Líbero comanda
vitória das paulistas na abertura da competição, enquanto nordestinas
encaram problema de regularização de levantadora argentina
Por GLOBOESPORTE.COM
Osasco, SP
Camila Brait se esforça, corre para fazer a defesa e coloca a bola de
manchete no capricho para Thaisa. A líbero estava inspirada, se
diferenciava não apenas pelo uniforme diferente - e chamativo com um short-saia
-, mas também pelos passes precisos para liderar as estrelas do Osasco
na estreia da Superliga, em casa. As atuais vice-campeãs tiveram
trabalho, mas venceram o primeiro desafio por 3 sets a 0 diante do
estreante Maranhão,
nesta sexta-feira. Em quadra as parciais foram 21/11, 21/18 e 21/16, só
que a equipe nordestina colocou em ação a argentina Yael, que não
estava regularizada segundo a CBV (Confederação Brasileira de Voleibol).
Por isso, os maranhenses podem perder todos os pontos conquistados em
Osasco.
- Foi bom. O time jogou bem para uma estreia. Ainda estamos nos
adaptando à regra dos 21 pontos, mas foi bom - disse Camila Brait,
eleita a melhor jogadora da partida.
Osasco passa pelo Maranhão na estreia da Superliga (Foto: Alexandre Arruda / CBV)
Para ser a casa de estrelas da seleção brasileira, nada melhor do que
um céu azul, que tomou o teto do Ginásio José Liberatti. A casa estava
de visual novo, o uniforme era novo, mas o Osasco logo mostrou que uma
coisa não mudou: o time de Luizomar de Moura é forte candidato ao
título. Thaisa se recuperou de seu quadro viral e se juntou a Sheilla,
Fabíola, Adenízia e Camila Brait. As cinco nem sentiram o cansaço dos
serviços prestados à seleção brasileira e atropelaram junto com as
ponteiras Gabi e Talita. E o time ainda deve crescer com a estreia em
breve da italiana Caterina Bosetti e a sérvia Sanja Malagurski.
Sheilla foi um dos destaques do Osasco diante do Maranhão (Foto: Alexandre Arruda / CBV)
Estreante na Superliga, o Maranhão deu provas de que pode incomodar os
principais times do campeonato e representar bem o Nordeste, ausente nas
três últimas temporadas. A levantadora argentina Yael não levou de
presente de aniversário a vitória, mas pode comemorar seus 28 anos com
uma boa estreia em solo brasileiro, apesar de sentir cãibras, apesar do
problema de regularização. O técnico Chicão alegou que não sabia do
problema burocrático ao escalar a jogadora.
O JOGO
Sheilla nem precisava saltar tão alto para encontrar brechas na defesa
maranhense, mas a oposto não aliviou, soltou o braço no saque, quebrou o
ataque nordestino e conseguiu dois aces. Ela foi o grande nome do
primeiro set com seis pontos. Por mais que o técnico Chicão pedisse
tempo para mostrar como parar Sheilla e Thaisa, as novatas da Superliga
não se encontravam em quadra. No dia de seu aniversário de 28 anos, a
levantadora argentina Yael até encontrou alguns bons passes para as
ponteiras Liz e Nikolle, mas nada que assustasse o entrosado Osasco. Até
defesa da líbero Brait virava passe para a atenta Thaisa. Foi pelo
centro, com Adenízia que o time fechou o primeiro set em 21/11.
Aos poucos a aniversariante argentina foi se soltando. Apostando nas
jogadas com as ponteiras e também com a central Dani Suco, Yael comandou
uma reação do Maranhão, que chegou a liderar a parcial em 14 a 13.
Relaxadas, as meninas de Osasco estavam cometendo erro atrás de erro,
apenas Gabi, que vai defender a seleção sub-23 no Mundial do México,
continuava com a mão calibrada. Só que a experiência das campeãs
olímpicas do Osasco fez a diferença na reta final. Com um toque na rede
das nordestinas, o time de Luizomar levou o set (21/18).
Maranhão deu trabalho, liderado pela levantadora argentina Yael (Foto: Alexandre Arruda / CBV)
Apesar do segundo tropeço, o Maranhão não jogou a toalha. Soltas em
quadra, as jogadoras cresceram e lideraram o início do terceiro set,
mantendo uma vantagem média de dois pontos de frente. Conhecida em terra
argentinas como a guerreira, Yael permaneceu em quadra mesmo sentindo
fortes cãibras, mas diminuiu o ritmo. Melhor para o Osasco. Thaisa e
Sheilla nem precisaram suar tanto, porque a “levantadora” Brait atacou
novamente e suas outras companheiras montaram um bloqueio forte e, desse
jeito, venceram o terceiro set (21/16).
Duelo de novatos
O outro jogo desta sexta foi entre os novatos Barueri, da campeã
olímpica Fernandinha, e o Brasília, da também medalhista de ouro em
Londres Paula Pequeno. Em casa, a levantadora se deu melhor e liderou as
paulistas no triunfo por 3 a 0 - parciais de 21/8, 21/16 e 21/17.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2013/09/levantadora-brait-brilha-e-osasco-bate-estreante-maranhao-na-superliga.html
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