Presidente do clube francês, magnata russo quer diminuir folha salarial e negociação do atacante colombiano é prioridade. Gigantes de Espanha e Inglaterra estão na briga
Falcao está há apenas uma temporada no Monaco, mas já pode deixar o clube (Foto: AP)
Depois de vender James Rodriguez ao Real Madrid por € 80 milhões (R$ 240 milhões), o Monaco quer urgentemente se
“livrar” do peso mais caro do vestiário que é Radamel Falcao e o seu salário
milionário de € 12 milhões líquidos por ano (cerca de R$
36 milhões). A fórmula da transferência de “El Tigre” é bem complicada e, por
isso, a novela já dura algumas semanas sem conhecer ainda um desfecho. O Monaco
está disponível a negociar o centroavante por empréstimo de um ano, no valor de
€ 15 milhões (R$ 45 milhões), com valor de compra fixado
em € 40 milhões (R$ 120 milhões) no final da temporada.
Com uma oferta tão razoável, vários clubes se demonstraram
interessados, mas a maioria saiu da briga quando teve conhecimento do salário
que o colombiano recebe no principado. Neste momento, entre os interessados, só
Chelsea e Real Madrid têm condições de negociar pelo craque. Os galácticos
ainda procuram um novo centroavante para fazer companhia a Karim Benzema, que
neste momento e, até ao regresso do lesionado Jesé, é o único do elenco. O
Chelsea de José Mourinho, grande admirador de Falcao, também está interessado
em negociar Fernando Torres e fechar com mais um atacante para fazer companhia
a Diego Costa e Didier Drogba.
saiba mais
Na mira de clubes de maior expressão, Falcao vê com bons olhos uma saída amigável do Monaco, mas não partiu do centroavante a iniciativa de deixar o clube e o colombiano fez questão de evidenciar isso após a vitória de 1 a 0 sobre o Nantes, domingo, com um gol seu, pelo Campeonato Francês:
- Espero continuar aqui - disse ele, mas sem garantir a
permanência.
Divórcio, impostos e problemas com Palácio complicam vida de
magnata russo
Desde o início da janela de transferências em junho,
o
Monaco demonstrou não estar disposto a cometer as loucuras da temporada
passada.
Rybolovlev escolheu um treinador de baixo perfil, o português
Leonardo
Jardim, e lhe pediu que construísse um time jovem com futuro pela
frente. Para integrar o novo elenco, chegaram até agora os pouco
badalados Paul Nardi (Nancy), Tiemoué Bakayoko (Rennes), Maarten
Stekelenburg
(Fulham), Bernardo Silva (Benfica) e Wallace (Braga). O clube se viu
forçado a
vender dois dos principais jogadores, James Rodriguez e River, para
compensar
um passivo de € 100 milhões e respeitar o “Fair Play”
financeiro.
Falcao custou cerca de R$ 120 milhões
aos cofres do Monaco no ano passado
(Foto: Agência AP)
Em maio, Rybolovlev foi protagonista do divórcio mais caro
da história e foi obrigado pelo tribunal de Genebra a pagar US$ 4,5 bilhões para
a ex-mulher. Além disso, a relação entre o presidente do clube e o príncipe
Albert do Monaco é cada vez mais fria. O oligarca russo ainda não recebeu a
cidadania monegasca como lhe teria sido prometida pelo Palácio Real quando que
se tornou acionista majoritário do clube. Esse documento é essencial para o
russo porque lhe permite manter distância com a justiça de seu país.
A isso se soma a saga dos elevados impostos (cerca de 75%)
que os clubes franceses têm de pagar por salários superiores a €
1 milhão por ano. O Monaco, como clube do principado, tentou escapar à
nova legislação do governo de François Hollande, mas como disputa a Ligue 1
francesa e, perante a pressão dos outros clubes do campeonato, não teve saída.
Segundo
o jornal “L’Equipe”, o próprio Principe Albert teria pedido a Rybolovlev que
optasse pela via diplomática e pagasse a quantia de € 50
milhões (R$ 150 milhões) no final da última temporada para sanar a dívida do
clube com a Fazenda francesa.
O russo não contava com mais essa despesa e, por isso, quer
a todo o custo se ver livre do salário mais elevado do elenco, o de Radamel
Falcao. Para pagar ao colombiano os € 12 milhões líquidos
acordados no contrato, o Monaco tem de desembolsar a quantia de €
48 milhões (R$ 144 milhões), pagando desta forma os 75% de imposto
previstos pela lei do governo de Hollande. Uma despesa que Rybolovlev não quer
continuar a suportar, mesmo que a venda de “El Tigre” consista num golpe na
estratégia inicial traçada pelo magnata russo. Falcao agradece e se prepara
para um novo adeus.
FONTE:
Nenhum comentário:
Postar um comentário