Sob a tutela de pilotos da Stock Car, grandalhões como Lucão, Sidão e Renan se arriscam, mas sofrem com pista molhada e veem 'baixinho' vencer
Com a pista molhada por conta da forte chuva que caiu poucas horas antes, os craques da quadra mostraram pouco talento para acelerar e uma incrível facilidade para derrapar.
O resultado final foi previsível. Fora os profissionais, os “baixinhos” Sandro e Lucianinho lideraram a prova de ponta a ponta. Dos gigantes, Sidão foi o melhor: um honroso terceiro lugar. Murilo, de 1,93m, estatura mediana para um jogador de vôlei, fechou em quarto lugar em sua estreia nas pistas. Mas, até a bandeirada de Montanaro, supervisor da equipe, as derrapagens tomaram conta da Granja Viana.
Dos 'gigantes', Sidão foi o que se adaptou melhor ao kart (Foto: Marcos Ribolli)
- Isso não vai caber na cabeça dele – brincou Lucão.
Na conversa antes da bateria de classificação, novas brincadeiras. Tuka Rocha e Sergio Jimenez tentavam dar dicas aos jogadores, mas já previam a sessão de incidentes. No sacrifício, os gigantes conseguiram entrar no carro e apostaram que a vitória ficaria com o líbero Lucianinho. Logo na primeira curva, quatro rodaram. Antes do fim da bateria de classificação, nenhum deixou a pista sem perder o controle do kart ao menos uma vez.
Os dois pilotos da Stock deram novas dicas antes da largada, mas de pouco adiantou. Mais leves, Sandro e Lucianinho levaram a melhor. Dominaram a bateria de ponta a ponta e deixaram para trás um lastro de rivais atravessados na pista. Profissionais, Tuka e Sergio pegaram leve, mas ainda assim sobraram, mesmo fora da disputa e tendo trabalhado de desviar dos jogadores. No fim, o levantador comemorou a vitória.
Jogadores tentaram se manter estáveis dentro da
pista da Granja (Foto: Marcos Ribolli)
pista da Granja (Foto: Marcos Ribolli)
Tuka Rocha fez elogios ao vencedor. Com uma estatura parecida com a de um piloto, Sandro, de 1,88m, poderia ter tido sucesso nas pistas, afirma o profissional. Mas, fora o levantador, poucos sobrariam.
- Sandro leva jeito. Tem quase tamanho de piloto! O tamanho atrapalha muito no kart. Nós podemos jogar o corpo, virar quando tem algum problema. Eles, não. Eles estavam completamente fora do padrão. Desse tamanho, não tem jeito. Eles não levam o menor jeito (risos). Era engraçado porque não dava para saber quando eles iam rodar.
Dos gigantes, Sidão foi o melhor. Apesar do tamanho, o central do Sesi conseguiu controlar o carro na maioria das curvas, apesar de ter rodado três vezes. Mesmo assim, foi o terceiro da equipe a cruzar a linha de chegada.
- Deu uma diferença grande de peso aí. Tinha que colocar um peso a mais no kart dos pequenininhos e ver o que acontece (risos). Eu rodei umas três vezes. Na primeira curva, passei direto. Mas aos poucos fui pegando a manha. No começo, meus joelhos doíam, o banco é bem justo, mas foi bom. Pensei que fosse ser pior – afirmou.
- Nem sei que eu lugar eu fiquei ainda. Quem não rodou, ganhou. Rodei várias vezes, perdi a conta. Na primeira volta, rodei quatro vezes. Ainda larguei em terceiro, mas depois não deu, só vi a galera passando. Caber no carro foi o de menos. Estou todo molhado, pista molhada. Estava muito difícil para me manter na pista – disse Renan, logo depois de sair do carro.
Outro gigante, Lucão sabia que não poderia ir muito longe. Por isso, aproveitou para se divertir. Em nono lugar, o central reclamou da vantagem dos mais baixos.
Jogadores deram um show de derrapadas na pista (Foto: Marcos Ribolli)
Carros virados na pista foram uma constante
no desafio do Sesi-SP (Foto: Marcos Ribolli)
no desafio do Sesi-SP (Foto: Marcos Ribolli)
- Foi bom para caramba! Eu consegui chegar, tirando os dois profissionais, em quarto no time. Para a primeira vez, está excelente. Mas rodei um monte de vezes. Estava difícil. Mas aos pouco fui melhorando. Foi incrível. Por mais que sejam karts lentos em relação aos profissionais, a adrenalina é grande. Demos tchauzinho para os caras, passei o Rogério remando uma hora (risos). Pode ter certeza que a galera vai voltar – afirmou.
No fim, os melhores subiram ao pódio para uma premiação simbólica. Mas mesmo o vencedor teve seu momento de alvo. Ao festejar o primeiro lugar, Sandro foi surpreendido com um banho de água gelada, ao contrário do champagne usual. Tudo, porém, fazia parte da brincadeira. Até mesmo para Tiago Wesz, o Mão, que ficou com a conta da picanha a ser paga por ter terminado em último lugar.
- Meus quilos a mais proporcionaram isso. Vou colocar a culpa no peso, sou muito forte (risos). Tinham de colocar um lastro nos carros do Sandro e do Lucianinho. Eles levantaram vantagem. Eu fiquei com medo, na verdade. Estava muito liso. Faltou experiência para o piloto. Vou tentar negociar essa picanha aí, ninguém falou nada antes (risos).
Na bandeirada de Montanaro, Sandro levou a melhor (Foto: Marcos Ribolli)
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