Treinador admite que Flamengo teve atuação muito ruim nos 45 minutos iniciais
Página virada do que aconteceu e Manaus e foco no futuro. O
Flamengo encarou com naturalidade a derrota por 2 a 1 para o Botafogo,
neste sábado, na Arena Amazônia, pela 31ª rodada do Brasileirão. Quando
relacionou apenas quatro titulares para partida e escalou três de início
- Eduardo da Silva começou no banco -, Vanderlei Luxemburgo sabia que
sua equipe passaria apuros no clássico. E não se arrepende disso. Ciente
de da importância da semifinal da Copa do Brasil, contra o Atlético-Mg,
quarta-feira, e do duelo com a Chapecoense, domingo, ambos no Maracanã,
o treinador evitou fazer drama e deu méritos ao Glorioso pela vitória.
Com apenas Paulo Victor, Samir e Gabriel do time titular em campo, o Flamengo sofreu com a falta de entrosamento. Por mais que tivesse a bola, o Rubro-Negro não conseguia trocar passes com rapidez e também se perdia na marcação. Assim, o Botafogo abriu 2 a 0, até que Eduardo da Silva descontou fechando o placar. Para Luxa, a partida se desenrolou da maneira esperada e o ponto a ser ressaltado é que o Rubro-Negro conseguiu recuperar fisicamente boa parte do elenco.
Com 40 pontos, o Flamengo se manteve na 11ª colocação na tabela e retorna para o Rio de Janeiro na madrugada deste domingo. O elenco que esteve em Manaus terá o dia de folga, enquanto os titulares que não viajaram treinam no Ninho do Urubu. A partir de segunda-feira, todo elenco trabalha junto visando a semifinal da Copa do Brasil, quarta-feira, às 22h (de Brasília), no Maracanã.
Confira outros trechos da entrevista de Luxemburgo:
Risco calculado
Quando a gente utiliza tantos jogadores novos assim, sabe que alguma coisa vai acontecer. É a falta de ritmo de jogo que fica muito forte, muito latente no jogo, apresentando para todo mundo. O Botafogo também sentiu um pouco do cansaço, como nós, mas nós sentimos mais a falta de ritmo.
Derrota interfere no cálculo para sair da confusão?
Nós fazemos as coisas necessárias. Ninguém subestimou o Botafogo ou veio para passear. os jogadores estavam esgotados, tínhamos preocupação com lesão. Uma lesão agora tira o jogador por três semanas e acabou a competição. Então, foi um risco calculado e que era necessário ser feito.
Vamos ter o grupo do Rio que trabalha domingo e na segunda-feira já voltamos todos com a cabeça de quarta-feira e até de domingo. Esse refresco dá uma recuperada boa. Temos um confronto com a Chapecoense que também é da zona de baixo da confusão. Esse descanso faz com que os jogadores possam jogar com o Atlético-MG e a Chap
ecoense.
Primeiro jogo da semifinal no Rio
Copa é complicado. Às vezes, você joga fora, traz um resultado ruim e não consegue furar o adversário em casa. Tem que jogar dois jogos, 180 minutos. A vaga para fase seguinte não se define no primeiro jogo. É contra um grande adversário. Serão dois grandes jogos.
Volta de Wallace
Vamos chegar lá com calma. Ele está treinando, mas é uma situação que temos que pensar muito. O jogador voltou, sentiu a lesão de novo e saiu. Temos que ter calma para não perdê-lo pelo restante da competição. Se não puder jogar o primeiro jogo contra o Atlético-MG, vamos deixar para entrar onde é importante para o Flamengo, que é sair da confusão. Quero o jogador inteiro para somar essas duas vitórias, depois vamos avançar ou não na Copa do Brasil.
Avaliação dos reservas que entraram
Não vou fazer comentário individual, não. Vamos trabalhar coletivamente, a análise é interna.
Lucas Mugni
O Lucas tem qualidade, mas falta o final. Ele domina, participa, mas falta o finalzinho. Tem muita qualidade, dinâmica jogo, só que continua muito ansioso. Ele veio de um outro país, quer fazer as coisas acontecerem, e isso provoca o erro. Vai ter que encontrar o "timing", como o Canteros encontrou. Mas o Canteros é mais experiente, mais rodado, já jogou mais jogos decisivos. Ele vai ter que se esforçar mais um pouquinho.
