Pela terceira vez seguida, Tricolor cai nas oitavas de final da Libertadores. Barcos fala em "recomeçar" e coloca grupo sob pressão por Brasileirão ou Copa do Brasil
Nas últimas três campanhas na competição sul-americana, acabou deixando o sonho morrer nas oitavas. Em 2011, com Renato Gaúcho, caiu para a Universidad Católica. No ano passado, eliminação diante do Santa Fé, sob comando de Vanderlei Luxemburgo. Sem contar as duas quedas em semifinal de Copa do Brasil em 2012 e 2013, torneio que o clube conquistara quatro vezes na história.
Após a derrota nos pênaltis diante do San Lorenzo, na noite desta quarta-feira, Koff tornou-se personagem principal na zona mista da Arena. Cercado por dezenas de microfones, o presidente falou da "dor" da desclassificação. Como exemplo, lembrou a frustração na derrota para o Ajax em 1995 na busca pelo bicampeonato mundial, tempos em que o clube amplificou sua imagem de mestre em mata-matas.
- Dói muito. Eu como presidente perdi o bi mundial em Tóquio. Com dez jogadores desde os dez minutos do primeiro tempo, perdemos contra um time que estava invicto - recorda.
Koff admitiu a frustração com a perda
da vaga (Foto: Diego Guichard/
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- Acho que o Papa tem mais força do que eu - brinca.
Entre os discursos da direção gremista, a ideia era sempre buscar forças no passado. Em 1982, por exemplo, a desclassificação na fase de grupos virou aprendizado para a campanha vitoriosa no ano seguinte. O caso era utilizado como modelo para o time de Enderson Moreira.
Não deu certo. E a pressão externa por títulos ecoa no elenco atual. Ainda na zona mista, surgiu um abatido Barcos para tentar justificar a derrota e o pênalti desperdiçado contra o gol defendido por Torrico. Se a conquista de um título antes era obsessão, hoje se tornou "obrigação". Essa é a ótica do Pirata para o restante da temporada.
- Precisamos levantar alguma taça este ano. Hoje já é obrigação - frisa.
Por outro lado, Barcos não se apoia no passado para planejar o futuro. Pelo contrário, fala em "recomeçar" do zero:
- Temos que mudar sim, conversar e começar de novo.
Barcos coloca o grupo em pressão por
títulos (Foto: Diego Guichard/
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O último título do clube, embora não em nível nacional, fora o Gauchão de 2010, quando superou o Inter nas decisões. De lá para cá, no entanto, perdeu a hegemonia local para o arquirrival. E neste ano, a queda foi ainda mais dura: derrota por 4 a 1.
Para Koff, todavia, o estadual tem um valor inexpressivo. Tanto que admitiu ter errado o planejamento ao tentar disputar o Gauchão com o mesmo afinco em relação à Libertadores.
- Há muito tempo eu desprezei o Gauchão, sendo tratado de cafezinho (célebre expressão cunhada nos anos 1990). Me dói mesmo é perder uma competição como essa (Libertadores) - comenta. - O Grêmio errou no planejamento. O Inter chegou ao Gre-Nal com nove jogos, e nós, cansados. Numa semana, o Grêmio jogou três vezes. Demos muita importância ao Gauchão num determinado momento.Foi um equívoco.
A partir de então, o Grêmio foca-se em duas competições regidas pela CBF: a Copa do Brasil e o Brasileirão. Ao mesmo tempo em que o clube almeja sorrir nacionalmente, volta a tentar garantir vaga na maior fixação: a Libertadores de 2015.
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FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/gremio/noticia/2014/05/gremio-ve-fama-copeira-abalada-e-admite-obrigacao-por-taca-neste-ano.html
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