segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Petros revela papo com árbitro e apela ao STJD: "Peço bom senso"

Jogador cita próprio histórico para dizer que encontrão não foi atitude premeditada. E diz que usou o braço como forma de proteger seu rosto


Por São Paulo




O Corinthians conseguiu vencer o Santos por 1 a 0, mas o meia Petros ganhou uma grande dor de cabeça após o jogo na Vila Belmiro. Durante o primeiro tempo, o atleta se chocou com o árbitro Raphael Claus, que segundos antes atrapalhou involuntariamente o corintiano Jadson, após um passe do próprio Petros. Aguardando a denúncia do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), que sabe que é inevitável, o jogador, em entrevista ao "Arena SporTV", pediu "bom senso" aos responsáveis pelo julgamento do caso. Petros recorreu ao seu passado para argumentar que não é um jogador violento e que nunca passou por sua cabeça a ideia de agredir o juiz (assista ao vídeo).

Peço aos responsáveis (pelo julgamento) que tenham um pouco de bom senso"
Petros

- Não existe nenhum histórico da minha parte, nenhum tipo de situação nem parecida. É uma pena que isso tenha acontecido. O STJD vai denunciar porque é o papel deles e eles trabalham para isso. Mas de maneira alguma em tentei agredir o árbitro. A gente se chocou. Conversei com o Claus, foi uma coisa que aconteceu. O curioso é que tem dois jogadores do Santos entre a gente e nenhum dos dois falou nada. O próprio juiz não tem nenhuma reação.

Não sou nenhum descontrolado para tentar agredir o árbitro. Peço aos responsáveis (pelo julgamento no STJD) que tenham um pouco de bom. Longe de mim eu tentar agredir, dar murro no árbitro como algumas pessoas falaram - se defendeu o atleta.

Petros revelou, ainda, ter conversado com Raphael Claus em um momento posterior ao choque. E ainda pediu para o árbitro se afastar quando a bola vinha em direção aos dois e, assim, evitar que houvesse outra trombada.

Petros soco no árbitro Corinthians (Foto: Reprodução SporTV)
Petros garante que não tentou agrediu 
o árbitro Raphael Claus (Foto: 
Reprodução SporTV)

- O lance seguiu, ele falou: "Pô Petros, a gente teve um encontrão ali, você quase me derrubou". Eu falei: "Foi normal". Em outra jogada, eu até falei com ele para se afastar um pouquinho que a bola está vindo e a gente poderia trombar de novo. O quarto árbitro estava de frente para o lance na hora da jogada. O próprio árbitro. Eles devem ter conversado no intervalo. Tenho certeza que ele percebeu que não existia maldade. E no final do jogo, ele teria relatado alguma coisa. Espero que isso seja resolvido o mais rápido possível (...) Porque eu agrediria o árbitro, que é a autoridade máxima da partida? Não tem fundamento isso - argumentou o jogador, que em entrevista ao GloboEsporte.com, afirmou que o lance foi "supernormal".

Petros alegou ter usado a mão nas costas do árbitro como uma forma de proteger o seu rosto.

- Eu tinha acabado de levar uma mãozada no lábio. A minha boca está toda machucada. Fiquei com medo também de ele bater (no meu rosto). Por isso eu uso a mão para não ele bater no meu rosto - alegou.

Segundo o procurador-geral do Tribunal, Paulo Schmitt, o jogador será denunciado no artigo 254-A, por "agressão física ao árbitro", e corre o risco de receber uma suspensão mínima de 180 dias.

- Vai depender dos auditores que vão avaliar. Eles podem entender que houve um ato de hostilidade, um outro tipo de infração. Mas no primeiro enquadramento da procuradoria é uma agressão física ao árbitro. O árbitro estava de costas, uma cena bizarra - afirmou o procurador ao "Arena SporTV".

Petros é líder em desarmes no Campeonato Brasileiro, com 43, e recebeu dois cartões amarelos em 13 partidas disputadas. Com média de 1,85 faltas cometidas por jogo (24 no total), ele é o jogador que mais recebeu faltas na competição ao lado de Conca, do Fluminense, com 42 (média de 3,23).

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