A CRÔNICA
por
Rodrigo Faber
Dez jogos: esse foi o período que Alexandre Pato passou sem marcar um
gol com a camisa do Corinthians. Neste domingo, a seca, enfim, acabou.
Em tarde inspirada, o atacante balançou as redes duas vezes e resolveu a
partida contra o Bahia, dando a vitória por 2 a 0 ao Timão, na Arena
Fonte Nova, em Salvador. Embalo para os paulistas, freio para os
baianos, que vinham de bom início no Campeonato Brasileiro. O jogo foi
marcado pela suspeita de grave lesão de Renato Augusto.
Com a ausência de Emerson por pelo menos três semanas, devido a um
problema no joelho esquerdo, a tendência é que Pato ganhe uma sequência
entre os titulares. Após amargar o banco de reservas antes da pausa para
a Copa das Confederações, o reforço de R$ 40 milhões terá o período de
ausência de Sheik para se firmar na formação principal.
O triunfo em Salvador levou o Corinthians ao sétimo lugar, com nove pontos. O Bahia, que vinha bem, leva um banho de água fria: antes com a chance de encostar nos líderes, cai na tabela e fica na 11ª colocação, com oito pontos.
Em jogo antecipado da 11ª rodada, o Bahia encara o São Paulo no Morumbi, na quarta-feira. No domingo, às 16h, o Corinthians recebe o Atlético-MG no estádio do Pacaembu.
Bahia ameaça, mas Pato resolve
O uniforme azul do Corinthians foi feito em homenagem a uma partida na qual o clube representou a seleção brasileira, em 1965. O palco da partida contra o Bahia era um estádio de Copa do Mundo. Tudo em alto nível. Mas o início do Timão não foi dos mais animadores: sem Danilo e Emerson Sheik, que ficarão fora de combate nas próximas três semanas, a equipe não encaixou seu jogo prontamente, e as melhores chances foram dos donos da casa. Até o ressurgimento de Alexandre Pato.
O Bahia encontrava espaços nas laterais. Edenílson e Fábio Santos permitiam as chegadas de Anderson Talisca e Raul, que buscavam Fernandão, “plantado” dentro da grande área. Até mesmo o zagueiro Gil, símbolo de regularidade no primeiro semestre, falhava no posicionamento. O Tricolor parecia amadurecer seu gol – que chegou a ser marcado, por Titi, desviando cobrança de falta, mas o lance foi anulado corretamente pelo árbitro Péricles Bassols, por impedimento.
Jogando na esquerda, Pato parecia atrapalhado no 4-2-3-1 de Tite. Longe da área, o atacante se enrolava com a bola. O momento difícil, que além dos 10 jogos sem gol incluía o fim do namoro de dois anos e meio com Barbara Berlusconi, parecia ganhar mais um capítulo. Parecia.
Quando o relógio marcava 33 minutos, o volante Guilherme acertou um lançamento preciso para Alexandre Pato, que dominou e chutou à queima-roupa de Marcelo Lomba. Madson desviou, e o camisa 7 viu a bola caprichosamente beijar a trave antes de voltar ao seu pé direito e, enfim, chegar ao fundo da rede. Fim do jejum.
Mas nada é tão bom que não possa... melhorar! Em cruzamento despretensioso de Romarinho, a poucos minutos do fim da primeira etapa, Madson errou feio e deixou a bola livre para Pato, de primeira, fuzilar da entrada da área e ampliar a vantagem alvinegra. Na terra de todos os santos, o camisa 7 exorcizou seus demônios.
Mesmo resultado, outro time
Sem alterações, o Bahia saiu com tudo para cima do Corinthians, que sofreu um grande susto: Renato Augusto deixou o gramado com suspeita de fratura na face, após dividida com Souza. O meia saiu de campo chorando.
Dentro das quatro linhas, a superioridade dos visitantes se manteve. Com volume de jogo envolvente, Alexandre Pato, Guerrero e Romarinho tiveram chances de ampliar a vantagem alvinegra, mas pararam nas defesas de Marcelo Lomba. Pouco efetivo na transição entre os campos de defesa e ataque, o Bahia não oferecia perigo – apenas em chutes de fora da área.
No lugar de Renato Augusto, Ibson se mostrou um pouco confuso com o ataque corintiano. Já Pato deixou o campo, sob aplausos, para a entrada de Léo, jovem promovido das categorias de base. Do lado baiano, Souza, que substituiu Fernandão ainda na primeira etapa, em nada mudou o desempenho do setor ofensivo tricolor. Definitivamente, o Bahia ainda não se sente à vontade em sua nova casa.
saiba mais
Os primeiros minutos foram de preocupação para o técnico Tite.
