sábado, 4 de janeiro de 2014

Depois de Bruninho, Vissotto pode deixar o Rio: 'Sinto-me envergonhado'

Oposto diz que está negociando com outras equipes: 'Se tiver algo certo, vou anunciar'. Caso fique, jogador vai buscar na Justiça os salários atrasados

Por Rio de Janeiro

leandro vissoto rio de janeiro volei (Foto: Divulgação/CBV)Leandro Vissoto em ação pelo Rio de Janeiro: time vive situação difíci l(Foto: Divulgação/CBV)
 
A transferência de Bruninho para o vôlei italiano marcou o ponto mais crítico até o momento da crise financeira que o Rio de Janeiro enfrenta. Mas, com quatro meses de salários atrasados e sem perspectivas de atrair novos investidores, o atual campeão da Superliga masculina pode sofrer mais desfalques em breve. Principal reforço para a temporada 2013/2014, Leandro Vissotto já conversa com equipes estrangeiras e não descarta procurar a Justiça para lutar por seus direitos trabalhistas.

Após uma temporada no Ural Ufa, da Rússia, Vissotto chegou ao Rio de Janeiro para a vaga de Théo.

Apalavrado desde julho, o oposto demorou a confirmar o contrato com o time carioca devido à incerteza da renovação dos patrocínios. Com a garantia de que o clube podia arcar com seus salários e com os de outros três atletas da seleção (Bruninho, Thiago Alves e Mário Jr.), ele acertou o vínculo por uma temporada. Mas só recebeu o valor referente ao primeiro mês. Nos outros três, houve apenas promessas de aportes que não se concretizaram.

 Eu, como carioca, me sinto envergonhado pela situação da minha cidade, da cidade olímpica"
Leandro Vissotto

 - Eu não acertei nada com ninguém, mas estou conversando sim. Só não posso falar ainda. Se tiver algo certo, vou anunciar, senão vou continuar trabalhando aqui e ver legalmente como resolver. A gente vai buscar nossos direitos. Somos trabalhadores e vamos buscar os nossos direitos como for necessário – disse, por telefone, ao GloboEsporte.com.

A saída da OGX, patrocinador master do clube, deixou o elenco com ainda menos esperanças de receber. Maurício, ex-Minas, foi o primeiro a abandonar o barco. Em novembro o central se transferiu para o Halkbank Ankara, da Turquia, deixando evidente para o público que a situação era preocupante. Agora, com a saída do capitão e cérebro da armação das jogadas, o cenário é ainda mais complicado.

- A saída dele é uma pena, não só como imagem de liderança, mas também como ponto de referência. É mais um sinal de um momento difícil. Eu, como carioca, me sinto envergonhado pela situação da minha cidade, da cidade olímpica, que é sede de algumas das principais instituições esportivas do país. Eu acho que também o povo se sente envergonhado como a gente por ver o atual campeão brasileiro estar passando por isso. É muito triste, vergonhoso mesmo.

O GloboEsporte.com tentou contato com o supervisor da equipe, José Inácio Salles, mas as ligações não foram atendidas. 



FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2014/01/apos-bruninho-vissotto-pode-deixar-o-rio-me-sinto-envergonhado.html

Nenhum comentário: