Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, presidente diz que antecessor agravou situação com presentes a diretores e que gasta R$ 2,3 milhões por mês só com juros
Carlos Miguel Aidar detalhou endividamento do clube(Foto:
Carlos Augusto Ferrari)
O
mandatário diz que a gestão anterior gastava muito dinheiro com presentes a
diretores: viagens, hospedagens, ingressos e até carros com motorista. Juvenal dirigiu o clube de 2006 a 2014 - três mandatos.
- Encontrei
o São Paulo muito pior do que eu imaginava, acostumado a benesses, com pessoas
acostumadas a vantagens. Era comum ver diretor andando pelo clube como pacote
de ingressos para shows, distribuindo para sócios. Eram viagens para
conselheiros, com hotel e hospedagens. Eu vendi 20 carros que serviam para quê? Para
buscar pessoas. Diretor com carro e motorista por conta do clube. O São Paulo
parou no tempo - afirmou.
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Aidar afirmou ainda que paga R$ 2,3 milhões por mês apenas com juros bancários. Ele admite que ajudou a aumentar o débito ao contratar Alan Kardec. Quando assumiu, em abril, o déficit era de R$ 109 milhões. Em julho, R$ 131 milhões.
- Aumentei a dúvida em R$ 22 milhões para a contratação do Kardec e o imposto sobre ela. Mas vou compensar isso com € 5,4 milhões (R$ 15,6 milhões na cotação desta quarta) que vamos receber pelas vendas de Douglas e Lucas Evangelista - explicou.
Apesar dos problemas financeiros, Aidar garante que não atrasou pagamento de
salários, mas admite que enfrentou dificuldade para pagar direitos de imagem a Alexandre
Pato.
- Salário eu não atrasei nenhum, mas tive um problema de imagem com o Pato.
Atrasou alguns dias. Tenho uma programação de bicho de 10 de agosto a 7 de
setembro, que será pago nesta quarta. É um atraso que para nós é normal, é
fluxo.
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