Atacante iguala o maior número de gols que fez numa mesma temporada e aponta deficiência técnica no país: "Deus me colocou aqui também para testar a paciência"
Romarinho (à esquerda) pretende
ficar no El Jaish por mais uma
temporada e tentar a orte na
Europa (Foto:Divulgação)
Desde que deixou o clube paulista em setembro do ano passado, Romarinho iniciou uma fase mais próspera em relação aos gols no Catar. Na temporada 2014/2015, pelo El Jaish, igualou os números de 2012. No domingo, ao fazer o seu no 3 a 0 contra o Al Gharrafa, chegou a 14 novamente, agora em 22 jogos disputados (média de 0,63). E cabe mais: ele disputará mais duas partidas pela Liga do Catar até encerrar a temporada. É a chance de bater o recorde.
Questionado sobre o nível do futebol local, ele disse, por telefone:
- Tem que ter paciência com eles (jogadores). O lateral às vezes vai no fundo e cruza por trás do gol. O nível aqui é baixo. Aqui você treina só uma vez por dia, e eu faço academia e treino à parte para estar bem e acima dos caras. Se se acomodar, você fica igual a eles. Aqui, se você não tiver um meia num time bom, você tem que fazer tudo sozinho. Eu sou o terceiro artilheiro do campeonato, com 13 gols, estou me virando. Mas meu time é bom, não é ruim não.
Deus me colocou aqui também para isso, para testar minha paciência
Romarinho, do El Jaish
- Acho que Deus me colocou aqui também para isso, para testar minha paciência. Não tem como reclamar. Se reclamar, eles viram a cara para você. Não aceitam. Se errar, é melhor falar: “Beleza, na próxima você acerta”.
Futebol à parte, a mãe, a irmã e a esposa ajudam Romarinho a superar a distância do Brasil. Com três anos de contrato com o El Jaish, ele pretende cumprir mais um e rumar para a Europa. Ciente que ficou escondido no Catar, o atacante fala sobre o futuro.
- Estou feliz. Amanhã a gente não sabe como vai ser, mas estou aproveitando o máximo. Sabe que contrato, no futebol, não segura ninguém. Se você não está bem, eles procuram outro. Mas a minha vontade é ficar mais um ano e ir para a Europa. Tenho diálogo com o treinador (o francês Sabri Lamouchi), é um cara bem bacana. Ele fala que tenho que ficar pouco tempo aqui, e meu pensamento é esse, ficar um ano e procurar um clube na Europa.
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