Macaca conta
com gol contra de Mimica para iniciar festa, mesmo a uma vitória de
confirmar classificação. Tricolor, por sua vez, vê chances caírem
A CRÔNICA
por
Heitor Esmeriz
Não fosse uma ciência exata e fria, a matemática já teria se rendido e
carimbado a vaga da Ponte Preta para a Série A do Brasileirão. Mas se
apega às contas quem precisa de um alento. A Macaca pode se dar ao luxo
de dar de ombro para os números. O acesso já é uma realidade no Estádio
Moisés Lucarelli. A comemoração da vitória por 1 a 0 sobre o Sampaio
Corrêa, na tarde deste sábado, no Majestoso, foi de quem sabe disso. Ao
apito final, jogadores se ajoelharam no gramado e a torcida, sem arredar
o pé das arquibancadas, cravou: “A macacada voltou”. Em alto e bom som,
com a certeza de que tem motivos de sobra para ignorar a matemática. A
festa está pronta.
Tem agora 12 jogos de invencibilidade (nove triunfos e três empates), uma reta final quase irretocável, um elenco forte e equilibrado, cinco jogos pela frente para confirmar o óbvio e ainda tem a sorte ao lado dela quando deixa a desejar em campo. Foi com um gol contra do zagueiro Mimica, no último lance do primeiro tempo, que a Ponte encaminhou de vez o retorno à elite nacional, diante de 11.177 torcedores (recorde de público no ano).
O resultado deixa a Macaca com 64 pontos (12 a mais que o quinto colocado, que é o Avaí). Era a projeção inicial para subir. O número mágico, apontado pelo matemático Tristão Garcia, aumentou para 66. Não tem problema. Bragança Paulista é logo ali. No próximo sábado, contra o Bragantino, uma nova vitória basta para superar a pontuação estimada para o acesso, independentemente de outros resultados. Pela proximidade entre Bragança e Campinas (aproximadamente 50 quilômetros), é esperada uma invasão de pontepretanos no Nabi Abi Chedid. De quebra, a Ponte retomou a liderança da Série B do Brasileiro e segue firme e forte também na briga pelo título.
Para o Sampaio, a derrota praticamente enterrou as últimas esperanças
de brigar pelo G-4. Tem 47 pontos, cinco a menos que o quarto colocado
Atlético-GO. Para seguir sonhando, tem de passar pelo Joinville,
terça-feira, às 21h50, em casa. A Ponte também estará de olho neste
duelo. O Joinville, com 63, é o principal concorrente alvinegro pelo
título.
Na sorte também conta
Se faltou inspiração para a Ponte no primeiro tempo, sobrou sorte. Um gol contra de barriga do zagueiro Mimica salvou uma atuação abaixo da média dos campineiros. O Sampaio dificultou a vida da Macaca ao se fechar na defesa. Jonas colou em Renato Cajá, que pouco fez para sair da marcação. O meio de campo da Ponte sentia a falta de Fernando Bob e também da movimentação dos jogadores para abrir espaços. O mérito da Ponte foi o de insistir, aos trancos e barrancos. A persistência resultou na conquista da vantagem no último lance da etapa inicial. Cafu cruzou da direita, Roni dividiu com o goleiro e a bola desviou em Mimica para entrar nas redes. Para a sorte da Ponte.
Os times trocaram de papel no segundo tempo. A necessidade de buscar o resultado forçou o Sampaio Corrêa a abandonar a postura defensiva. Era a vez de a Ponte dar atenção maior à defesa. Com exceção de um chute no travessão de Renato Cajá logo no início, a Macaca pouco produziu ofensivamente. Os esforços estavam voltados para segurar a vitória. E foi bem sucedida na missão. O Sampaio ameaçou Roberto apenas em chutes de longe. Sem brilho e sem sustos. O suficiente para deixar o acesso ainda mais na mão.
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Tem agora 12 jogos de invencibilidade (nove triunfos e três empates), uma reta final quase irretocável, um elenco forte e equilibrado, cinco jogos pela frente para confirmar o óbvio e ainda tem a sorte ao lado dela quando deixa a desejar em campo. Foi com um gol contra do zagueiro Mimica, no último lance do primeiro tempo, que a Ponte encaminhou de vez o retorno à elite nacional, diante de 11.177 torcedores (recorde de público no ano).
O resultado deixa a Macaca com 64 pontos (12 a mais que o quinto colocado, que é o Avaí). Era a projeção inicial para subir. O número mágico, apontado pelo matemático Tristão Garcia, aumentou para 66. Não tem problema. Bragança Paulista é logo ali. No próximo sábado, contra o Bragantino, uma nova vitória basta para superar a pontuação estimada para o acesso, independentemente de outros resultados. Pela proximidade entre Bragança e Campinas (aproximadamente 50 quilômetros), é esperada uma invasão de pontepretanos no Nabi Abi Chedid. De quebra, a Ponte retomou a liderança da Série B do Brasileiro e segue firme e forte também na briga pelo título.
Adilson Goiano fica entre dois marcadores do
Sampaio (Foto: Rodrigo Villalba/Futura
Press/Agência Estado)
Na sorte também conta
Se faltou inspiração para a Ponte no primeiro tempo, sobrou sorte. Um gol contra de barriga do zagueiro Mimica salvou uma atuação abaixo da média dos campineiros. O Sampaio dificultou a vida da Macaca ao se fechar na defesa. Jonas colou em Renato Cajá, que pouco fez para sair da marcação. O meio de campo da Ponte sentia a falta de Fernando Bob e também da movimentação dos jogadores para abrir espaços. O mérito da Ponte foi o de insistir, aos trancos e barrancos. A persistência resultou na conquista da vantagem no último lance da etapa inicial. Cafu cruzou da direita, Roni dividiu com o goleiro e a bola desviou em Mimica para entrar nas redes. Para a sorte da Ponte.
Os times trocaram de papel no segundo tempo. A necessidade de buscar o resultado forçou o Sampaio Corrêa a abandonar a postura defensiva. Era a vez de a Ponte dar atenção maior à defesa. Com exceção de um chute no travessão de Renato Cajá logo no início, a Macaca pouco produziu ofensivamente. Os esforços estavam voltados para segurar a vitória. E foi bem sucedida na missão. O Sampaio ameaçou Roberto apenas em chutes de longe. Sem brilho e sem sustos. O suficiente para deixar o acesso ainda mais na mão.
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