Em mata-mata, brasileira sai atrás de surfista da casa, mas executa aéreo espetacular e vira o jogo para avançar às quartas. Tatiana Weston-Webb também se classifica
Superação faz parte da vida de Silvana Lima. E sua história
não poderia ser diferente na etapa de Gold Coast, que abre o Circuito Mundial
de Surfe de 2015. Depois de ser o destaque da primeira fase ao bater a
hexacampeã Stephanie Gilmore, a brasileira de 30 anos levou o troco da australiana
no round 3 e foi empurrada para a repescagem. Na bateria que decidia sua permanência
na competição, por pouco não foi eliminada pela surfista local Sally
Fitzgibbons.
Mas no fim, virou o placar com direito ao chamado “dez perfeito”, quando todos os cinco juízes dão a nota máxima para a onda - o único até o momento do evento, contando tanto as baterias femininas quanto as masculinas. Com a vitória por 17,73 a 16,96 na quarta fase, Silvana conquistou vaga nas quartas de final, onde fará o "tira-teima" com Gilmore. Já Sally foi eliminada.
- Estou superfeliz, amarradona. Estou nas nuvens - disse, eufórica com o triunfo heroico.
Mas no fim, virou o placar com direito ao chamado “dez perfeito”, quando todos os cinco juízes dão a nota máxima para a onda - o único até o momento do evento, contando tanto as baterias femininas quanto as masculinas. Com a vitória por 17,73 a 16,96 na quarta fase, Silvana conquistou vaga nas quartas de final, onde fará o "tira-teima" com Gilmore. Já Sally foi eliminada.
- Estou superfeliz, amarradona. Estou nas nuvens - disse, eufórica com o triunfo heroico.
Silvana executa aéreo espetacular e tira
primeira nota 10 da etapa de Gold
Coast (Foto: Luciana Pinciara
/ Motion Photos)
Na bateria anterior, Tatiana Weston-Webb, surfista
nascida em Porto Alegra (RS) e que compete pelo Havaí, também conseguiu vaga
nas quartas de finais de forma emocionante, ao derrotar a australiana Dimity
Stoyle por apenas um décimo: 14,83 x 14,73. Na próxima fase, a "havaiana-gaúcha" vai encarar Malia Manuel. Saiba mais sobre o duelo de Tati clicando aqui.
"Dez perfeito" de Silvana na melhor bateria do evento até o momento
Silvana começou abrindo mão de uma onda e vendo Sally anota 9,63
logo nos primeiros minutos. Na sequência, a australiana anotou um 6,33,
deixando a brasileira em “combinação”, quando precisa tirar duas notas para
conseguir virar. Foi então que Sil tirou da cartola um “air reverse” e
completou a onda com maestria para levar o público à euforia. A façanha lhe
rendeu o “10 perfeito”, quando todos os cinco juízes dão a nota máxima (para
tirar 10 basta quatro notas máximas, já que a maior e a menor são descartadas).
Sally Fitzgibbons dificultou a vida de Silvana
Lima em Gold Coast (Foto: Luciana
Pinciara / Motion Photos)
Mas nem o 10 perfeito era suficiente. Sally tinha 15,96
contra 11,27 da brasileira, que precisava de um 5,97 para virar. Sil foi atrás
de mais uma boa nota. Arriscando ao máximo, acabou caindo e desperdiçando uma onda
com potencial, na qual tirou 4,83. Nos dois minutos
finais, Silvana dropou uma boa onda, enquanto a australiana pegou duas. Com o
cronômetro zerado, foi precisou aguardar a decisão dos juízes para saber quem
havia vencido. Sally recebeu um 7,33, fazendo a rival precisar de 6,97.
- Vi a Sally pegar uma onda que achei que não ia ser boa. Pensei "Nossa, a
menina começou com uma nota dessa acima de 9. Por que não fui nessa
onda?". Mas eu pensei "a bateria não acabou". Tiveram altas ondas.
Estava confiante que ia pegar uma para dar um aéreo, e consegui
completar e tirar um 10. No fim, acreditava em Deus que uma onda ia vir
para mim e eu ia dar o máximo para conseguir uma boa nota. A bateria só
acaba quando soa a buzina - lembrou.
A apreensão era geral, a brasileira poderia ser eliminada
mesmo ganhando o primeiro 10 do evento. Mas se na terceira fase Silvana saiu da
água achando que havia vencido e se decepcionou com a derrota no fim, dessa vez
a história foi diferente. E com um 7,73, virou o jogo. Mas ainda restava
aguardar a última nota de Sally. Ainda no mar, Sil rezou. Nota 6,67 para a adversária, insuficiente para
tirar a vitória da guerreira cearense, que abriu o sorriso.
-
Fiquei esperando “Será que virei? Será que não virei?”. E
acabei conseguindo a virada. Vi a última onda dela, achei que ela poderia ter dado o troco. Fiquei na
dúvida, mas ela precisava de uma nota excelente. Graças a Deus deu tudo
certo e agora a gente está nas quartas - completou.
Silvana sorri após vitória na quarta fase da
etapa de Gold Coast do Mundial de Surfe
(Foto: Luciana Pinciara / Motion Photos)
Resultados da 3ª fase - Feminino:
1: Sally Fitzgibbons (AUS) 11,90 x Malia Manuel (HAV) 15,50 x Tatiana Weston-Webb (HAV) 12,37
2: Stephanie Gilmore (AUS) 15,83 x Dimity Stoyle (AUS) 9,64 x Silvana Lima (BRA) 15,40
3: Tyler Wright (AUS) 17,20 x Courtney Conlogue (AUS) 16,27 x Coco Ho (HAV) 15,33
4: Carissa Moore (HAV) 16,10 x Lakey Peterson (EUA) 14,90 x Nikki Van Dijk (AUS) 12,03
1: Sally Fitzgibbons (AUS) 11,90 x Malia Manuel (HAV) 15,50 x Tatiana Weston-Webb (HAV) 12,37
2: Stephanie Gilmore (AUS) 15,83 x Dimity Stoyle (AUS) 9,64 x Silvana Lima (BRA) 15,40
3: Tyler Wright (AUS) 17,20 x Courtney Conlogue (AUS) 16,27 x Coco Ho (HAV) 15,33
4: Carissa Moore (HAV) 16,10 x Lakey Peterson (EUA) 14,90 x Nikki Van Dijk (AUS) 12,03
Resultados da 4ª fase (repescagem) - Feminino:
1: Dimity Stoyle (AUS) x 14,73 Tatiana Weston-Webb (HAV) 14,83
2: Sally Fitzgibbons (AUS) 16,96 x Silvana Lima (BRA) 17,73
3: Courtney Conlogue (AUS) 15,80 x Nikki Van Dijk (AUS) 14,54
4: Lakey Peterson (EUA) x Coco Ho (HAV)
3: Courtney Conlogue (AUS) 15,80 x Nikki Van Dijk (AUS) 14,54
4: Lakey Peterson (EUA) x Coco Ho (HAV)
Baterias das quartas de final:
1: Malia Manuel (HAV) x Tatiana Weston-Webb (HAV)
2: Stephanie Gilmore (AUS) x Silvana Lima (BRA)
3: Tyler Wright (AUS) x Courtney Conlogue (EUA)
4: Carissa Moore (HAV) x Lakey Peterson (EUA)
2: Stephanie Gilmore (AUS) x Silvana Lima (BRA)
3: Tyler Wright (AUS) x Courtney Conlogue (EUA)
4: Carissa Moore (HAV) x Lakey Peterson (EUA)
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