Desempenho dos jovens
Não tenho problema em botar jovens. Vou esperar ficar velho? Aí, não dá. Depois, não bota por estar velho. Tem que botar para jogar. São jogadores que vão cometer erros e cabe a nós ensinar. O Marcelo veio do Volta Redonda e no Flamengo é diferente. O futebol é simples. Ele tentou sair por dentro e se equivocou. Tenho que chegar e falar: "Marcelo, zagueiro é diferente, não pode dar chance para o azar". Temos que ensinar ao Samir a não deixar o cara virar. Tudo faz parte do ensinamento. Estou satisfeito com eles. Hoje, cada vez mais usamos os jogadores precocemente por conta da necessidade.
Anderson Pico
Não me surpreende. Gosto muito dele. Dei a chance como pai, avô, cidadão, porque ele me tocou de ter uma oportunidade, mas é uma ambidestro, um cara que tem velocidade, pega bem na bola com a direita, com a esquerda... Só que carrega alguns quilos a mais. Quando chegou, estava muito acima. Diminui e precisa diminuir mais. Imagina essa frequência de jogo se ele diminuísse um pouco mais? Tem toda possibilidade. Só depende dele, não depende de mim. É um fio desencapado 220, dá choque. A possibilidade de melhorar a qualidade de vida dele e dos familiares é através do futebol, que não jogue fora de novo.
Jogo em Manaus
Não há problema em vir para cá, mas estamos dentro de uma competição difícil, em final de temporada. Tivemos uma longa viagem para cá. Não é reclamar de vir a Manaus, o momento que é ruim. Nada contra as pessoas de Manaus, das redondezas. Foram 40 e poucas mil pessoas no estádio. É um torcedor diferente. Esse público no Maracanã, com o time gostando do jogo, joga para cima, vira alçapão. Aqui, quer ver o sucesso, a coisa bonita, e começa a vaiar um ou outro, o que é normal. Acho que é válido. Não teve nas a ver com a gente, o Botafogo que trouxe o jogo para cá. Quem tem que ver essas mudanças é a CBF. O Botafogo tinha 5% dos torcedores, vendeu o jogo com mais de 90% de flamenguistas. O Botafogo levou dinheiro, os empresários, e o Flamengo se desgastou.
FONTE?
http://glo.bo/1t40y6a
Com apenas Paulo Victor, Samir e Gabriel do time titular em campo, o Flamengo sofreu com a falta de entrosamento. Por mais que tivesse a bola, o Rubro-Negro não conseguia trocar passes com rapidez e também se perdia na marcação. Assim, o Botafogo abriu 2 a 0, até que Eduardo da Silva descontou fechando o placar. Para Luxa, a partida se desenrolou da maneira esperada e o ponto a ser ressaltado é que o Rubro-Negro conseguiu recuperar fisicamente boa parte do elenco.
Com 40 pontos, o Flamengo se manteve na 11ª colocação na tabela e retorna para o Rio de Janeiro na madrugada deste domingo. O elenco que esteve em Manaus terá o dia de folga, enquanto os titulares que não viajaram treinam no Ninho do Urubu. A partir de segunda-feira, todo elenco trabalha junto visando a semifinal da Copa do Brasil, quarta-feira, às 22h (de Brasília), no Maracanã.
Confira outros trechos da entrevista de Luxemburgo:
Risco calculado
Quando a gente utiliza tantos jogadores novos assim, sabe que alguma coisa vai acontecer. É a falta de ritmo de jogo que fica muito forte, muito latente no jogo, apresentando para todo mundo. O Botafogo também sentiu um pouco do cansaço, como nós, mas nós sentimos mais a falta de ritmo.
Derrota interfere no cálculo para sair da confusão?
Nós fazemos as coisas necessárias. Ninguém subestimou o Botafogo ou veio para passear. os jogadores estavam esgotados, tínhamos preocupação com lesão. Uma lesão agora tira o jogador por três semanas e acabou a competição. Então, foi um risco calculado e que era necessário ser feito.
