Eu comento esportes: Pacotão: entra e sai de Diego Costa, CR7 à la Hulk e Casillas “beijoqueiro”

domingo, 25 de maio de 2014

Pacotão: entra e sai de Diego Costa, CR7 à la Hulk e Casillas “beijoqueiro”

Após longo mistério, atacante joga apenas oito minutos e queima substituição do Atlético de Madrid. Sergio Ramos salva pele do goleiro no último minuto, que retribui

Por GloboEsporte.comRio de Janeiro

Um punhado de segundos separou o Atlético de Madrid da consagração máxima. Até que surgiu Sergio Ramos, no papel de Super-Homem, para salvar o Real Madrid nos acréscimos do segundo tempo. Do outro lado, Iker Casillas respirava aliviado. Após falhar no gol de Godín, o goleiro, um dos maiores ídolos merengues, caminhava para encabeçar o time dos vilões. E por isso tratou de agradecer efusivamente no primeiro reencontro com o zagueiro. Com um beijo (veja acima).

O lance é apenas um dos muitos ingredientes que a final da Liga dos Campeões proporcionou. Se Cristiano Ronaldo passou longe de ser o melhor em campo, por exemplo, rendeu ao menos uma comemoração extravagante ao marcar o último gol da vitória por 4 a 1, de virada, na prorrogação.

Jogando diante de muitos portugueses, o luso também o ganhou o prêmio de grande figura da decisão do último sábado no Estádio da Luz antes mesmo dela começar. Durante a execução do hino da Champions, Cristiano Ronaldo aproveitou a presença da câmera e deu uma piscadinha, seguido de um sorriso, para conquistar o público de casas, bares, restaurantes espalhados pelo mundo (confira acima). Mas há mais do camisa 7 abaixo. Veja o pacotão da final:

Não há como o mico ser de outra pessoa. Uma semana depois de atuar apenas 17 minutos diante do Barcelona por conta de uma lesão, Diego Costa resolveu voltar a arriscar mesmo contra todos os prognósticos. Dessa vez durou oito minutos até a entrada de Adrián - preferiu não forçar o músculo da coxa direita para não correr o risco de ficar fora da Copa do Mundo. Com uma substituição a menos, Diego Simeone viu o seu time cansar na prorrogação e perder o título.

- Era minha responsabilidade e é lógico que eu cometi um erro – admitiu o técnico argentino.

O frango foi de Casillas. Talvez não um frango homérico, daqueles de se envergonhar por anos e anos. Mas o goleiro e capitão do Real Madrid sabia que o passo dado adiante enquanto a bola estava no ar o tirou da jogada do gol de Godín. O camisa 12 ainda foi ágil para tentar a recuperação, mas não havia tempo: a bola ultrapassou toda a linha e colocou o Atlético em vantagem aos 36 minutos do primeiro tempo.

Um pouco antes do gol de Godín, aos 26 minutos, houve o sarrafo. Di María avançou em contra-ataque sem tomar conhecimento da marcação e só foi jogado ao chão por um carrinho covarde de Raúl García. O meia colchonero levou o cartão amarelo, mas também poderia ter sido expulso caso o árbitro holandês Bjorn Kuipers fosse um pouco mais rigoroso.

Gareth Bale, o homem mais caro do planeta bola, por pouco também não acabou como vilão. Além da atuação abaixo da média, o galês perdeu dois gols incríveis no tempo normal – ambos depois de jogadas individuais, é bom ressaltar. As duas finalizações poderiam ter feito do gol de Sergio Ramos mera formalidade, mas acabaram não fazendo falta. Ele viria, inclusive, a marcar para o Real na prorrogação.

O volante Xabi Alonso provou que os lances de Gareth Bale foram capazes de irritar os merengues. Vivendo um dia de torcedor por conta da suspensão automática pelos cartões amarelos, o espanhol foi ao desespero diante das chances desperdiçadas pelo companheiro – sobrou para o atacante Jesé Rodríguez, companheiro de arquibancada. O alívio só veio quando a cabeçada de Sergio Ramos balançou as redes, já aos 48 minutos da etapa final.

Xabi Alonso agiu com naturalidade, mesmo sabendo que estava sendo filmado por câmeras de todo o lugar. O prêmio de ator da noite, portanto, é de Cristiano Ronaldo. O astro português fingiu sofrer um carrinho de Juanfran no primeiro tempo da prorrogação que rendeu até mesmo um cartão amarelo para o espanhol. O salto ao gramado foi digno das muitas críticas na qual Neymar sofreu ao longo da temporada.

Cristiano, é claro, também fez bonito. Praticamente no último lance do jogo, ele sofreu pênalti de Gabi e cobrou para selar a goleada e o título merengue. Na comemoração, tirou a camisa e mostrou todos os músculos para o mundo, com as veias saltando do corpo, tal qual Mario Balotelli e Hulk fizeram num passado recente.

A partida terminou com uma pequena confusão. Diego Simeone, que não costuma levar desaforo para casa desde os tempos de jogador, chutou a bola no zagueiro Varane depois de o francês fazer o mesmo. Um pequeno tumulto aconteceu no gramado. E o técnico do Atlético de Madrid acabou expulso.

saiba mais