João Olavo Souza, o Feijão, nem sempre gostou do prato que atualmente é o seu preferido e iniciou a carreira de atleta com a bola laranja em Mogi das Cruzes
Feijão assumiu como número 1 do Brasil pela primeira vez como top 100 (Foto: Getty Images)
Impulsionado pelo bom desempenho no Aberto do Brasil (semifinal), em São Paulo, e no Aberto do Rio (quartas de final), torneios disputados em fevereiro, e pelo insucesso de Thomaz Bellucci (87) nas mesmas competições, Feijão chegou ao posto de melhor tenista brasileiro pela quarta vez na carreira, mas a primeira na condição de top 100 do ranking mundial da ATP.
Quando a elite do tênis ainda era um sonho distante, o garoto João Olavo deu os primeiros passos no esporte no basquete e chegou a integrar a categoria infantil do então time de Mogi das Cruzes, que ainda mantinha uma parceria com o Corinthians. O primeiro contato com as raquetes foi aos 8 anos de idade, quando já mostrava habilidade e um talento acima da média para os meninos da idade em um clube de Mogi.
por que feijão?
Milton Souza, pai do Feijão (Foto: Bruno Rocha)
- Quando ele era bem pequeno, detestava feijão. Foi uma criança muito enjoada para comer, e nem podia sentir o cheiro de feijão. Depois não sei o que aconteceu, mas agora ele não vive sem. Em qualquer lugar que está, pede um potinho de feijão – lembrou Milton.
- Não lembro que não gostava, meus pais diziam que eu era muito pequeno na época. Passei a gostar muito depois. Minha avó fazia um ótimo feijão, assim como minha mãe – falou Feijão.
início da carreira
Pinos foi o primeiro treinador de Feijão e garante que ele começou aos 8 anos (Foto: Bruno Rocha)
- Ele (Feijão) costuma dizer que começou com 9 anos, mas ele começou mesmo aos 8. Um ano depois já era um campeão. Ele começou vendo o pai, a irmã e os amigos jogando, então também resolveu entrar para fazer aulas comigo. Logo no começo deu para perceber que era diferenciado. Jogava muito fácil e tinha facilidade em fazer jogadas que outros garotos da mesma idade não conseguiam fazer – lembrou Pinos.
influência da família
- A Maria Clara jogava pela Federação Paulista e, como nós éramos sócios de um clube, sempre íamos bater uma bolinha. Um dia, o João perguntou se podia jogar, e foi assim que ele começou a gostar – explicou Miltinho, o pai.
Feijão, ainda criança, com os pais, Milton e
Maria Angela (Foto: Arquivo Pessoal)
basquete e futebol
É difícil imaginar que um jogador que precisa acertar uma bolinha com pouco mais de seis centímetros de diâmetro tenha tido o primeiro contato com o esporte com uma bola muito maior e com estilo totalmente diferente. O pai Miltinho lembrou que foi com o basquete que Feijão começou a praticar esportes (veja o vídeo abaixo), incentivado pelas histórias do avô, que foi campeão sul-americano pelo time do Sírio Libanês, da capital paulista.
- Meu avô jogou pelo Sírio e eu só o via jogando por meio de fotos e ouvia as histórias, mas eu tive de escolher com 11 anos de idade e gostava mais do tênis, por isso resolvi fazer essa escolha – falou o tenista número 1 do Brasil.
Feijão também admite que sua relação com o esporte mais popular do país não é muito boa.
- No futebol sou muito ruim, não jogo nada. Sou meio desengonçado. Torço pelo São Paulo, mas não perco meu dia por uma partida de futebol – divertiu-se o tenista.
profissionalização
Quadra onde Feijão deu as primeiras raquetadas
fica em clube de Mogi das Cruzes
(Foto: Bruno Rocha)
evolução e atual momento
Acioly comemora bom momento na carreira de Feijão (Foto: Matheus Tibúrcio)
- Na minha visão, o Feijão está entrando no início dos melhores anos da sua carreira. Ano passado ele conseguiu solidificar boas coisas dentro e fora da quadra que irão ajudar a atingir todo o potencial como jogador de tênis. Ele está amadurecendo e se entendendo melhor a cada dia e, com isso, vai maximizando as qualidades do seu jogo – explicou Acioly.
O bom momento de Feijão também o fez retornar para a equipe brasileira que disputa a Copa Davis. Após não ter sido convocado nas últimas participações da equipe, ele voltou a ser lembrado pelo capitão João Zwetsch e vai defender o Brasil contra a Argentina, entre os dias 6 e 8 de março.
FONTE:
http://glo.bo/1B1KpCb
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