Equipe do Globo Esporte visita dependências do centro de treinamento e refaz caminho dos jogadores durante a confusão no último sábado. Assista
Os goleiros, por costumeiramente começarem as atividades antes, já estavam no gramado no momento da invasão. Walter, Danilo Fernandes, Julio César e Rafael, do time juvenil, ao perceberem a situação saíram correndo em direção ao hotel e se esconderam no banheiro do quarto de número 6 por mais de duas horas. A porta do quarto ainda mostra as tentativas de arrombamento por parte dos torcedores.
Bruno Mazziotti, fisioterapeuta do Corinthians, foi um dos funcionários que tentaram conter os invasores e preservar os jogadores, principais alvos do protesto.
Marcas no clube e no corpo do
médico corintiano Joaquim
Grava, que dá nome ao CT
- Naquele momento, a gente estava tentando dar oportunidade de fuga para os jogadores. Ganhar tempo porque salvaríamos vidas ou até mesmo evitaríamos o pior. Todos os funcionários que estavam ali tentavam conter (os torcedores), mas a conversa estava muito difícil – disse Mazziotti.
A ação dos funcionários permitiu que os atletas ganhassem tempo para retornar ao vestiário. Lá, trancaram a porta e colocaram dois armários para evitar a entrada dos vândalos. Eles também pegaram barras de alumínio, que sustentam os cabides, para se defenderem caso fossem atacados.
- A gente via a polícia ali, mas não sei o que acontecia... As ações para conter (os invasores) estavam muito aquém do que necessitava a situação naquele momento – completou o fisioterapeuta.
Três atletas estavam na fisioterapia e não conseguiram se juntar aos companheiros. Danilo, Paulo André e Renato Augusto procuraram abrigo na casa de máquinas de uma das piscinas do centro de treinamento corintiano, e permaneceram ali por mais ou menos três horas. Sem luz, para não chamar atenção de ninguém, sem água e num calor de quase 45°.
Nesta terça-feira, os atletas do Timão emitiram nota oficial na qual dizem estarem fartos com a irracionalidade e atos de violência do futebol. Eles chamam os invasores de marginais e encerram garantindo que não vão aceitar mais nenhum desrespeito do tipo. O sindicato dos jogadores de São Paulo, por sua vez, pediu a paralisação da rodada do fim de semana do Paulistão.
Imagens do dia da invasão do CT do
Corinthians, no último sábado
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/corinthians/noticia/2014/02/terror-no-ct-confira-reconstituicao-da-invasao-e-imagens-da-destruicao.html
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