segunda-feira, 11 de agosto de 2014

O reencontro 36 anos depois: Figueira derrota a Chapecoense e deixa o Z-4

 A CRÔNICA


por GloboEsporte.com



Chuteiras coloridas, meiões esticados ao joelho e cabelos estilosos. Dentro e fora de campo, o futebol mudou muito nos últimos 36 anos. Chapecoense e Figueirense também. O tempo passou desde os dois primeiros duelos entre os catarinenses pelo Campeonato Brasileiro, em 1978 – com uma vitória para cada lado. Se antes eram meros coadjuvantes entre 74 clubes de uma só divisão, em 2014 as agremiações ocupam papéis de "protagonistas" e tentam se manter entre os 20 únicos representantes da elite. Na noite desde domingo, Marquinhos colocou o Figueirense em vantagem no restrospecto com o 1 a 0 do time visitante, além de ser o responsável por tirar o Alvinegro da zona de rebaixamento (assista aos melhores momentos no vídeo acima).

Aos 41 minutos do segundo tempo, após escanteio, o zagueiro de 1,97m pegou o rebote e bateu firme, da linha da pequena área, para decretar a vitória. Bola essa responsável por garantir não apenas o inédito triunfo em sequência do time da capital catarinense, mas também a sua saída do grupo dos quatro últimos colocados – agora Botafogo, Bahia, Flamengo e Coritiba. Com 13 pontos, o Figueirense sobe para a 16º colocação, enquanto a Chape desce um degrau e fica em 13º lugar, com dois pontos a mais.

O estádio Índio Condá, fundado em 1976, não recebeu nenhum dois jogos dos catarinenses do Campeonato Brasileiro de 1978 – ambos foram na capital. Porém, a espera valeu a pena, afinal, Chapecoense e Figueirense jogaram pela primeira vez entre si na elite do futebol brasileiro nos atuais moldes, na era dos pontos corridos, e fizeram uma partida movimentada, principalmente no primeiro tempo, com algumas alternativas.


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  • Como esperado, neste domingo, com equipes que lutam contra o rebaixamento, a marcação e a força física deram o tom durante o confronto. A bola aérea e os chutes de média distância foram algumas das alternativas num dia de pouca criatividade no meio de campo. Apesar disso, foram ao menos quatro oportunidades claras de gols na primeira etapa – três do Figueirense e uma da Chapecoense – , além de um cabeceio perigoso de Bruno Rangel, mas invalidado pelo auxiliar por causa da posição irregular do centroavante.
Com mais posse de bola nos primeiros 45 minutos, 65%, o time da casa até tentou pressionar, mas sempre esbarrou numa zaga bem armada do visitante. Dedé foi obrigado a tentar de fora da área, quando obrigou Volpi a fazer bela defesa. Marquinhos teve chance de dentro da área, mas do outro lado, com bom trabalho do goleiro Danilo, em cabeceio.


comemoração do Figueirense contra o Chapecoense (Foto: Getty Images)
Marquinhos comemora o gol que tirou 
o Figueirense do Z-4 (Foto: Getty Images)

Necessidade alvnegra
A rivalidade estadual passou esquentar principalmente na segunda etapa. Cada disputa  ficou mais ríspida, e as discussões, mais enérgicas. Em 18º ao fim da rodada anterior, mas na lanterna quando entrou em campo por conta das vitórias de Bahia e Flamengo, o Figueirense alterou a sua postura. Com uma marcação mais adiantada, conseguiu pressionar os donos da casa e cresceu na partida com a entrada de Giovanni Augusto no lugar de Léo Lisboa. Ele destribuiu o jogo e deu mais mobilidade ao meio de campo, com mais criação. Clayton também foi uma alternativa de Argel que deu mais movimentação na frente.

Os chutes de longa distância voltaram a ser usados como armas, e mais uma vez Danilo e Volpi se mostraram atentos para não deixá-las entrar. Até que, aos 41 minutos, a história mudou. Depois de pegar uma bela finalização de Marco Antônio, Danilo não evitou o chute do zagueiro Marquinhos. Um gol que só poderia sair em bola parada, tão trabalhada ao longo da semana pelas duas equipes. Entretanto, a zaga da Chapecoense falhou, e o ataque alvinegro não perdoou. Marquinhos, zagueiro, deu uma ajuda para o sistema ofensivo como também ao Figueirense uma vantagem que não seria mais perdida.





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