Da esq. para dir.: Muralha, Léo e Luiz Antonio:
trio não esteve bem na Arena da Amazônia
(Foto: Edmar Barros / Ag. Estado)
Jogo com o Atlético-MGVamos ter o grupo do Rio que trabalha domingo e na segunda-feira já voltamos todos com a cabeça de quarta-feira e até de domingo. Esse refresco dá uma recuperada boa. Temos um confronto com a Chapecoense que também é da zona de baixo da confusão. Esse descanso faz com que os jogadores possam jogar com o Atlético-MG e a Chap
ecoense.
Primeiro jogo da semifinal no Rio
Copa é complicado. Às vezes, você joga fora, traz um resultado ruim e não consegue furar o adversário em casa. Tem que jogar dois jogos, 180 minutos. A vaga para fase seguinte não se define no primeiro jogo. É contra um grande adversário. Serão dois grandes jogos.
Volta de Wallace
Vamos chegar lá com calma. Ele está treinando, mas é uma situação que temos que pensar muito. O jogador voltou, sentiu a lesão de novo e saiu. Temos que ter calma para não perdê-lo pelo restante da competição. Se não puder jogar o primeiro jogo contra o Atlético-MG, vamos deixar para entrar onde é importante para o Flamengo, que é sair da confusão. Quero o jogador inteiro para somar essas duas vitórias, depois vamos avançar ou não na Copa do Brasil.
Avaliação dos reservas que entraram
Não vou fazer comentário individual, não. Vamos trabalhar coletivamente, a análise é interna.
Lucas Mugni
O Lucas tem qualidade, mas falta o final. Ele domina, participa, mas falta o finalzinho. Tem muita qualidade, dinâmica jogo, só que continua muito ansioso. Ele veio de um outro país, quer fazer as coisas acontecerem, e isso provoca o erro. Vai ter que encontrar o "timing", como o Canteros encontrou. Mas o Canteros é mais experiente, mais rodado, já jogou mais jogos decisivos. Ele vai ter que se esforçar mais um pouquinho.
Desempenho dos jovens
Não tenho problema em botar jovens. Vou esperar ficar velho? Aí, não dá. Depois, não bota por estar velho. Tem que botar para jogar. São jogadores que vão cometer erros e cabe a nós ensinar. O Marcelo veio do Volta Redonda e no Flamengo é diferente. O futebol é simples. Ele tentou sair por dentro e se equivocou. Tenho que chegar e falar: "Marcelo, zagueiro é diferente, não pode dar chance para o azar". Temos que ensinar ao Samir a não deixar o cara virar. Tudo faz parte do ensinamento. Estou satisfeito com eles. Hoje, cada vez mais usamos os jogadores precocemente por conta da necessidade.
Anderson Pico
Não me surpreende. Gosto muito dele. Dei a chance como pai, avô, cidadão, porque ele me tocou de ter uma oportunidade, mas é uma ambidestro, um cara que tem velocidade, pega bem na bola com a direita, com a esquerda... Só que carrega alguns quilos a mais. Quando chegou, estava muito acima. Diminui e precisa diminuir mais. Imagina essa frequência de jogo se ele diminuísse um pouco mais? Tem toda possibilidade. Só depende dele, não depende de mim. É um fio desencapado 220, dá choque. A possibilidade de melhorar a qualidade de vida dele e dos familiares é através do futebol, que não jogue fora de novo.
Jogo em Manaus
Não há problema em vir para cá, mas estamos dentro de uma competição difícil, em final de temporada. Tivemos uma longa viagem para cá. Não é reclamar de vir a Manaus, o momento que é ruim. Nada contra as pessoas de Manaus, das redondezas. Foram 40 e poucas mil pessoas no estádio. É um torcedor diferente. Esse público no Maracanã, com o time gostando do jogo, joga para cima, vira alçapão. Aqui, quer ver o sucesso, a coisa bonita, e começa a vaiar um ou outro, o que é normal. Acho que é válido. Não teve nas a ver com a gente, o Botafogo que trouxe o jogo para cá. Quem tem que ver essas mudanças é a CBF. O Botafogo tinha 5% dos torcedores, vendeu o jogo com mais de 90% de flamenguistas. O Botafogo levou dinheiro, os empresários, e o Flamengo se desgastou.
FONTE?
http://glo.bo/1t40y6a
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