domingo, 25 de maio de 2014

"Aliviado", Cristóvão celebra topo da tabela com preservação de jogadores

Técnico admite risco de sacar Bruno, Diguinho e Rafael Sobis em vitória sobre Bahia


Por Barueri, SP


Cristóvão Borges é um sujeito naturalmente calmo. Mas ao se apresentar para a entrevista coletiva na noite deste sábado, na sala de imprensa da Arena Barueri, após a vitória diante do Bahia por 1 a 0 (veja os melhores momentos no vídeo acima), o treinador do Fluminense parecia caminhar nas nuvens. Não cansou de repetir a palavra “aliviado”. Também pudera: mesmo poupando três titulares – e com o desfalque de outros dois – conseguiu somar três pontos e retomar, ao menos provisoriamente, a liderança do Campeonato Brasileiro.

Nem as perguntas menos amistosas lhe tiraram o sorriso. Admitiu ter sido um risco sacar Bruno, Diguinho e Rafael Sobis em uma rodada na qual Diego Cavalieri e Fred estavam impedidos de atuar por terem sido convocados para a Seleção. Mas...

- Futebol é jogo de risco. Somos líderes pois arriscamos. Começamos a arriscar desde que decidimos a forma de o time jogar: ofensiva. Tem jogadores que se desgastam mais do que outros. E tem outros que, com dor muscular, é um sinal de risco de lesão. São esses que a gente tem de ter mais cuidado. Fico aliviado. A sequência é desgastante, as partidas são duras. Conseguimos trocar alguns jogadores e, mesmo com sufoco, manter o resultado. A equipe soube se superar. É importante para a sequência do campeonato. Sempre que tiver alguém sobrecarregado, vamos mudar - justificou o comandante.

Gum Fluminense e Bahia (Foto: Nelson Perez / FFC)
Cristóvão elogiou atuação da equipe 
mesmo com as mudanças de jogadores 
no time (Foto: Nelson Perez / FFC)

Com 15 pontos, o Flu está à frente de Cruzeiro e Grêmio, que têm 13 – o time gaúcho atua ainda neste sábado. Para manter a posição, o Tricolor precisa secar os dois rivais, além do Palmeiras, que tem 12 pontos. O domingo será de folga. Na tarde de segunda, os jogadores retomam os treinos nas Laranjeiras. Na próxima quarta, em Juiz de Fora, o adversário é o Atlético-MG.

Confira outros trechos da entrevista coletiva de Cristóvão Borges:

Avaliação do jogo
- Saímos na frente, o que é sempre importante, jogávamos de forma normal, como sempre jogamos. O Bahia ficou atrás. No segundo tempo, procurou avançar a marcação. Colocaram dois atacantes abertos. Ficou um jogo difícil. Defendemos o resultado. Foi difícil. O mais importante era conquistar a vitória dada as circunstâncias. O Bahia foi superior a gente no segundo tempo.

Cristovão Borges Fluminense e Bahia (Foto: Nelson Perez / FFC)Cristovão reencontrou o Bahia, seu último clube como técnico e por onde jogou (Foto: Nelson Perez / FFC)

Rafael Sobis
Desde que cheguei, disse que não queria a saída dele. É assediado, como outros jogadores. É importante para o esquema do nosso jogo. Precisava descansar. Coloquei para dar fim às especulações. Não vai sair ninguém, fica todo mundo. 
   
Força defensiva
- Marlon entrou contra o São Paulo e foi bem. Hoje, a partida toda. A equipe precisa de equilíbrio. Tem de saber fazer todas as coisas. Somos ofensivos, mas também precisamos saber nos defender.

Reencontro com o Bahia
- É um prazer. Minha passagem pelo Bahia foi gratificante. Minha história esportiva começou lá. Contribui em momento difícil, fizemos grande campeonato. Foi importante manter na Séria A. A torcida é grande e maravilhosa. Sempre será assim: bacana rever o clube e amigos.  

Ausência de Wagner preocupa?
- Chiquinho pode fazer esta função, ele atuou nos últimos jogos e ganhou ritmo. O campeonato precisa de elenco para ter fôlego para chegar ao final. Não me preocupa. Estamos preparados.
Muitos jogos e sem tempo de recuperação. O plantel tem qualidade, mas precisamos de mais jogadores. A direção está ciente disso, está trabalhando e vai buscar mais jogadores"
Cristóvão Borges, técnico do Fluminense

Dá para brigar pelo título com atual elenco?
- O campeonato é longo, vamos ter maratona de jogos, com simultaneidade com Copa do Brasil. Muitos jogos e sem tempo de recuperação. O plantel tem qualidade, mas precisamos de mais jogadores. A direção está ciente disso, está trabalhando e vai buscar mais jogadores. 
  
Não faltou força ofensiva?
- Cada jogo tem uma forma de se apresentar. Hoje foi duro, trocamos vários jogadores. Bahia adiantou o time, nos empurrou, nos pressionou. Mas o importante era ganhar para ser líder.  
 
Há meta de pontos até parada da Copa?
- Nós somamos 15 e temos mais dois jogos, ou seja, são duas possibilidades de vitória. Vamos trabalhar para ampliar ou assegurar a ponta da tabela, o que queremos. São jogos complicados. Essas duas últimas vitórias nos deixam motivados, com confiança. A equipe encorpou e está mais forte.


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