Técnico do Figueirense comemora eliminação do arquirrival Avaí, não acusa Eduardo Costa de agressão, mas deixa implícito no discurso: "É só olharem as imagens"
Argel Fucks chegou à sala de imprensa ainda ofegante após a vitória do Figueirense sobre o Avaí, nesta quarta-feira, pela Copa do Brasil. Depois de se envolver em uma confusão com Eduardo Costa, o comandante alvinegro desabafou, provocou, e deixou a entender que teria sido agredido pelo volante do Avaí.
- É só olharem as imagens. Isso é extracampo do futebol.
O
comandante fez críticas à forma como ainda é comparado com jogadores e
alfinetou o meia Marquinhos. Disse que jogou em um nível muito maior que
o jogador do Avaí e no final ainda fez uma provocação ao arquirrival,
dizendo que deu a lógica do campeão do Catarinense vencer a equipe que
não se classificou para o hexagonal.
- Só não gosto
quando parte da imprensa me compara a jogador. Há sete anos eu parei a
minha carreira e não pode me comparar ao Marquinhos, até porque eu não
conheço o rapaz e o respeito. Até porque minha carreira é diferente e
joguei num nível muito maior. Futebol se joga dentro do campo, os
jogadores têm que jogar – disse o comandante.
Confira os principais tópicos da entrevista de Argel
Argel, deixa a entender que foi agredido, mas não acusa (Foto: Luiz Henrique/Figueirense FC)
Sensação de vencer um clássico
-
A sensação de vencer um clássico é espetacular. Pelo Figueirense, é a
primeira vez que eu joguei em casa. E jogamos de maneira espetacular. E
não adianta fazer guerra com a gente, somos especialistas nisso. Se
alguém duvidava da nossa capacidade, se alguém achava que se o Argel
perdesse o jogo seria demitido, eu quero dizer que estou estendendo meu
contrato por mais dois anos. Em vez de terminar em 2015, termina em
2017, é um clube que me dá totais condições de trabalho. Estou feliz
aqui.
Nervos do Figueirense no lugar
-
Fizemos um esquema tático bom, jogamos bem e o Pedroso participou de um
gol e fez outro. Então se alguém tinha alguma dúvida, Floripa é preto e
branco. Fixemos o gol, fomos mais inteligentes, aguentamos a pressão.
Quando a gente foi lá, ninguém perdeu a cabeça. Depois dizem que meu
time é de bandido. Alguns vão ficar felizes com a minha permanência,
outros mais tristes. Espero que as pessoas esqueçam de mim, eu não faço
gol. Vamos falar dos jogadores.
Alterações na equipe
-
É muito fácil falar agora, não sou profeta do apocalipse. Se a gente
tivesse perdido, estaria sendo crucificado. Eu tenho confiança no que eu
faço, nos preparamos para o jogo. Quanto mais guerra fazem comigo,
melhor, sou especialista. Isso aflora as minhas ideias.
Houve agressão de Eduardo Costa?
- É só olharem as imagens. Isso é extracampo do futebol.
Peso da vitória sobre o rival
-
Engraçado o futebol. Vínhamos de quatro jogos sem vitória, gente no DM e
nunca ninguém falou isso. Engraçado. Mas quando decidimos poupar contra
o Sport, eu sabia do risco, sabia da pressão. Claro que é chato perder
lá de quatro, mas precisávamos de descanso e hoje vimos um time fresco,
com transição em velocidade. São coisas dentro do futebol que a gente
fica contente pela resposta. Mais importante de tudo isso, você ganhar
do rival, por quem eu tenho respeito, é claro que influencia, dá uma
injeção de ânimo, em termos financeiros é importantíssimo para o clube. E
hoje voltamos a ter uma hegemonia, novamente o preto e o branco
prevalecem em Floripa. Isso é para nosso torcedor que está com a gente
há um ano.
Recado final
- Para encerrar, queria dizer uma coisa: deu a lógica, o vice-campeão ganhar do lanterna do Catarinense.
Argel Fucks durante a partida
(Foto: Luiz Henrique/Figueirense FC)
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