Para driblar fase difícil após a saída de cinco titulares, líbero orienta os jovens jogadores, elogia luta e sonha com o tetra mundial na equipe de Bernardinho
Mário Jr. orienta o jovem Rodriguinho durante partida do Rio de Janeiro (Foto: Danielle Rocha)
- Eles são garotos novos, com potencial imenso de jogarem na seleção. Rodriguinho tem 17 anos e joga muito. Vinícius também. Eles estão assumindo uma responsabilidade grande e precisam se acostumar a isso o mais rápido possível. Eu estou assumindo o papel do tipo de um líder: fico ali orientando os passadores e puxando o grupo. Sou um jogador aguerrido e tinha o Bruninho, que era assim também, ao meu lado. A gente era a dupla que vibrava e tudo era fácil. Joguei com ele seis temporadas e ganhamos cinco títulos. E agora nós temos jogadores que são mais fechados e eu entendo isso. Então, acho que tem uma hora em que o time precisa ter um algo a mais. Uma raça, uma vibração - disse.
A situação é complicada, ele não nega. O elenco conta apenas com dez peças e ainda precisa do aval da CBV e das outras equipes que disputam a Superliga para poder se reforçar e inscrever jovens talentos, vindos do Fluminense, Botafogo e Flamengo.
- A gente só vai ganhar quando todos os sete jogadores jogarem bem. Se um ou dois jogarem mal, vão acontecer sets de 21/12 e 21/14, de perder feio como nos dois últimos contra o São Bernardo. Nós não temos jogadores para colocar, contamos só com dez. Só tem eu de líbero. Não posso me machucar. O time está no limite, mas estamos na luta. Por enquanto, o novo patrocinador será para pagar a comissão técnica, e a diretoria está correndo atrás para tentar ajudar nós três (ele, Riad e Rodrigão). Mas não estou pensando nisso. Eu tenho sim é que me manter jogando e em forma.
Mário Jr. conversa com Rodriguinho e Vinícius
durante o intervalo do jogo contra o São
Bernardo (Foto: Danielle Rocha)
Nos últimos meses, a prioridade mudou. Se antes o pensamento era conquistar o bicampeonato da competição, hoje chegar aos playoffs passou a ser o grande objetivo. Algo que o líbero acredita ser possível. Se a temporada no clube não caminhou como esperado, ele espera que na seleção brasileira tudo saia dentro dos planos.
- Este é um ano importante para a seleção e tenho que trabalhar muito porque tem a Liga Mundial e o Mundial da Polônia. Quero ajudar o Brasil a conquistar o tetra. Estive no grupo de 2010 e quero esse ouro de novo. Por isso, não posso pensar em ficar em casa. Tenho que me matar aqui porque daqui a poucos meses isso vai acabar e vem a seleção. E acredito que coisas boas acontecem.
Na lista das desejadas, espera ter a oportunidade de deixar o Brasil e passar uma temporada atuando numa equipe da Rússia.
- Lá o nível é excelente. Itália e Turquia também são interessantes. Eu já joguei fora do país, na Espanha, mas era muito novo. Quero jogar uma Champions League.
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