vida. Considera a equipe que defende há cinco temporadas como um família.
- Converso com todos, tenho amizade, uma forma de comunicar mais tranquila. Criei isso com eles, essa confiança. Durante todo esse tempo, criamos um respeito. Temos desentendimentos como em qualquer família, mas nossa cobrança é sempre dentro de quadra, por comprometimento, dedicação, para que cada um doe mais. Tudo é pelo bem comum. Queremos chegar a esta decisão nas melhores condições porque a Copa Brasil nos frustrou (perderam para o Taubaté na semifinal).
Filipe e seus companheiros durante treino do
Cruzeiro no Mineirinho (Foto: Alexandre
Arruda / Divulgação CBV)
Além da vibração de Filipe, o time mineiro espera contar também com sua eficiência no ataque e na recepção. Sabe que o Sesi-SP apostará no saque para tentar anular o ataque celeste.
- Os caras vão sapecar mesmo no saque. A gente está treinando para isso. Temos sacadores fortes. Eles vão ter momentos bons no saque e nós também. Acho que eu, meus companheiros estamos preparados na recepção para a estratégia deles. Acredito que este jogo será muito igual, decidido nos detalhes.
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