Rei do futebol recebe a equipe do Esporte Espetacular após se recuperar de cirurgia no quadril e mostra que está pronto para voltar ao batente
O Rei está de pé. Com a ajuda de uma bengala, é verdade, mas o objeto apenas apoia Pelé
em uma recuperação que vem desde o dia 10 de novembro. Naquela data,
ele operou o quadril para corrigir o desgaste da cabeça do fêmur
direito, e colocou uma prótese. O osso do local ele guardou de
lembrança. E precisou de quase três meses de reclusão para ficar
novamente bem. Brincou com a situação e avisou que, aos 72 anos, está de
volta, em entrevista ao Esporte Espetacular, que vai ao ar neste
domingo, na TV Globo. No papo com o repórter Renato Ribeiro, ele falou
também que Neymar deve pensar mais no futebol, elogiou a volta de Felipão ao comando da seleção brasileira e colocou Messi abaixo de Maradona e Di Stéfano.
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- Já joguei o andador, as muletas e agora estou só de bengala. Já dou minhas sambadinhas. Olha como essa bengala é mágica: segura o Tchan, amarra o Tchan... (brinca dançando um pouco). Graças a Deus já estou na bengala e com mais duas semanas vou estar aí no futevôlei com a moçada. Vai pro terceiro mês, passa rápido - sorriu o Rei, que recebeu a equipe do EE em sua casa no Guarujá, litoral de São Paulo.
A decisão de operar o quadril veio após receber um prêmio na França.
Precisou encarar degraus e disfarçou a dificuldade sempre com bom humor.
Mas entendeu que era a hora de resolver a questão.
- Para subir ao palco, os jogadores subiam correndo por uma escada. Eu olhava e dizia: caramba, como vou subir isso. Eram seis degraus. Eu subia um, mandava um beijo, subia outro, mandava outro beijo.
O tempo em casa rendeu uns quilos a menos e muita inquietação de Pelé. Ele brincou até com Ronaldo, que participou do Medida Certa, quadro do Fantástico para estimular o emagrecimento.
- Puxa vida, eu joguei trinta anos, joguei com o Cosmos, nunca tinha ficado dois meses sem ter que fazer nada, deitado. Sem botar um pezinho na bola, sem dar uma cabeçadinha. Como fiquei esse tempo todo parado, decidi fechar a boca, senão teria que fazer o Medida Certa, igual ao Ronaldo.
A filha Flávia, fisioterapeuta, cuida da recuperação do pai, espera que em até três meses ele volte a chutar uma bola. Diz que ele obedece na hora dos exercícios, mas Pelé não gosta muito disso não.
- Vocês não sabem o que ela me faz sofrer lá dentro (risos). Devia ser o contrário, mas eu que sou o pai é que fico ouvindo minha filha.
Mas a recuperação não foi o único assunto de Pelé com o repórter Renato
Ribeiro. O futebol não poderia ficar fora do papo. Enquanto se
recuperava, o Rei passou muito tempo vendo jogos pela TV. E observou
Neymar com atenção redobrada. Pediu que o atual craque do Santos tenha
mais cautela, apareça menos e se preocupe mais com o futebol. Para Pelé,
Neymar não está pronto para a Europa ainda.
- Eu acho que o Neymar se empolgou um pouco. A euforia de ter sido um jogador de maior expressão. Ele está se preocupando com a vaidade de aparecer e esquecendo um pouco a equipe. Além disso, não está preparado para jogar na Europa, e onde ia jogar? Falava-se em Inglaterra e Itália. Para ele, Itália, Alemanha e Inglaterra não seriam bons países. Espanha e França têm um futebol mais técnico. Eu joguei minha vida toda no Santos, para quê sair (risos)?
Pelé também comentou o retorno de Felipão à seleção brasileira. Gostou, mas acha que há pouco tempo pela frente. Aproveitou para "cornetar" a presença de Ronaldinho Gaúcho e reforçou que o trabalho de Mano Menezes fez com que o Brasil perdesse tempo.
- Infelizmente, tivemos um tempo longo de experiência e não montamos uma equipe. Como todo o tempo que ficou o Mano, infelizmente foi um tempo perdido. Toda seleção tem que ter um jogador experiente, mas só porque tem nome pode prejudicar. Acho que se a Seleção ficar formada, pode até ser. Como ele entrou não dá, ficou difícil na posição que ele está jogando. Acho que para estar entre os 22, aí sim, é importante.
