No duelo pelas quartas de final da Copa do Mundo, defesa brasileira falha muito, ataque não funciona, e europeus põem fim ao sonho de pódio de uma geração
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O sonho chegou ao fim. Não por falta de luta ou vontade, mas a noite desta quarta-feira foi toda da Sérvia no Palacio de Deportes de Madri. Com uma defesa sólida, que lembrou a do Brasil em boa parte desta Copa do Mundo, e grande atuação do craque Milos Teodosic, que anotou 23 pontos e deu quatro assistências, os europeus transformaram em pesadelo o sonho de uma geração de conquistar uma medalha em Mundial, na última chance da maioria dela. O placar de 84 a 56 (37 a 32), pelas quartas de final, foi o reflexo de um time frio contra outro que sentiu a pressão de jogar, praticamente, toda a partida atrás do marcador. Exemplo disso foram as duas faltas técnicas por reclamação que Splitter e Marquinhos tomaram no início do terceiro quarto, ocasionando quatro lances livres a mais ao adversário e 16 pontos de frente.
- Caímos num jogo muito emocional, um jogo em que eles estavam sete pontos acima, um jogo aberto. Começaram as faltas técnicas, quando chegou a 15, 17 pontos (de diferença) e ficou muito difícil. Não pode dar tantas faltas técnicas desse tipo num jogo desse. Algumas cestas realmente foram incríveis, e isso bate forte na gente. Mas mesmo quando não conseguimos defender bem contra a Sérvia, em Granada, conseguimos fazer muitos pontos, e hoje praticamente nada - disse o técnico Rubén Magnano ao SporTV, referindo-se à vitória por 81 a 73 sobre os sérvios no duelo válido pela primeira fase.
Desolação entre os jogadores brasileiros
na derrota para a Sérvia pelas quartas
de final do Mundial (Foto: EFE)
Teodosic inferniza defesa brasileira
Teodosic arremessa, ingorando a marcação de Larry Taylor (Foto: AP)
Duas bolas de três de Alex, nos dois primeiros ataques, colocaram os brasileiros à frente (23 a 21), mas Teodosic devolveu na mesma moeda, não deixando o time de Rubén Magnano ganhar gosto pela liderança. A boa movimentação do ataque sérvio incomodava os sul-americanos, que abusavam das faltas e não conseguiam criar contra-ataques, parando nos 23 pontos por alguns minutos. Com três faltas, porém, Alex foi para o banco bastante irritado com a arbitragem. Um bom momento defensivo foi o suficiente para o Brasil achar a transição rápida e virar, mais uma vez, o o placar. Mas uma bola de fora de Bjelica empatou tudo e deu novo ânimo aos europeus, que voltaram a mostrar supremacia ofensiva e abrir cinco de frente nos dois minutos finais, levando o marcador de 37 a 32 para o vestiário. O armador sérvio foi o destaque da primeira etapa com 16 pontos. Pelo lado canarinho, Marquinhos com nove pontos, e Varejão com oito pontos e oito rebotes foram os mais eficientes.
O primeiro minuto de segundo tempo deu mostras do que seria o restante do jogo. Sólida na defesa e eficiente no ataque, a Sérvia era fria e consistente. Já o Brasil mostrava-se irritado e impaciente por não conseguir parar o ataque adversário e, consequentemente, não impor sua intensidade de jogo na frente. Uma falta de Varejão, muito contestada pelos brasileiros, ocasionou duas faltas técnicas, de Splitter e Marquinhos. Os europeus tiveram seis lances livres - dois da falta em si e quatro das técnicas - e abriram 16 de frente (50 a 34). A desvantagem no placar forçou os brasileiros a arriscar. E errar. Relaxado, o rival ia ampliando até fechar a parcial com 22 pontos de vantagem (66 a 44).
Varejão e Teodosic disputam a bola:
armador sérvio desequilibrou a
partida, com 23 pontos
(Foto: EFE)
(Foto: EFE)
Escalações
Sérvia:
Teodosic (23), Markovic (9), Kalinic (5), Bjelica (8), Raduljica (10). Entraram: Bircevic (3), Jovic (0), Bogdanovic (12), Simonovic (0), Krstic (10), Katic (0) e Stimac (4). Tec: Sasha Djordjevic
Brasil:
Marcelinho Huertas (4), Leandrinho (5), Marquinhos (12), Nenê (4) e Tiago Splitter (3). Entraram: Raulzinho (6), Larry Taylor (0), Alex (8), Marcelinho Machado (0), Guilherme Giovannoni (0), Anderson Varejão (8) e Rafael Hettshmeir (2). Tec: Rubén Magnano
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