A caminho de uma série de confrontos contra a Holanda, amigas lamentam ausência do Brasil na Copa do Mundo, mas seguem focadas nas Olimpíadas
Em quadra, duas guerreiras. Diante das câmeras, dois "mulherões". Em uma sessão de fotos, nesta segunda, no Museu de Arte Contemporânea de Niterói e no Aterro do Flamengo, Natália e Camila Brait mostraram que também levam jeito na frente das lentes. Sorridente, a dupla, que está se preparando para uma série de amistosos, mostrou que a sintonia entre elas vai muito além da seleção. Em alguns dos visuais mais belos das duas cidades, impressionaram pela intimidade com a câmera e a simpatia. Embora já tenha assinado contrato com uma agência no mês passado, Camila diz que ainda não se sente totalmente segura como modelo.
- Você falou que eu estou acostumada, mas não estou não, tá? Fico com vergonha todas as vezes que eu faço fotos e campanhas. (Niterói) tem um visual muito bonito, é a primeira vez que venho aqui e está sendo bem legal sair das quadras fechadas e vir fazer as fotos nesse lugar bonito, com muito sol - contou Camila.
Camila Brait, líbero da Seleção Brasileira, no
MAC (Museu de Arte Contemporânea de
Niterói) (Foto: Divulgação/Adidas)
PREPARAÇÃO OLIMPICA
Natália e Camila Brait tem dia de modelo no
Rio (Foto: Divulgação/Adidas)
Sobre o torneio, foi categórica:
- Realmente, as equipes que participam do Sul-Americano são mais fracas do que as equipes da Europa e da Ásia, ou Estados Unidos, então, temos que tentar fazer de outras maneiras - disse.
LESÕES PREOCUPAM
- O Zé sempre fala que a nossa relação bloqueio e defesa ainda precisa melhorar muito. A gente vê o time dos Estados Unidos jogando e elas defendem o tempo inteiro, jogam com bola rápida. Ele (Zé Roberto) sempre fala para a gente igualar nosso jogo com o delas, porque hoje elas estão mais à frente. Acho que está faltando alguma coisa que até lá vamos conseguir acertar - comentou Camila.
Natália é modelo por um dia no Aterro do Flamengo
(Foto: Divulgação/Adidas)
O número de meninas com lesão preocupa o treinador. Na Copa Rio Internacional, cinco jogadoras lesionadas desfalcaram a equipe - Fabiana, Fernanda Garay, Juciley, Joycinha e Suelle. Com apenas o Sul-Americano e o Grand Prix a serem disputados, as atletas precisam se cuidar a partir de agora, o que fará diferença na reta final da preparação, que começa em abril de 2016.
Camila Brait, líbero da Seleção Brasileira
(Foto: Divulgação/Adidas)
Em 2012, nos Jogos de Londres, a líbero Camila Brait chegou a viajar com a equipe, porém foi cortada na última hora pelo técnico Zé Roberto, justamente para dar lugar a Natália - que conseguiu se recuperar a tempo de uma grave lesão na canela. Faltando pouco menos de um ano, Brait tem a possibilidade de defender o Brasil pela primeira vez nas Olimpíadas.
- Eu fui para Londres já sabendo que as chances de ficar lá eram mínimas. Na realidade, o Zé Roberto me levou porque ele queria que eu fizesse parte do grupo. Por isso, não foi um baque muito grande, não sofri tanto por ter ficado fora. Agora, a expectativa para o ano que vem é a melhor possível, a emoção de jogar uma Olimpíada, ainda mais dentro de casa. Acho que só consigo pensar em fatores positivos. Jogar com a torcida que contagia todos e jogar perto dos familiares vai ser uma emoção única - comentou Camila.
AMIZADE FORA DAS QUADRAS
- Nossa competitividade é só mesmo dentro de quadra, a Brait é uma irmã para mim, somos amigas há vários anos. Temos amizade com várias meninas de outros times. Eu brinco com ela que, se no jogo eu tiver que acertar o rostinho delicado dela, não vou me importar (risos). A rivalidade é mesmo só dentro de quadra, fora dela somos todas muito amigas, não só nós duas, como todas as outras meninas - brincou a ponteira
Camila Brait e Natália mostram sintonia em
sessão de fotos no Aterro do Flamengo
(Foto: Divulgação/Adidas)
Amizade que Camila Brait procura manter até hoje com a ex-líbero Fabi, que deixou a seleção em 2014 e foi substituída por ela.
- Nós sempre nos falamos por whatsapp. A Fabi me ajudou demais em Saquarema quando eu cheguei. Cheguei em 2009 na adulta e treinei com ela até 2013, então, foram quatro anos de aprendizado enormes. Quando eu estava cansada, ela me incentivava. Ela é mais velha e mais experiente que eu, já tinha ganhado muito títulos e treinava pesado. Então, por que eu, mais jovem e buscando vitórias, não iria? Eu aprendi muito com ela, principalmente esse lado de dedicação e de liderança. Vou guardar sempre comigo e, quando eu estiver ficando velha, vou ensinar para as mais novas - lembrou Camila.
Depois dos amistosos na Holanda, o Brasil continua sua preparação no Sul-Americano, que acontece em Cartagena, na Colômbia, entre os dias 29 de setembro e 03 de outubro.
*por Gabriela Pantaleão, estagiária, sob supervisão de Lydia Gismondi.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2015/09/fora-da-copa-do-mundo-camila-brait-e-natalia-vivem-dia-de-modelo-no-rio.html
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