Se Neymar ainda precisa de conselhos do Rei, Messi está em outro patamar, comparado por Pelé a Di Stefano e Maradona. Mas ainda está atrás dos outros dois argentinos.
- Eu acho que o Maradona era um jogador muito completo e acho o Messi mais sério como atleta, como jogador. O Messi teve uma sorte de pegar o Barcelona. Mas pra fazer a comparação na mesma medida, acho que o Di Stefano foi melhor do que todos eles. Depois Maradona. Messi está chegando lá.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/programas/esporte-espetacular/noticia/2013/02/pele-abre-casa-brinca-com-bengala-e-aconselha-neymar.html
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- Já joguei o andador, as muletas e agora estou só de bengala. Já dou minhas sambadinhas. Olha como essa bengala é mágica: segura o Tchan, amarra o Tchan... (brinca dançando um pouco). Graças a Deus já estou na bengala e com mais duas semanas vou estar aí no futevôlei com a moçada. Vai pro terceiro mês, passa rápido - sorriu o Rei, que recebeu a equipe do EE em sua casa no Guarujá, litoral de São Paulo.
Pelé recebe equipe do EE em casa, no Guarujá (Foto: Marcelo Hazan)
- Para subir ao palco, os jogadores subiam correndo por uma escada. Eu olhava e dizia: caramba, como vou subir isso. Eram seis degraus. Eu subia um, mandava um beijo, subia outro, mandava outro beijo.
O tempo em casa rendeu uns quilos a menos e muita inquietação de Pelé. Ele brincou até com Ronaldo, que participou do Medida Certa, quadro do Fantástico para estimular o emagrecimento.
- Puxa vida, eu joguei trinta anos, joguei com o Cosmos, nunca tinha ficado dois meses sem ter que fazer nada, deitado. Sem botar um pezinho na bola, sem dar uma cabeçadinha. Como fiquei esse tempo todo parado, decidi fechar a boca, senão teria que fazer o Medida Certa, igual ao Ronaldo.
A filha Flávia, fisioterapeuta, cuida da recuperação do pai, espera que em até três meses ele volte a chutar uma bola. Diz que ele obedece na hora dos exercícios, mas Pelé não gosta muito disso não.
- Vocês não sabem o que ela me faz sofrer lá dentro (risos). Devia ser o contrário, mas eu que sou o pai é que fico ouvindo minha filha.
Eu acho que o Neymar se empolgou um pouco"
Pelé
- Eu acho que o Neymar se empolgou um pouco. A euforia de ter sido um jogador de maior expressão. Ele está se preocupando com a vaidade de aparecer e esquecendo um pouco a equipe. Além disso, não está preparado para jogar na Europa, e onde ia jogar? Falava-se em Inglaterra e Itália. Para ele, Itália, Alemanha e Inglaterra não seriam bons países. Espanha e França têm um futebol mais técnico. Eu joguei minha vida toda no Santos, para quê sair (risos)?
Pelé também comentou o retorno de Felipão à seleção brasileira. Gostou, mas acha que há pouco tempo pela frente. Aproveitou para "cornetar" a presença de Ronaldinho Gaúcho e reforçou que o trabalho de Mano Menezes fez com que o Brasil perdesse tempo.
- Infelizmente, tivemos um tempo longo de experiência e não montamos uma equipe. Como todo o tempo que ficou o Mano, infelizmente foi um tempo perdido. Toda seleção tem que ter um jogador experiente, mas só porque tem nome pode prejudicar. Acho que se a Seleção ficar formada, pode até ser. Como ele entrou não dá, ficou difícil na posição que ele está jogando. Acho que para estar entre os 22, aí sim, é importante.
Se Neymar ainda precisa de conselhos do Rei, Messi está em outro patamar, comparado por Pelé a Di Stefano e Maradona. Mas ainda está atrás dos outros dois argentinos.
- Eu acho que o Maradona era um jogador muito completo e acho o Messi mais sério como atleta, como jogador. O Messi teve uma sorte de pegar o Barcelona. Mas pra fazer a comparação na mesma medida, acho que o Di Stefano foi melhor do que todos eles. Depois Maradona. Messi está chegando lá.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/programas/esporte-espetacular/noticia/2013/02/pele-abre-casa-brinca-com-bengala-e-aconselha-neymar.html
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