Entre treinos e competições voltadas para as Olimpíadas do Rio, em 2016, Ketleyn Quadros tira o quimono, sai do tatame e mostra lado feminino em ensaio fotográfico
Ketleyn Quadros se sentiu à vontade
durante o ensaio realizado no Rio de
Janeiro (Foto: Mau Couti/Divulgação )
- Foi uma novidade. O legal é que tanto o fotógrafo quanto o maquiador me deixaram bem à vontade, e as fotos saíram com naturalidade. A nossa técnica (Rosicleia Campos) e a minha família incentivaram. Quando eu era pequena era bem magrela, e minha mãe me colocava para desfilar (risos). A gente fica tanto no tatame que acaba esquecendo de experimentar outras coisas. O judô passa uma imagem bem masculina, não pode usar cabelo solto, então acaba que a gente não consegue mostrar muito o nosso lado feminino. A gente ri, gosta de se arrumar e ter vaidade, mas a gente precisa estar bem séria na hora da luta. Acaba ficando essa imagem - revela a sétima colocada no ranking mundial do peso-leve (57kg).
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Foram as lentes do mesmo fotógrafo, Mau Conti, que recentemente clicaram a também judoca Katherine Campos, segunda melhor brasileira na categoria até 63kg do ranking mundial (16ª), só atrás de Mariana Barros (9ª). Para Ketleyn Quadros, as fotos foram uma forma de mostrar como ela é em seu dia a dia.
- As roupas que foram usadas no ensaio são minhas. Quando a Katherine fez o ensaio, ela levou as dela. Eu usei algumas peças mais curtinhas, mas foi um ensaio comportado. São roupas que mostram como eu sou. Na época que eu fiz o ensaio eu não podia perder treinamento. Tive uma folga para estar no Rio e coincidiu de não estar com nenhum machucado visível, mas dores no dedo ou um roxo de alguma pancada acaba tendo. É um esporte de bastante contato - explica.
A judoca mostrou que também tem talento
como modelo (Foto: Mau Couti/Divulgação )
Ensaio sensual?
- Sua pergunta me pegou de surpresa! Se for um ensaio com a minha cara, desse jeito, se eu me identificar e gostar, eu não vejo problema em um ensaio sensual. Fazer um ensaio que não tem nada a ver comigo e acabar forçando uma barra não é bom. Acho que só a nudez por nudez não sei se rola, mas se for uma coisa diferente, quem sabe? (risos) - conta.
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Aos 26 anos, a atleta de 1,64m não esconde que gostou do resultado do ensaio. Se depender dela, as companheiras de judô ganharam mais uma incentivadora.
- Recomendo que todas as meninas do judô façam o ensaio fotográfico. Todo mundo tem que conhecer o lado feminino delas. Vão se surpreender. Ah! E acho que os meninos do judô também poderiam aproveitar e entrar nessa - brinca a medalhista olímpica.
Em busca de medalhas
Ketleyn Quadros beija a medalha de bronze conquistada em Pequim 2008 (Foto: Getty Images)
- Eu estou me sentindo bem motivada, isso nunca foi problema para mim. Amo o judô de coração e sempre encaro tudo com uma expectativa bem positiva. Tenho um trabalho personalizado no clube e na seleção brasileira. Tenho a tranquilidade de treinar e ter uma boa assistência médica pelo COB. A gente está com a equipe muito forte para essa preparação - diz a confiante Ketleyn.
Depois de viver a emoção da conquista de uma medalha olímpica em Pequim, em 2008, Ketleyn não conseguiu vaga para os Jogos de Londres, em 2012. Mais experiente, a judoca brasiliense espera novamente representar o Brasil na competição poliesportiva mais importante do mundo.
- Tudo faz parte do processo, é importante ter foco. Eu estou esperando e confiando muito nessas Olimpíadas dentro do Brasil. Vai ser uma festa muito bonita não só para os atletas, mas também para o povo brasileiro que merece sentir esse espírito olímpico. Quando fui para Pequim não fazia noção de como era, e vi as pessoas se dedicando e acompanhando. É ótimo juntar os povos de todos os cantos do planeta. Acaba guerra, acaba tudo pelo esporte. Vai ser um presente para o brasileiro - finalizou.
Em março, os atletas da seleção de judô feminina e masculina participam de um treinamento de campo internacional em Saquarema, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro, entre os dias 12 e 23; além das disputas dos Jogos Sul-americanos (11 a 14), do Open de Montevidéu (17 e 18), do Open de Buenos Aires (22 e 23) e do Grand Prix de Samsun, na Turquia (28 a 30).
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/judo/noticia/2014/02/bronze-em-pequim-judoca-vive-dia-de-modelo-e-nao-descarta-posar-nua.html
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