A CRÔNICA
por
Leandro Canônico
Imbatível, com cinco vitórias em cinco jogos. Assim está,
merecidamente, o Palmeiras em 2014. Neste domingo, no Pacaembu, a vítima
da vez foi o arquirrival São Paulo. O Alviverde fez 2 a 0, gols de
Valdivia e Alan Kardec, mostrou que é a equipe a ser batida no
Campeonato Paulista e ouviu a torcida gritar “olé”.
Agora com 15 pontos e uma vitória em clássico depois de 12 jogos de jejum (o último triunfo havia sido em fevereiro de 2012, sobre o Santos), o Verdão lidera absoluto o Grupo D. Já o Tricolor, mesmo com a derrota, segue líder no Grupo A, com nove. Mas continua sem vencer clássicos. O jejum, agora de 11 partidas, perdura desde dezembro de 2012.
A vontade e aplicação tática que sobraram ao Palmeiras faltaram ao São Paulo, e o retrato da disposição das duas equipes foi enquadrado na comemoração do primeiro gol do Verdão. O sorriso de Valdivia contrastou com a tentativa frustrada de Rogério Ceni de acertar o chileno com um toque no pé. Ficou no vácuo, mas acertou Kardec na sequência. Clique aqui e assista ao vídeo.
Entre Ceni e Valdivia, o clima nunca foi bom. Em 2008, na semifinal do Paulistão, o goleiro empurrou o meia palmeirense, que comemorou um gol fazendo sinal de silêncio e de que a disputa estava "encerrada". Assim como neste domingo, o palmeirense nem ligou para a reação de Ceni. E saiu rindo.
O Palmeiras volta a campo pelo Campeonato Paulista na próxima quarta-feira, às 22h (de Brasília), contra o XV de Piracicaba, fora de casa, no estádio Barão de Serra Negra. Já o São Paulo tem desafio contra o Paulista de Jundiaí, na quinta-feira, às 19h30m, no Morumbi.
Só na magia
A tensão inicial de todo clássico esteve presente no Pacaembu em forma de erros de passe. Nem Palmeiras muito menos São Paulo conseguiram criar jogadas nos primeiros minutos, concentrando o jogo no meio de campo. A primeira finalização saiu apenas aos nove minutos, e mesmo assim Luis Fabiano mandou bem longe. Melhor em campo, o Palmeiras normalizou seu futebol e começou a dar trabalho para Rogério Ceni.
O goleiro tricolor fez defesas importantes e até mesmo tirou de cabeça uma bola que chegaria em Leandro, mas não conseguiu evitar que o Verdão saísse na frente aos 22 minutos. Antônio Carlos derrubou Valdivia na lateral direita, o chileno levantou e se posicionou bem dentro da área para receber a cobrança de Mazinho e desviar para o fundo do gol: 1 a 0 – Ceni tentou acertar chute no chileno na comemoração, mas errou.
Na jogada, o são-paulino Wellington dava condição, e Antônio Carlos admitiu para Muricy Ramalho que acompanhou a bola, não o jogador. O placar parcial do primeiro tempo mostrou justiça com um Palmeiras que se arriscou mais, foi mais bem organizado e errou menos passes. No fim, Luis Fabiano e o palmeirense Wellington se desentenderam. O atacante reclamou de falta sem bola. Wesley saiu em defesa do seu companheiro.
– Eu só fui falar para ele (Luis Fabiano) parar de reclamar com a arbitragem. A gente sabe que isso é dele, mas não toda hora, né!? – disse o volante alviverde.
Verdão 100%
O Palmeiras voltou ligado para o segundo tempo, manteve o time no ataque e tentou surpreender o São Paulo. Em desvantagem, o time do Morumbi não conseguia se encontrar e, nervoso, ficou acuado no campo de defesa. Entrou em cena, então, o uruguaio Álvaro Pereira. Só para usar de catimba.
Após trombada de Alan Kardec com Antônio Carlos na área, o uruguaio tentou empurrar o palmeirense, caído, para fora de campo. Isso irritou Wesley, e o volante tirou satisfação com Pereira. No lance seguinte, o lateral tricolor levou falta dura de Leandro, advertido com o cartão amarelo, e piscou para Muricy Ramalho.
De acordo com a transmissão do Premiere FC, o zagueiro disse ao técnico: “Temos que entrar no jogo”. Só que o São Paulo precisava mais do que catimba para isso. Precisava de futebol, algo que não faltava ao Palmeiras na partida. Desde o começo, o Verdão tomou a iniciativa e criou as melhores oportunidades.
E foi premiado por isso. Aos 32 minutos, Rodrigo Caio derrubou Alan Kardec na área. Pênalti que o próprio atacante converteu, aumentando para 2 a 0 o placar para o Verdão. A reação ficou ainda mais difícil para o São Paulo, e o Palmeiras confirmou sua quinta vitória neste Paulistão.
