segunda-feira, 2 de março de 2015

Levir critica atuação do Galo e busca formação ideal para o clássico

Treinador reconhece melhora na criação, faz mea culpa, mas espera maior evolução


Por
Belo Horizonte


Depois de três derrotas seguidas (para o Colo-Colo, América-MG e Atlas) o Atlético-MG, enfim, reencontrou a vitória. Sem muito susto, o Galo venceu o Guarani-MG por 2 a 0, no Independência, pela quinta rodada do Campeonato Mineiro. No entanto, a vitória não agradou Levir Culpi. O técnico alvinegro acredita que a equipe criou muitas chances de gol, mas que o time ainda pode evoluir muito.

- Vou ser sincero mais uma vez. Eu não achei que foi uma boa partida. Jogamos abaixo do que podemos, mas merecemos a vitória. Criamos as melhores situações, mas estamos aquém do que é necessário para termos melhor sorte nos campeonatos. (Veja os melhores momentos da partida).


O treinador experimentou novamente a formação sem um atacante fixo. Foi o jeito de jogar que o Atlético-MG venceu a Copa do Brasil, no final do ano passado. Levir Culpi disse estar indeciso com a parte tática, mas, ao que tudo indica, o treinador deve manter o time sem centroavante até o retorno de Lucas Pratto, que se recupera de uma lesão muscular.
- Começamos a temporada com o Pratto, mas ele se machucou. Agora estou vendo como fica. Vamos ficar com essa referência, com certeza, quando ele voltar. Estamos sofrendo esse desgaste e não estamos jogando bem. Ainda não achamos o ponto do time.
Levir quer testar as duas formações antes de enfrentar o Cruzeiro, no próximo domingo, no Mineirão.

- Temos de entrar com as duas. É importante você saber e usar os dois sistemas. Para mim, o sistema que funciona é o que dá certo. Se tiver três zagueiros, quatro, não importa. 
O treinador não está com muita confiança para o jogo contra o Cruzeiro, mas espera conseguir trabalhar bem durante os treinamentos da semana.

- Meu nível de confiança hoje é baixo. Mas no sábado e domingo será muito alto.
Veja outros trechos da entrevista do treinador:

Ataque ineficiente

Levir Culpi (Foto: Bruno Cantini / Atlético-MG)Levir Culpi (Foto: Bruno Cantini / Atlético-MG)


- Preocupa. Tem de ter números, fazer gols. Normalmente são os meninos e hoje eles tiveram próximos do gol. Ano passado estivemos sem o pivô, com um ataque muito enxuto. As chegadas dos laterais e do Luan precisam aumentar. Mas hoje não faltou oportunidade. Quando o jogador está próximo do gol eu ainda relevo, o difícil é quando não produz. É deixar correr que eles vão acertar.


Sucesso dos garotos da base
- É elogiável. O trabalho nas categorias de base é muito atento. Isso é um prêmio, pois uma equipe de ponta jogando com quatro jogadores formados em casa é muito bom. São jogadores que em breve podem estar entre os melhores do país. Eles mostraram grande potencial e não tenho medo de colocá-los.


Aliviado?
- Não me sinto aliviado, pois o time ainda não está bem. Então o problema é meu. Está demorando para o pessoal pegar. Tem atenuantes também, claro. Serve como explicação, mas não justifica. Pelo elenco que temos deveríamos estar melhores.


Departamento médico
- Essa é uma questão importante. A volta para o atleta é difícil, e ainda é clássico. Até que ponto temos de arriscar? Temos de discutir nesta semana. O Douglas Santos fez um trabalho em campo médio, mas terá uma semana e poderá jogar. Ele é o mais próximo de jogar.


Levir compara Cárdenas a Paulo Henrique Ganso
- Eu tenho conversado com o Cárdenas e ele terá uma dificuldade maior. Ele é o canhoto organizador do time, seria o Ganso. Vai ser uma dificuldade de jogar no Atlético-MG, pois nossa rotação é rápida. O Dátolo que fica ali é mais rápido. O Cárdenas é inteligente, tem boas enfiadas, mas ele vai sofrer um pouco nesse início.


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