Envolvido, o Corinthians dava liberdade para o Bahia, que parecia mais
próximo do gol. A má fase de Pato custou tanto a acabar que, no lance do
primeiro gol alvinegro, cara a cara com Marcelo Lomba, o atacante
chutou na trave antes de, enfim, empurrar para a rede e abrir o placar
para o Timão.
Romarinho, em lance do jogo entre Bahia e Corinthians (Foto: Erik Salles / Ag. Estado)
O triunfo em Salvador levou o Corinthians ao sétimo lugar, com nove pontos. O Bahia, que vinha bem, leva um banho de água fria: antes com a chance de encostar nos líderes, cai na tabela e fica na 11ª colocação, com oito pontos.
Em jogo antecipado da 11ª rodada, o Bahia encara o São Paulo no Morumbi, na quarta-feira. No domingo, às 16h, o Corinthians recebe o Atlético-MG no estádio do Pacaembu.
Bahia ameaça, mas Pato resolve
O uniforme azul do Corinthians foi feito em homenagem a uma partida na qual o clube representou a seleção brasileira, em 1965. O palco da partida contra o Bahia era um estádio de Copa do Mundo. Tudo em alto nível. Mas o início do Timão não foi dos mais animadores: sem Danilo e Emerson Sheik, que ficarão fora de combate nas próximas três semanas, a equipe não encaixou seu jogo prontamente, e as melhores chances foram dos donos da casa. Até o ressurgimento de Alexandre Pato.
O Bahia encontrava espaços nas laterais. Edenílson e Fábio Santos permitiam as chegadas de Anderson Talisca e Raul, que buscavam Fernandão, “plantado” dentro da grande área. Até mesmo o zagueiro Gil, símbolo de regularidade no primeiro semestre, falhava no posicionamento. O Tricolor parecia amadurecer seu gol – que chegou a ser marcado, por Titi, desviando cobrança de falta, mas o lance foi anulado corretamente pelo árbitro Péricles Bassols, por impedimento.
Jogando na esquerda, Pato parecia atrapalhado no 4-2-3-1 de Tite. Longe da área, o atacante se enrolava com a bola. O momento difícil, que além dos 10 jogos sem gol incluía o fim do namoro de dois anos e meio com Barbara Berlusconi, parecia ganhar mais um capítulo. Parecia.
Quando o relógio marcava 33 minutos, o volante Guilherme acertou um lançamento preciso para Alexandre Pato, que dominou e chutou à queima-roupa de Marcelo Lomba. Madson desviou, e o camisa 7 viu a bola caprichosamente beijar a trave antes de voltar ao seu pé direito e, enfim, chegar ao fundo da rede. Fim do jejum.
Mas nada é tão bom que não possa... melhorar! Em cruzamento despretensioso de Romarinho, a poucos minutos do fim da primeira etapa, Madson errou feio e deixou a bola livre para Pato, de primeira, fuzilar da entrada da área e ampliar a vantagem alvinegra. Na terra de todos os santos, o camisa 7 exorcizou seus demônios.
Pato faz comemoração misteriosa após encerrar jejum de gols no Timão (Foto: Rodrigo Coca / Ag. Estado)
Sem alterações, o Bahia saiu com tudo para cima do Corinthians, que sofreu um grande susto: Renato Augusto deixou o gramado com suspeita de fratura na face, após dividida com Souza. O meia saiu de campo chorando.
Dentro das quatro linhas, a superioridade dos visitantes se manteve. Com volume de jogo envolvente, Alexandre Pato, Guerrero e Romarinho tiveram chances de ampliar a vantagem alvinegra, mas pararam nas defesas de Marcelo Lomba. Pouco efetivo na transição entre os campos de defesa e ataque, o Bahia não oferecia perigo – apenas em chutes de fora da área.
No lugar de Renato Augusto, Ibson se mostrou um pouco confuso com o ataque corintiano. Já Pato deixou o campo, sob aplausos, para a entrada de Léo, jovem promovido das categorias de base. Do lado baiano, Souza, que substituiu Fernandão ainda na primeira etapa, em nada mudou o desempenho do setor ofensivo tricolor. Definitivamente, o Bahia ainda não se sente à vontade em sua nova casa.
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