Jogo Contra a Pobreza, dia 19, não deve ter tufos de grama se descolando do campo. No entanto, maturação total do tapete levará mais meses
Gramado da Arena volta a receber a costura
(Foto: Hector Werlang/Globoesporte.com)
(Foto: Hector Werlang/Globoesporte.com)
Quem garante é o diretor da World Sports, empresa encarregada de zelar pelo tapete verde da Arena. De acordo com Roberto Gomide, o trabalho para eliminar os estragos já começou na madrugada após o jogo. Primeiro, com o processo de recomposição das áreas castigadas pelas chuteiras dos atletas - uma etapa bastante manual, de recolocação de pedaços perdidos e que incluía limpeza da área. Depois, muita irrigação contra o calor gaúcho.
Por fim, já na manhã de domingo, a máquina de costura entrou novamente em campo e recomeçou o processo de unir a parte artificial à grama natural. Tudo para atenuar as críticas feitas ao gramado, acentuadas pelas tintas pesadas de jornais alemães, que chegaram a classificar o campo como um "deserto" ou, ainda mais exóticos, como uma "plantação de batatas", levando a empresa a emitir uma nota oficial na segunda-feira.
- O ciclo construtivo termina no sábado - garante o diretor, que estava à beira do campo no amistoso. - Daria para jogar no domingo. Mas, claro, o nosso foco é deixar tudo pronto para o dia 19 (quando Ronaldo e Zidane estrelam a partida beneficente que leva o nome de Jogo Contra a Pobreza). Até porque, quando a máquina costura, também desgasta muito o gramado, que precisa de um tempo para se recuperar do processo. saiba mais
Há inclusive a chance de a finalização do gramado ser antecipada. Tudo depende da segunda máquina, que quebrou durante a semana final dos trabalhos. A peça danificada não é fabricada no Brasil, e sua substituta vem da Holanda. Com duas Grass Masters, é possível terminar o processo na noite de quinta ou na manhã de sexta.
Nas laterais do campo, gramado não resistiu aos lances de jogo (Foto: Lucas Rizzatti/Globoesporte.com)
O próprio show de inauguração, que contou com mais de mil pessoas no palco do jogo, entre figurantes e bailarinos, também contribuiu para castigar um pouco mais a grama recém-nascida, acredita Roberto Gomide.
- Fizemos um trabalho recorde - destaca. - Ficamos muito felizes ao constatar que, onde havia costura, a bola rolou muito bem.
Maturação total levará mais tempo
A costura do gramado |
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- Duas máquinas,sete toneladas cada - 180 bobinas gigantes de 6km de grama artificial - Um agulha coloca cada fio no solo, por injeção de ar comprimido - Raízes da grama se entrelaçam com os fios de naylon, reforçando gramado para jogos |
A ideia é se desfazer das duas máquinas de sete toneladas cada já no fim de semana. O que não significa menos trabalho. A próxima etapa serve para intensificar a manutenção do gramado, com irrigação, controle de pragas e de doenças e fertilização balanceada. E, claro, contando com a ajuda do tempo.
- É dar água e comida para a grama - simplifica Gomide. - O gramado vai ficar muito bom, mas vai atingir mesmo a maturidade quando diminuir a temperatura, por fevereiro ou março. A grama é viva, sente o ambiente. Para você ter uma ideia, fazia 43ºC no campo no domingo, enquanto trabalhávamos no local.
A World Sports começou sua empreitada em 1996, com o gramado da Vila Belmiro, em São Paulo. E, às portas da Copa do Mundo de 2014, vê seu trabalho aumentar. Tanto que já tem destino para as máquinas de costura. Assim que elas deixaram a Arena, rumarão a Brasília, onde está sendo construído um dos estádios do Mundial.
Imagem de 27 de novembro mostra efeito da costura (Foto: Wesley Santos / Press Digital)
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