Faltas técnicas, que permitiram aos sérvios abrirem vantagem, foram as "vilãs". Marquinhos reclama da arbitragem: "Pau que dá em Chico não dá em Francisco"
Brasileiros lamentam apagão de terceiro quarto e eliminação diante da Sérvia (Foto: EFE)
Sem relembrar fantasmas ou apontar vilões, os jogadores se revezaram num misto de exaltação ao jogo rival e lamentação pelo ocorrido no início do terceiro quarto. Perdendo por nove pontos, Varejão fez uma falta, que daria dois lances livres ao pivô Raduljica. Irritados com a arbitragem, todos reclamaram. Tiago Splitter e Marquinhos receberam falta técnica, proporcionando outras quatro infrações para Milos Teodosic bater e a posse de bola. O pacote transformou nove pontos em 16 e mexeu com o emocional do Brasil.
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- A cabeça não funcionou para o nosso time no começo do segundo tempo, nos preocupamos muito com a arbitragem em um jogo que estava ali na casa dos 10 pontos. Acabamos nos irritando, demos seis lances livres para eles, mais uma posse de bola e os 10 pontos pularam para 20 com uma facilidade incrível. Isso num jogo internacional e eliminatório é vital - criticou o capitão Marcelinho Huertas, que deu uma bronca em quadra em Marquinhos, quando ele reclamou com o árbitro e recebeu a punição.
Sérvios festejam a vitória sobre o
Brasil e a vaga na semifinal da
Copa do Mundo (Foto: EFE)
Um dos envolvidos, o ala era um dos mais abatidos. Em sua primeira resposta, ao falar da frustração de uma campanha boa, mas com um fim doído, a voz chegou a falhar. Considerando que o descontrole emocional foi o principal responsável pela queda brasileira, ele explicou o que tanto incomodava a equipe.
- O pau que estava batendo em Chico não estava batendo em Francisco, essa era a realidade. Quantas vezes a gente tomava pancada ali embaixo, e o juiz não dava nada? Quantas vezes chegávamos do outro lado e, por nada, ele dava a falta? Isso gerou um frustração muito grande. O Tiago (Splitter) começou a reclamar, depois eu também fui botar uma pressão no juiz, e eles acabaram apitando as faltas técnicas que deram uma desestruturada.
Leandrinho disputa jogada contra jogador da Sérvia (Foto: Gaspar Nóbraga/Inovafoto/Bradesco)
- Nós não jogamos hoje em termos defensivos do jeito que estávamos jogando. Era ela o nosso foco número um desde que o Rubén (Magnano) chegou aqui e estava dando resultados. Sempre falo que se a gente não faz uma boa defesa não temos a bola nas mãos. A Sérvia fez um grande trabalho na defesa e no ataque, e a gente não conseguiu contra-atacar sobre eles. Quando colocaram 15, 16 pontos na frente, ficou difícil. É uma equipe europeia, que sabe jogar meia-quadra muito bem - declarou o ala, corroborado por Alex.
- Nossa defesa não funcionou mesmo, não só com o Teodosic, mas com ninguém. Nós tivemos três dias, já tínhamos jogado contra eles, sabíamos como defender, só que quem estava dentro de quadra não conseguiu marcar, esse é o ponto.
Nenê era um dos mais conscientes. Chateado pelo resultado, o pivô admitiu que venceu quem foi melhor na partida, mas deixou claro que para ganhar jogos desse porte é preciso ter um foco mental muito forte.
- O jogo estava bom até o começo do segundo tempo, mas, se você não tem cabeça forte para permanecer nesse jogo, aquilo que está próximo pode ficar muito distante, ainda mais em um nível mundial e nas quartas de final. Mas também temos que ser humildes e entender que eles foram melhores, estavam metendo bola de tudo quanto era lugar. Os dois times queriam ganhar, mas eles fizeram o planejamento certo, usaram a tática que deveríamos ter usado.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/basquete/noticia/2014/09/descontrole-do-terceiro-quarto-e-tido-como-o-responsavel-por-eliminacao.html
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