Ex-jogadores foram ao novo estádio em homenagem do clube aos 30 anos do primeiro título da Libertadores
- Todos sabemos o nome do primeiro astronauta que pisou na Lua. Poucos saberão o segundo. O Grêmio foi o precursor. Os outros vieram depois.
- Bem depois... - emendou China, volante em 83 em provocação aberta ao Inter, campeão pela primeira vez da Libertadores em 2006.
Jogadores foram a campo com a taça (Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)
- Não gosto de falar em público. Padeço de um problema de voz. E também porque sempre fico tomado de uma emoção muito forte - justificou Koff, 82 anos, aos microfones. - Mas venho aqui agradecer a todos vocês. Vocês escreveram a página mais rica da história do Grêmio. São percursores. E Deus me deu esse privilégio de viver esse momento com vocês.
O discurso durou cerca de 15 minutos, logo após o ornamentado almoço servido pelo clube aos campeões. Depois de Koff, foi a vez de Tarciso falar. Jogador mais velho daquele grupo e atleta com maior número de jogos com a camisa do Grêmio, foi o incumbido de receber uma placa em homenagem aos demais - cada um receberia ao final da cerimônia.
Jogadores do Grêmio campeões da Libertadores de 1983 (Foto: Lucas Uebel/Divulgação, Grêmio)
César entrou na brincadeira. Fingiu se esconder atrás de Osvaldo. Depois, voltou a aparecer, com um sorriso que dimensiona o prazer do reconhecimento. Mesmo que seja num dia, num almoço, numa sala contígua à tribuna de honra da moderna Arena. Sempre é tempo de se lembrar dos capítulos vitoriosos do passado.
Mas não basta lembrar, tem que sentir. E nada melhor do que pisar no gramado novo em folha da nova casa. Assim foram todos, passando a taça de mão em mão, alguns girando uma camiseta tricolor comemorativa. A Arena em peso a aplaudir. Pausa para uma foto e o encerramento triunfal: a chegada de Renato Gaúcho, que, técnico do Grêmio, estava concentrado para o jogo contra o Fluminense das 16h.
- Mas quando é que o Renato concentrou na vida? - brincou o amigo César, que recebeu um forte abraço.
- Nosso torcedor merece a comemoração - disse Renato, sério, após os cumprimentos.
Abraço, aliás, não faltou. Foi a tarde de dar carinho a quem, há 30 anos, presenterou o Grêmio com o primeiro título da América.
Caio e Tita em sessão de autógrafos (Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)
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