sábado, 30 de março de 2013

William brilha, mas XV busca empate e impede Ponte de chegar à liderança

Em partida emocionante, artilheiro do Paulistão faz dois gols, Macaca chega a virar, mas Nhô Quim pressiona e consegue evitar a derrota em casa


 A CRÔNICA

por GLOBOESPORTE.COM

A tarde deste sábado parecia ser toda de William, toda da Ponte Preta. Com dois gols do artilheiro do Paulistão, agora com 11, a Macaca chegou a virar sobre o XV de Piracicaba e caminhava para dormir na liderança isolada, mas a festa não foi completa com o empate por 2 a 2 no Barão de Serra Negra, pela 16ª rodada. Marcelo Soares impediu os campineiros de alcançarem o topo e evitou a derrota do Nhô Quim. Artur, contra, também fez para os donos da casa, diante de um público de 4.971 pagantes, para uma renda de R$ 127.883,68.

O resultado mantém a invencibilidade da Ponte na temporada - agora são 16 jogos sem derrota, com nove vitórias e sete empates – e, se não dá a ponta do Paulistão, ao menos carimba a vaga para as quartas de final. Com 34 pontos, a um do São Paulo, não corre o risco de ser ultrapassada pelo nono colocado, que é o Penapolense.

O empate também não é de todo ruim para o XV. Invicto há quatro partidas, o Nhô Quim manteve a reação na reta final e chegou aos 16 pontos e abriu vantagem em relação à zona de rebaixamento. O próximo desafio está marcado para quarta-feira, novamente em casa, contra o Bragantino, às 19h30. Pelo Paulistão, a Macaca volta a campo no outro domingo, quando recebe o Palmeiras, às 16h. Antes, porém, a Ponte tem a estreia na Copa do Brasil, contra Itabaiana, no Sergipe. Guto Ferreira já adiantou que mandará uma equipe reserva.

Luis Ramirez jogo Ponte Preta XV de Piracicaba (Foto: Denny Cesare / Ag. Estado)Ramírez disputa lance com zagueiro do XV durante empate no Barão (Foto: Denny Cesare / Ag. Estado)

Empate entre insistência do XV e eficiência da Ponte
O XV precisou mudar seu estilo de jogo antes mesmo de a bola rolar. O meia Fabiano, genro de Luxemburgo, foi cortado de última hora. Adriano Ferreira, que até então atuaria na lateral direita, foi para o meio, e Clayton completou a defesa. A mudança fez o Nhô Quim perder em criatividade, mas não em agressividade. Os donos da casa tomaram a iniciativa, dominaram o primeiro tempo, porém, sofreram com a eficiência da Ponte Preta.

De volta após lesão, Paulinho era a principal arma ofensiva do XV. Foram dele os primeiros lances de perigo. Com uma bomba da intermediária, ele colocou Roberto para trabalhar, aos 16 minutos. Os dois tiveram um novo embate na sequência, quando Marcelo Soares tentou o cruzamento, mas a bola mudou de trajetória e só não entrou, pois Roberto, mesmo trombando com a trave, espalmou. No rebote, Paulinho teve duas chances para marcar. Na primeira, acertou a trave. Na volta, com Roberto ainda caído, mandou para fora.

A insistência do XV se transformou em vantagem aos 26 minutos. Se os atacantes do Nhô Quim não conseguiam mandar a bola para as redes, contaram com a ajuda do lateral-direito Artur, da Ponte. Ao tentar cortar um cruzamento de Adriano Ferreira, o camisa 2 da Macaca escorregou e fez contra, abrindo o placar no Barão de Serra Negra.

O gol fez justiça ao melhor momento do XV, mas também acordou a Ponte. A alegria dos donos da casa durou pouco. Com um lindo passe nas costas da defesa, Ramírez deixou William na cara de Thiago Passos para empatar. O atacante se esticou todo para conseguir o toque, aos 31 minutos. A Macaca ainda teve duas oportunidades para virar antes do intervalo, com Cicinho. Em ambas, o meia teve dificuldade em bater de esquerda e praticamente recuou para Passos.

Camisas 9 decidem na etapa final

Com Diego Rosa no lugar de Chiquinho, a Ponte tomou à frente do placar logo aos quatro minutos, em nova jogada entre Ramírez e William. O peruano buscava Diego Rosa, mas o passe contou com uma falha de Luiz Eduardo para encontrar William, que invadiu a área e bateu entre as pernas de Thiago Passos para fazer 2 a 1. Luiz Eduardo ficou parado pedindo impedimento, mas a posição do camisa 9 da Macaca era legal.

Em desvantagem, o Nhô Quim precisou se lançar ao ataque. E, com a Macaca recuada, Roberto voltou a aparecer com destaque, em chutes de Diguinho e Janilson. Foi aí que o outro camisa 9 do jogo também virou personagem do jogo. Para o bem e para o mal. Primeiro, Marcelo Soares perdeu uma chance digna de Inacreditável Futebol Clube. Após escanteio, desviou por cima, dentro da pequena, com o gol livre. Mas ele foi de vilão a herói em instantes. Aos 25 minutos, se redimiu com uma cabeçada certeira no canto direito de Roberto.

A igualdade animou o XV, que pressionou até o fim. Também de cabeça, Adriano Ferreira levou perigo. Diguinho, em batida por cobertura, foi outro que chegou perto de dar a vitória ao XV. Marcelo Soares, de bicicleta, também ameaçou a invencibilidade da Ponte. Mas Roberto foi buscar no canto e garantiu o empate no Barão de Serra Negra.


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