Aos 36 anos, 15 deles dedicados às areias, Val completa a marca em Natal, superando Shelda e Larissa. Na quadra, ela atuou por Flamengo e Botafogo
Val e Ângela, que jogaram juntas em 2010,
voltarama ser parceiras nesta temporada
(Foto: CBV)
Na última etapa do Brasileiro, em São Luís (MA), Val e Ângela ficaram em terceiro lugar, após superarem as atuais campeãs do Circuito Mundial, Talita e Taiana, por 2 sets a 0, com parciais de 22/20 e 21/17. Ágatha e Bárbara foram campeãs, enquanto Juliana e Maria Elisa completaram o pódio. O SporTV transmite ao vivo as semifinais e a decisão em Natal.
Natural de Jacarepaguá (RJ), Val irá completar
marca de 200 etapas em Natal (RN) (Foto: CBV)
- Estou muito feliz por atingir uma marca tão expressiva como essa. Devo tudo ao vôlei, apesar de não gostar de praia (risos). Tenho 36 anos, mas corpo de 22. Meu físico é muito bom, e eu nunca tive problemas de lesão. Acho que o vôlei de praia, por ser na areia e ter menos impacto, me ajuda a continuar competindo em alto nível. Ainda quero jogar muitas etapas. E a meta é terminar o Circuito Brasileiro entre as três primeiras. Eu e Ângela jogamos juntas em 2010 e optamos por reeditar a parceria nesta temporada. Sinto que estamos evoluindo a cada etapa, mantendo um ritmo bom e jogando de igual para igual contra as atletas da seleção. As expectativas para Natal são as melhores - contou Val, que está em quinto lugar na corrida pelo título, com 1.560 pontos (as líderes Ágatha e Bárbara, com 2.080).
Na última etapa do Circuito, em São Luís
(MA), Vale Ângela ficaram em terceiro
lugar (Foto: CBV)
- É difícil lembrar de todas as etapas, mas uma que me marcou para sempre foi a primeira que eu venci, em 2008, com a Maria Elisa. Depois dos treinos e toda a batalha, a sensação de ganhar é muito gratificante. Vencemos a Juliana e a Larissa na decisão - disse a jogadora, que, curiosamente, detesta praia.
Apesar do currículo de encher os olhos, a vida de Val nas areias não foi feita apenas de alegrias. Em 2010, a atleta perdeu a mãe às vésperas de uma etapa e encontrou forças quase sobrenaturais para superar a dor e fazer aquilo que mais gosta.
- Estava no avião a caminho da etapa quando soube. Sou eu que resolvo tudo na família e fui tratar das questões do enterro da minha mãe. Primeiro, liguei para a Ângela avisando que não iria mais disputar a etapa, mas, percebi que se a minha mãe estivesse viva, ia querer que eu jogasse.
Mudei de ideia e liguei de novo para a Ângela, que perguntou: "Tem certeza que vai conseguir?". Errei tudo o que eu poderia errar no primeiro jogo, mas me recuperei e acabamos ficando em terceiro lugar. Olhando para trás, não sei se conseguiria fazer isso de novo. Não sei de onde veio tanta força. Ao longo da carreira foram muitos momentos bons e outros de superação. No entanto, nunca como esse. No fim das contas, eu só tenho a agradecer ao vôlei, tudo o que eu conquistei na vida foi através do esporte - finalizou.
FONTE:
http://sportv.globo.com/site/eventos/circuito-brasileiro-de-volei-de-praia/noticia/2014/02/jogadora-que-odeia-praia-bate-recorde-de-200-etapas-pelo-circuito-brasileiro.html
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