Protagonista de polêmica, oposta veterana não sai do banco, mas é ovacionada pela torcida. Equipe da Grande São Paulo leva o tetracampeonato estadual consecutivo
A semana marcada por protestos de algumas das principais jogadoras do vôlei brasileiro
terminou com o Osasco ratificando dentro de quadra o seu enorme
poderio. O tradicional time venceu com sobras o Sesi-SP por 3 sets a 0,
com parciais de 25/16, 25/18 e 25/20, neste domingo, no caloroso ginásio
José Liberatti, em Osasco, e conquistou o tetracampeonato consecutivo
do Campeonato Paulista, o 13º da sua história – o time da casa também venceu a partida de ida, na quinta-feira.
Pivô da polêmica que agitou os bastidores da modalidade, a oposta
medalhista olímpica de bronze em Sydney 2000 Elisângela, do Osasco,
sequer saiu do banco, mas foi bastante aplaudida pela fanática torcida
local ao longo da final. Segunda reserva, ela assinou contrato apenas
para o estadual e não conseguirá continuar no time por conta do
ranqueamento da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) para a Superliga
feminina, que começa no dia 10 de novembro. Por conta disso, Lili, de 37
anos, pode ter de encerrar
a carreira de forma antecipada.
- Ser campeã com esse carinho da torcida é uma alegria muito grande. Eu sabia que era querida, mas não fazia ideia que era tanto assim, que tinha essa proporção. Eu espero que a CBV me dê uma resposta nesta semana para ver se eu poderei continuar jogando. Pode ter sido a minha última partida. Não quero que isso aconteça - disse Elisângela, que foi jogada para o alto pelas companheiras de Osasco, após o jogo.
Prevaleceu o forte conjunto osasquense. Mas a oposta Ivna foi a maior pontuadora da finalíssima, com 16 pontos. A ponteira
bicampeã olímpica Jaqueline foi quem mais pontuou pelo Sesi-SP, com 10
pontos.
A obtenção de mais um caneco mostra que o Osasco pode fazer uma grande temporada e tentar acabar com o domínio do Rio de Janeiro, atual tricampeão da Superliga. Comandado dentro de quadra pela levantadora campeã olímpica em Londres 2012 Dani Lins, a equipe ainda conta com a central campeã olímpica Adenízia, a líbero titular da seleção, Camila Brait, e a bicampeã olímpica Thaísa, que está em fase adiantada de recuperação de cirurgias nos dois joelhos e não disputou o estadual.
- Ser campeã com esse carinho da torcida é uma alegria muito grande. Eu sabia que era querida, mas não fazia ideia que era tanto assim, que tinha essa proporção. Eu espero que a CBV me dê uma resposta nesta semana para ver se eu poderei continuar jogando. Pode ter sido a minha última partida. Não quero que isso aconteça - disse Elisângela, que foi jogada para o alto pelas companheiras de Osasco, após o jogo.
Elisângela é jogada para o alto depois do Osasco
conquistar o tetra paulista seguido
(Foto: João Pires/Fotojump)
A obtenção de mais um caneco mostra que o Osasco pode fazer uma grande temporada e tentar acabar com o domínio do Rio de Janeiro, atual tricampeão da Superliga. Comandado dentro de quadra pela levantadora campeã olímpica em Londres 2012 Dani Lins, a equipe ainda conta com a central campeã olímpica Adenízia, a líbero titular da seleção, Camila Brait, e a bicampeã olímpica Thaísa, que está em fase adiantada de recuperação de cirurgias nos dois joelhos e não disputou o estadual.
Meninas do Osasco comemoram título com a
família (Foto: João Pires/Fotojump)
O jogo
A partida começou com o Osasco jogando em ritmo acelerado.
Sacando melhor, as mandantes dificultaram o passe do Sesi-SP e tiveram um bom
aproveitamento nos contra-ataques. Em
boa jornada, Dani Lins estava conseguindo variar bem as jogadas para municiar
as suas companheiras.
Com as bicampeãs olímpicas Fabiana e Jaqueline como suas
principais armas, o visitante deu uma reagida, mas Ivna e Carcaces estavam com
a mão pesada e cravaram bolas importantes para o Osasco abrir 15/8. A partir
daí, o time de amarelo deu um espetáculo. Quase perfeito no ataque e com uma
defesa forte, ele fez sete pontos conseguidos contra dois do Sesi-SP e abriu
22/10. Num suspiro, a equipe de branco marcou cinco pontos seguidos. Mas o
primeiro set foi fechado em 25/16 pelo Osasco, após 26 minutos.
Jogadoras do Osasco celebram ponto na
vitória (Foto: João Pires/Fotojump)
Um time que conta com as bicampeãs olímpicas Fabiana e
Jaqueline, sempre terá ao menos bons momentos em quadra. O Sesi-SP pode viver isso
no início do segundo set. Boas bolas da central e da ponteira ajudaram a equipe
a empatar a segunda parcial em 8/8 e quase passar à frente no placar. O Sesi-SP
só não contava com uma bela sequência de seis pontos do Osasco para frear o ímpeto
das colegas de Fabizona e Jaque. Após retomar as rédeas da segunda parcial, as
donas da casa passaram a infernizar a defesa rival, principalmente graças ao
bom trabalho de Dani Lins. A levantadora soube a hora certa de municiar suas
colegas e foi fundamental para o triunfo por 25/18 no segundo set.
O
tetracampeonato paulista seguido do Osasco estava muito
perto. Apesar do Sesi-SP ter bastante talento e ser aguerrido, o
mandante
sobrava. Além de vencer os pontos mais disputados, ele era empurrado
pela
fanática torcida local. Também pesava a maior velocidade o iminente
campeão. A vitória no set final foi por 25/20. E, logo após o ponto
decisivo, a torcida vibrou muito e gritou. "Tetracampeão! É,
Elisângela", bradou a massa.
Técnico do Osasco, Luizomar de Moura é
surpreendido com banho de gelo após
conquista (Foto: João Pires/Fotojump)
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