Treinador reconhece melhora na criação, faz mea culpa, mas espera maior evolução
Depois
de três derrotas seguidas (para o Colo-Colo, América-MG e Atlas) o Atlético-MG,
enfim, reencontrou a vitória. Sem muito susto, o Galo venceu o Guarani-MG por 2
a 0, no Independência, pela quinta rodada do Campeonato Mineiro. No entanto, a
vitória não agradou Levir Culpi. O técnico alvinegro acredita que a
equipe criou muitas chances de gol, mas que o time ainda pode evoluir muito.
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Vou ser sincero mais uma vez. Eu não achei que foi uma boa partida. Jogamos
abaixo do que podemos, mas merecemos a vitória. Criamos as melhores situações,
mas estamos aquém do que é necessário para termos melhor sorte nos campeonatos. (Veja os melhores momentos da partida).
O
treinador experimentou novamente a formação sem um atacante fixo. Foi o
jeito de jogar que o Atlético-MG venceu a Copa do Brasil, no final do ano
passado. Levir Culpi disse estar indeciso com a parte tática, mas, ao que
tudo indica, o treinador deve manter o time sem centroavante até o retorno de
Lucas Pratto, que se recupera de uma lesão muscular.
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Começamos a temporada com o Pratto, mas ele se machucou. Agora estou vendo como
fica. Vamos ficar com essa referência, com certeza, quando ele voltar. Estamos
sofrendo esse desgaste e não estamos jogando bem. Ainda não achamos o ponto do
time.
Levir quer testar as duas formações antes de enfrentar o Cruzeiro, no próximo
domingo, no Mineirão.
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Temos de entrar com as duas. É importante você saber e usar os dois sistemas.
Para mim, o sistema que funciona é o que dá certo. Se tiver três zagueiros,
quatro, não importa.
O
treinador não está com muita confiança para o jogo contra o Cruzeiro, mas
espera conseguir trabalhar bem durante os treinamentos da semana.
- Meu nível de confiança hoje é baixo. Mas no sábado e domingo será muito alto.
Veja outros trechos da entrevista do treinador:
Ataque
ineficiente
Levir Culpi (Foto: Bruno Cantini / Atlético-MG)
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Preocupa. Tem de ter números, fazer gols. Normalmente são os meninos e
hoje
eles tiveram próximos do gol. Ano passado estivemos sem o pivô, com um
ataque
muito enxuto. As chegadas dos laterais e do Luan precisam aumentar. Mas
hoje não faltou oportunidade. Quando o jogador está próximo do
gol eu ainda relevo, o difícil é quando não produz. É deixar correr que
eles vão
acertar.
Sucesso
dos garotos da base
-
É elogiável. O trabalho nas categorias de base é muito atento. Isso é um
prêmio, pois uma equipe de ponta jogando com quatro jogadores formados em casa
é muito bom. São jogadores que em breve podem estar entre os melhores do país.
Eles mostraram grande potencial e não tenho medo de colocá-los.
Aliviado?
- Não me sinto aliviado, pois o time ainda não está bem. Então o problema é
meu. Está demorando para o pessoal pegar. Tem atenuantes também, claro. Serve
como explicação, mas não justifica. Pelo elenco que temos deveríamos estar melhores.
Departamento
médico
- Essa é uma questão importante. A volta para o atleta é difícil, e ainda é
clássico. Até que ponto temos de arriscar? Temos de discutir nesta semana. O
Douglas Santos fez um trabalho em campo médio, mas terá uma semana e poderá
jogar. Ele é o mais próximo de jogar.
Levir
compara Cárdenas a Paulo Henrique Ganso
-
Eu tenho conversado com o Cárdenas e ele terá uma dificuldade maior. Ele é o
canhoto organizador do time, seria o Ganso. Vai ser uma dificuldade de jogar no
Atlético-MG, pois nossa rotação é rápida. O Dátolo que fica ali é mais rápido.
O Cárdenas é inteligente, tem boas enfiadas, mas ele vai sofrer um pouco nesse
início.
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