Ex-ponteira do Brasil acredita que derrota para a Rússia em 2004 marcou a virada que o esporte precisava para se firmar no cenário mundial e olímpico
Virna lamenta eliminação nos Jogos Olímpicos de 2004: aprendizado para o futuro (Foto: Getty Images)
– Joguei três Olimpíadas. Em 1996 e 2000, tinha a convicção que não éramos o melhor time. Mas quando fomos para Atenas, sabia que éramos a melhor equipe do mundo. E nós fracassamos. Ali foi um grande aprendizado, para saber que ninguém é imbatível. Foi uma acordada para a geração seguinte. O próprio Zé tirou lições daquela derrota. Doeu muito perder aquele jogo da forma – diz a ex-jogadora ao GLOBOESPORTE.COM.
As lições foram bem aprendidas pelas jovens de hoje. Desde o tropeço em Atenas, o Brasil de José Roberto Guimarães levou, além de duas Olimpíadas, a Copa dos Campeões (2005) e o tricampeonato do Grand Prix (2005, 2007 e 2008), título que a seleção tenta reconquistar a partir desta quarta-feira, no Japão. Apesar de não ter participado diretamente de todas essas campanhas, Virna diz que as medalhas são frutos de anos de trabalho. E, nisso, se inclui.
– Esses títulos vieram da geração da Vera Mossa, da Isabel, da Jaqueline. Elas que plantaram a primeira sementinha. Depois veio a gente. A nossa geração revolucionou o cenário do vôlei brasileiro. A primeira medalha foi em 1996, quando tínhamos Cuba pela frente. Aos poucos as garotas começaram a se agregar ao grupo e saber como funciona a seleção. O bastão foi passado de geração para geração. Isso foi bacana, e elas adquiriram maturidade.
Ex-jogadora foi uma das expoentes da geração passada na seleção feminina (Foto: Getty Images)
– O vôlei da nossa época era muito difícil. A Cuba era bicampeã olímpica, uma equipe praticamente imbatível. Hoje não existe mais isso. Só Brasil e os Estados Unidos seguem em alta. Hoje o Brasil é a equipe a ser batida no mundo. É bicampeão olímpico, tem inúmeros títulos. O time é muito forte e acho que tem muitas chances de ser tricampeão.
O GLOBOESPORTE.COM acompanha todos os passos da seleção de Zé Roberto no Japão. A estreia brasileira acontece às 3h30m (de Brasília) desta quarta-feira, contra os Estados Unidos. Sérvia, Itália e China, além das donas da casa, disputam o título do Grand Prix 2013.
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