quarta-feira, 13 de março de 2013

Apelação é negada, e corintianos seguem presos em Oruro


Grupo fica na Penitenciária de San Pedro por tempo indeterminado, enquanto defesa tenta reconsideração da acusação. Casa alugada em vão

Por Diego Ribeiro São Paulo

Corinthianos presos em Oruro (Foto: Diego Ribeiro / globoesporte.com)Presos seguirão aguardando o julgamento na cadeia (Foto: Diego Ribeiro / globoesporte.com)

Em audiência que durou toda a tarde desta terça-feira, a juíza Virginia Colque negou o pedido de relaxamento da prisão preventiva dos 12 torcedores corintianos presos em Oruro, na Bolívia, acusados de homicídio após a morte do garoto Kevin Espada, de 14 anos, no jogo entre San José e Corinthians. Com isso, o grupo vai continuar preso na Penitenciária de San Pedro por tempo indeterminado – a investigação deve levar pelo menos seis meses.

A sessão contou com as presenças do advogado Miguel Blancourt e de um vice-cônsul nomeado pela Embaixada do Brasil na Bolívia. A defesa dos 12 presos reclama de negligência por parte da polícia boliviana, que teria tratado os corintianos com violência no trajeto da penitenciária até a Corte Superior de Justiça de Oruro. Após a audiência, que teve até recesso para o almoço, o grupo foi encaminhado a San Pedro.

Com a manutenção da prisão preventiva, a casa de Cochabamba não deve mais ser utilizada pelos torcedores. O imóvel foi alugado pela torcida uniformizada Gaviões da Fiel para que os presos tivessem residência fixa configurada e pudessem responder ao processo em liberdade. Nada disso funcionou.

Agora, o próximo passo da defesa é tentar a reconsideração da acusação, na qual pode adicionar fatos novos ao processo. O atual documento sequer tem a confissão do menor H.A.M, de 17 anos, que se entregou no Brasil como suposto autor do disparo do sinalizador que matou Kevin Espada. A apelação só permite ao juiz analisar aquilo que já constava no inquérito.


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/corinthians/noticia/2013/03/apelacao-e-negada-e-12-corintianos-continuam-presos-em-oruro.html

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