quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Mané Garrincha: instalada a primeira peça da lona que cobrirá o estádio


Material utilizado é à prova de fogo, fácil de limpar, e conta com propriedades ecológicas, como a capacidade de retirar gases poluentes da atmosfera

Por Fabrício Marques Brasília

A instalação da cobertura do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha entrou na reta final. Foi fixada nesta quarta-feira a primeira peça da membrana que cobrirá os 71 mil assentos da arena. Serão 48 módulos, instalados em uma área total de 47 mil m².

A membrana é composta por duas partes: uma principal, instalada na área superior da cobertura; e outra secundária, que será colocada por baixo das barras de sustentação. Ao todo, serão utilizados 90 mil m² de lona.

- Seguindo o cronograma, a instalação da membrana deverá ser concluída no fim de março. Mas esperamos que seja finalizada até antes. Outras etapas, que poderiam levar 45 dias, conseguimos fazer em oito - projetou o secretário extraordinário da Copa no Distrito Federal, Cláudio Monteiro.

As obras do novo Mané Garrincha iniciaram o mês de fevereiro com 89% de conclusão. Ainda este mês, deverá ser iniciada a instalação dos assentos e, em março, o terreno começará a ser preparado para receber o gramado. A previsão é de que a obra seja entregue no dia 21 de abril, no aniversário de 53 anos de Brasília.

Instalação membrana cobertura estádio Mané Garrincha (Foto: Fabrício Marques / GLOBOESPORTE.COM)Fixada primeira peça da lona que cobrirá o Mané Garrincha (Foto: Fabrício Marques / GLOBOESPORTE.COM)

Membrana técnológica e sustentável
A membrana da cobertura do Mané Garrincha é apontada pelos responsáveis pela obra como um dos destaques tecnológicos do estádio. Produzida no Japão, a lona, revestida de PVC, suportará até 400 quilos de peso e permitirá a passagem de luz natural. O detalhe é que o material tem propriedades para retenção dos raios ultravioleta, evitando a exposição do público aos efeitos nocivos da luz solar.

Outra novidade é a facilidade para limpeza do material. Por meio de uma técnica desenvolvida pela Universidade de Tóquio, a membrana é feita com dióxido de titânio e libera moléculas de dióxido de oxigênio quando exposta ao sol – o processo chama-se fotocatálise. Essas moléculas dissolvem a poeira e o produto é varrido pelas águas da chuva.

Cláudio Monteiro testes membrana cobertura Mané Garrincha (Foto: Fabrício Marques / GLOBOESPORTE.COM)Secretário da Copa mostra que material é à prova de fogo e fácil de limpar (Foto: Fabrício Marques)

O material também é à prova de fogo e tem uma função ecológica: o processo de fotocatálise (contato da membrana com a luz do sol) provoca reações químicas na membrana que ajudam a retirar gases poluentes da atmosfera.

- A membrana é autolimpante, não pega fogo e permite o corte de raios ultravioleta. Também é ecologicamente correta, capaz de capturar a poluição de mil carros por dia. Há toda uma técnologia na membrana voltada para a sustentabilidade - explicou Cláudio Monteiro.

A licitação para compra da cobertura do novo Mané Garrincha foi realizada em março de 2012 e o valor do contrato é de R$ 173,9 milhões. De acordo com o último levantamento do Tribunal de Contas do Distrito Federal, o custo total da obra está estimado em R$ 1,2 bilhão. No entanto, o Governo do Distrito Federal defende que o valor final será menor - aproximadamente R$ 1 bilhão.

Instalação membrana cobertura estádio Mané Garrincha (Foto: Fabrício Marques / GLOBOESPORTE.COM)Com 89% de conclusão, Mané Garrincha tem previsão de entrega para 21 de abril  (Foto: Fabrício Marques)

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