sábado, 4 de janeiro de 2014

Volta de Mari gera tensão, e joelho foi tratado como 'filho' na recuperação

Campeã Olímpica revela preocupação antes da estreia pelo Praia Clube. Foram 11 meses se recuperando de lesão no joelho, e estreia ocorreu diante do Cannes

Por Uberlândia

Acostumada a grandes jogos e competições de alto nível, a oposta Mari viveu nos últimos meses um período tenso na carreira. Uma lesão de ligamento cruzado no joelho afastou a campeã olímpica das quadras por um período de 11 meses. Foi um tempo de recuperação, que gera dúvidas, dor, e a principal atividade é visitar os médicos e a fisioterapia. A recuperação evoluiu, Mari começou a frequentar as salas de musculação e aos poucos os profissionais da medicina foram inserindo trabalhos que o voleibol exige. No Praia Cube há quatro meses, ela teve que se adaptar a uma nova rotina. Fora essa questão de não estar jogando, o ambiente é diferente, o ritmo de Rio de Janeiro e São Paulo é desacelerado, o que pra ela, se tornou uma solução, quando aceitou o convite da equipe mineira.

– Precisava desse sossego, não queria mais enfrentar aquele trânsito das capitais – disse Mari.

Mari Praia Clube vôlei (Foto: Divulgação) 
A atacante Mari, nas quadras do Praia Clube
(Foto: Divulgação)

Depois de todas as dificuldades que envolvem a recuperação de uma lesão grave, veio à alegria. Alegria, de mais uma vez estar em quadra em uma partida oficial. Mari, de 30 anos, jogou quatro partidas em Basileia, pelo Praia, no Torneio Internacional Top Volley e confidenciou que o joelho nesses último meses se tornou um “filho”.

– Foi um período de evolução gradativa. Muito tempo treinando sozinha, e o que faz a perna voltar a ter força é a musculação. Fiz tudo da melhor maneira, abri mão de muita coisa, me dediquei, e o meu joelho virou um filho. Agora, é só ganhar ritmo e força – disse.

Mari treinando na piscina do Praia Clube (Foto: Gullit Pacielle)Mari se recuperando na piscina do Praia
(Foto: Gullit Pacielle)
 
Voltar a jogar foi uma tarefa difícil. Mesmo com  experiência de seleção brasileira, o frio na barriga é inevitável. O retorno ocorreu  na última sexta-feira do ano de 2013. Na partida diante do Cannes, ela se aqueceu, não foi escolhida entre as titulares, e quando o técnico Spencer Lee fez a primeira inversão, Mari voltou a jogar.

– Foi bom, tranquilo, fiquei meio preocupada, porque antes do campeonato foram cinco dias sem treinar. No total, havia feito apenas sete treinos coletivos, treinei pouco, mas todos fizeram uma programação muito boa. Entrei de vagar para dar ritmo, e deu para sentir como é estar dentro da quadra – falou.

A estreia de Mari ocorreu diante do Cannes (FRA), depois ela atuou contra Team Suisse (SUI), Volero (SUI), e Dynamo Krasnodar (RUS). O Praia venceu os três primeiro jogos, perdeu para as russas e trouxe a medalha de prata para o Brasil.

– Fomos muito bem. Pelo nível técnico, são equipes fortes, mas a gente pensou que jogariam com os elencos completos. Nosso time tinha a Herrera, com dor no joelho, a Kim, voltando de lesão, eu para estrear e só perdemos para um dos melhores times do mundo. O importante é que o grupo cresceu – concluiu.


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