Agora com 15 pontos e uma vitória em clássico depois de 12 jogos de jejum (o último triunfo havia sido em fevereiro de 2012, sobre o Santos), o Verdão lidera absoluto o Grupo D. Já o Tricolor, mesmo com a derrota, segue líder no Grupo A, com nove. Mas continua sem vencer clássicos. O jejum, agora de 11 partidas, perdura desde dezembro de 2012.
A vontade e aplicação tática que sobraram ao Palmeiras faltaram ao São Paulo, e o retrato da disposição das duas equipes foi enquadrado na comemoração do primeiro gol do Verdão. O sorriso de Valdivia contrastou com a tentativa frustrada de Rogério Ceni de acertar o chileno com um toque no pé. Ficou no vácuo, mas acertou Kardec na sequência. Clique aqui e assista ao vídeo.
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Entre Ceni e Valdivia, o clima nunca foi bom. Em 2008, na semifinal do Paulistão, o goleiro empurrou o meia palmeirense, que comemorou um gol fazendo sinal de silêncio e de que a disputa estava "encerrada". Assim como neste domingo, o palmeirense nem ligou para a reação de Ceni. E saiu rindo.
O Palmeiras volta a campo pelo Campeonato Paulista na próxima quarta-feira, às 22h (de Brasília), contra o XV de Piracicaba, fora de casa, no estádio Barão de Serra Negra. Já o São Paulo tem desafio contra o Paulista de Jundiaí, na quinta-feira, às 19h30m, no Morumbi.
Valdivia comemora gol marcado pelo Palmeiras
(Foto: Leandro Martins/Futura
Press/Agência Estado)
A tensão inicial de todo clássico esteve presente no Pacaembu em forma de erros de passe. Nem Palmeiras muito menos São Paulo conseguiram criar jogadas nos primeiros minutos, concentrando o jogo no meio de campo. A primeira finalização saiu apenas aos nove minutos, e mesmo assim Luis Fabiano mandou bem longe. Melhor em campo, o Palmeiras normalizou seu futebol e começou a dar trabalho para Rogério Ceni.
O goleiro tricolor fez defesas importantes e até mesmo tirou de cabeça uma bola que chegaria em Leandro, mas não conseguiu evitar que o Verdão saísse na frente aos 22 minutos. Antônio Carlos derrubou Valdivia na lateral direita, o chileno levantou e se posicionou bem dentro da área para receber a cobrança de Mazinho e desviar para o fundo do gol: 1 a 0 – Ceni tentou acertar chute no chileno na comemoração, mas errou.
Na jogada, o são-paulino Wellington dava condição, e Antônio Carlos admitiu para Muricy Ramalho que acompanhou a bola, não o jogador. O placar parcial do primeiro tempo mostrou justiça com um Palmeiras que se arriscou mais, foi mais bem organizado e errou menos passes. No fim, Luis Fabiano e o palmeirense Wellington se desentenderam. O atacante reclamou de falta sem bola. Wesley saiu em defesa do seu companheiro.
– Eu só fui falar para ele (Luis Fabiano) parar de reclamar com a arbitragem. A gente sabe que isso é dele, mas não toda hora, né!? – disse o volante alviverde.
Luis Fabiano e Wellington tiveram problema ao
final da etapa inicial (Foto: Wagner
Carmo/Agência Estado)
O Palmeiras voltou ligado para o segundo tempo, manteve o time no ataque e tentou surpreender o São Paulo. Em desvantagem, o time do Morumbi não conseguia se encontrar e, nervoso, ficou acuado no campo de defesa. Entrou em cena, então, o uruguaio Álvaro Pereira. Só para usar de catimba.
Após trombada de Alan Kardec com Antônio Carlos na área, o uruguaio tentou empurrar o palmeirense, caído, para fora de campo. Isso irritou Wesley, e o volante tirou satisfação com Pereira. No lance seguinte, o lateral tricolor levou falta dura de Leandro, advertido com o cartão amarelo, e piscou para Muricy Ramalho.
De acordo com a transmissão do Premiere FC, o zagueiro disse ao técnico: “Temos que entrar no jogo”. Só que o São Paulo precisava mais do que catimba para isso. Precisava de futebol, algo que não faltava ao Palmeiras na partida. Desde o começo, o Verdão tomou a iniciativa e criou as melhores oportunidades.
E foi premiado por isso. Aos 32 minutos, Rodrigo Caio derrubou Alan Kardec na área. Pênalti que o próprio atacante converteu, aumentando para 2 a 0 o placar para o Verdão. A reação ficou ainda mais difícil para o São Paulo, e o Palmeiras confirmou sua quinta vitória neste Paulistão.
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