Delegado do jogo chega a declarar que o troféu não seria entregue por causa de invasão do campo por funcionários do futebol do Alvinegro
O Botafogo venceu o Vasco, recebeu as medalhas e levantou o troféu, mas não sem uma polêmica com um dirigente da Federação do Rio. O delegado do jogo e diretor de competições da Ferj, Marcelo Vianna, ficou irritado com a entrada em campo de membros do departamento de futebol alvinegro, incluindo o presidente Maurício Assumpção, e ameaçou não entregar a taça. Os botafoguenses a princípio foram impedidos de entrar no gramado para comemorar, mas em seguida ignoraram os seguranças. No fim, coube ao presidente da federação, Rubens Lopes, a ordem de manter o protocolo e entregar o troféu, que chegou a ser levado de volta para o vestiário.
Não é novidade a iniciativa da Ferj de impedir inicialmente a entrada no gramado de membros do clube campeão que estavam em outras áreas do Engenhão. Foi assim nos três últimos títulos conquistados pelo Fluminense no estádio - Carioca de 2012 e Brasileirão de 2010 e 2012. Jogadores reservas, membros da comissão técnica - como médicos, fisioterapeutas, roupeiros e massagistas - e familiares dos atletas ficam retidos em um primeiro momento para que o campo não fique lotado e posteriormente têm suas entradas liberadas antes da entrega da taça. O que irritou o delegado foi a invasão dos alvinegros.
- A instituição Botafogo simplesmente ignorou a determinação. Eles atropelaram todos os seguranças no portão. Passaram por cima mesmo. Tem tudo sido muito bem organizado, com os jogadores comemorando sozinhos no gramado e posteriormente os outros membros do clube entrando no campo. Não precisava disso. O que fizeram foi uma volta ao passado, com muita gente no gramado. Por isso não vai ter taça. Entregar na bagunça? Não vai ter. Amanhã (segunda-feira) o presidente do Botafogo recebe do presidente da federação - disse Marcelo Vianna.
A determinação não incomodou os alvinegros. O presidente Maurício Assumpção contestou a versão de Vianna e garantiu que a atitude do delegado não estragaria a festa.
- Ele (Marcelo Vianna) está mentindo. Eu estava lá e pedi para liberarem a entrada de um funcionário do Botafogo. Todos queriam comemorar com os jogadores. Ele disse que não ia entrar ninguém, e eu contestei. Disse que ia entrar, sim, porque temos esse direito. Sou o presidente do clube. Ele voltou a dizer que ali ele mandava. Entramos, e o que ele fez? Começou a agredir todos por trás. Não querem entregar a taça? Tudo bem. Quem é o campeão? O Botafogo. E por quê? Porque ganhou dois clássicos jogando sempre por um de três resultados. Isso não vai estragar a nossa festa. Agora vamos correr atrás do segundo turno também para conquistar o título direto - frisou Maurício.
As palavras do presidente foram endossadas pelo holandês Seedorf.
- Não tem problema. Ganhamos a taça e a entrega é apenas um gesto simbólico - frisou.
Rubens Lopes, presidente da Ferj, afirmou que não havia como deixar o campeão sem o troféu, mas explicou que ele não participaria da entrega.
- A festa e o troféu são do Botafogo por merecimento, mas existe um protocolo a ser cumprido. Não havia hipótese de o Botafogo não receber o troféu, a questão é que o presidente da federação não participa de um evento nessas condições.
Jefferson levanta o troféu após polêmica com a Federação do Rio (Foto: André Durão)
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