Trabalhadores que perderam o emprego no fim de 2015 seguem atrás de rescisão e realizam manifestação no entorno do Parque Olímpico; atletas chegam para evento-teste
Trabalhadores
demitidos de obras do Centro Olímpico de Tênis fizeram uma nova
manifestação na região do Parque Olímpico do Rio, na Zona Oeste da
cidade. O protesto ocorreu na manhã desta quarta-feira, e a organização
estima cerca de 150 pessoas presentes. Desde dezembro, quando 300
funcionários foram mandados embora, eles reivindicam os pagamentos da
rescisão por completo. As obras da instalação foram cenário de imbróglio
envolvendo o rompimento de contrato com o consórcio responsável.
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As reivindicações são as mesmas, continua a mesma coisa. Lá em
dezembro, aqueles 300 trabalhadores foram mandados embora, e a
Prefeitura tomou a frente e deu adiantamento parcial das verbas
rescisórias. Deu um ''adiantamentozinho'', esperando que a parte da Ibeg
mandasse os termos rescisórios para poder ter os valores e pagar de
fato. Nesse caminho, a Tangran e a Damiani, que fazem parte do processo
junto com a Ibeg, abriram uma liminar impedindo que a prefeitura
pagasse. Até agora, dizem que estão tentando criar um mecanismo para
quebrar essa liminar e poder pagar aqueles trabalhadores. E desses
trabalhadores, temos 33 que ainda não receberam um centavo sequer -
disse Alfredo Laeber, profissional do sindicato responsável pelo Parque
Olímpico.
No começo do ano, a Prefeitura do Rio de Janeiro decidiu romper de forma unilateral o contrato com o consórcio Ibeg/Tangran/Damiani (ITD), responsável pelas obras do Centro Olímpico de Tênis. Além do encerramento do vínculo, houve também a aplicação de multa de R$ 11 milhões, alegando o não cumprimento de prazos e cláusulas contratuais.
A Ibeg, que lidera o consórcio, não pagou o último salário, nem a rescisão de contrato e o prêmio por assiduidade dos operários dispensados da primeira construção. O grupo vem se manifestando desde o fim do ano passado contra a situação gerada após a quebra de vínculo das empresas com a Prefeitura.
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Depois que a Prefeitura passou a informação que a Tangran e a Damiani
entraram com essa liminar, a gente vem conversando. Mas eles sempre
dizem que o prefeito quer pagar, mas depende de se construir o caminho
para quebrar essa liminar. Eu entendo que pelo órgão que é e a
responsabilidade que tem esse complexo tão grande e um evento como as
Olimpíadas, a liminar deveria ter sido quebrada em 24 horas. Quem está
pedindo é o trabalhador, que não tem culpa da briga entre Prefeitura e
empresa - disse o representante sindical.
O protesto foi acompanhado de perto desde as 6h da manhã, sem tumulto, pela Guarda Municipal. Os manifestantes deram uma volta no Parque Olímpico e se aproximaram do espaço do Parque Aquático Maria Lenk, que recebe, de 19 a 24 deste mês, o evento-teste de saltos ornamentais. Apesar de se aproximarem da entrada do local, não impediram a entrada dos atletas que treinavam nesta manhã. O grupo informou a intenção de realizar um novo movimento na manhã desta quinta-feira. Desta vez, a ideia dos trabalhadores é trazer esposas e filhos.
De
acordo com o ajudante de obras Wilson Ferreira, a rescisão foi assinada
apenas para dar baixa na carteira de trabalho. Ele reitera que os
contratos contavam com o nome apenas da Ibeg, e, até agora, não houve
também o pagamento de fundo de garantia.
- A verdadeira dona do serviço é a Ibeg. Nunca vimos as outras firmas lá dentro. Nunca ouvimos falar nas outras. E até agora nada. O sindicato está correndo atrás, mas a empresa não quer falar com a gente. O que a firma fala é para correr atrás e colocar na Justiça - disse o trabalhador.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia/2016/02/demitidos-de-obras-do-complexo-do-parque-olimpico-fazem-novo-protesto.html
Protesto manifestação parque olímpico
olimpíadas rio 2016 (Foto: Helena Rebello)
No começo do ano, a Prefeitura do Rio de Janeiro decidiu romper de forma unilateral o contrato com o consórcio Ibeg/Tangran/Damiani (ITD), responsável pelas obras do Centro Olímpico de Tênis. Além do encerramento do vínculo, houve também a aplicação de multa de R$ 11 milhões, alegando o não cumprimento de prazos e cláusulas contratuais.
A Ibeg, que lidera o consórcio, não pagou o último salário, nem a rescisão de contrato e o prêmio por assiduidade dos operários dispensados da primeira construção. O grupo vem se manifestando desde o fim do ano passado contra a situação gerada após a quebra de vínculo das empresas com a Prefeitura.
Manifestação novamente reúne
ex-funcionários (Foto: Helena Rebello)
O protesto foi acompanhado de perto desde as 6h da manhã, sem tumulto, pela Guarda Municipal. Os manifestantes deram uma volta no Parque Olímpico e se aproximaram do espaço do Parque Aquático Maria Lenk, que recebe, de 19 a 24 deste mês, o evento-teste de saltos ornamentais. Apesar de se aproximarem da entrada do local, não impediram a entrada dos atletas que treinavam nesta manhã. O grupo informou a intenção de realizar um novo movimento na manhã desta quinta-feira. Desta vez, a ideia dos trabalhadores é trazer esposas e filhos.
Atletas dos saltos ornamentais chegam no
Maria Lenk para treinar para o evento-teste
(Foto: Fabrício Marques)
- A verdadeira dona do serviço é a Ibeg. Nunca vimos as outras firmas lá dentro. Nunca ouvimos falar nas outras. E até agora nada. O sindicato está correndo atrás, mas a empresa não quer falar com a gente. O que a firma fala é para correr atrás e colocar na Justiça - disse o trabalhador.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia/2016/02/demitidos-de-obras-do-complexo-do-parque-olimpico-fazem-novo-protesto.html
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