Treinador reconhece desatenção no começo do jogo com Palmeiras e fala em encerrar o Brasileirão de forma honrosa. Domingo tem clássico com o Vasco
Eduardo Baptista falou do passado, do presente e até do futuro ao
comentar a eliminação do Fluminense na Copa do Brasil. A análise do que
encontrou ao ser contratado, há quase dois meses, a evolução alcançada com o
desenvolvimento do trabalho e o que chamou de “semente plantada” para 2016
pautaram a entrevista após o revés por 4 a 1 nos pênaltis para o Palmeiras, na
noite de quarta-feira, em São Paulo – antecedido pela derrota de 2 a 1 nos 90
minutos. Tudo, enfim, serviu de embasamento para dizer que o Tricolor foi, na
opinião do treinador, superior nos dois duelos. Ele só não contava com a
“loteria dos pênaltis”.
A entrevista foi realizada na zona mista da arena do Palmeiras. Enquanto
jogadores do clube paulista deixavam o estádio, Eduardo conversava com os
jornalistas. Mostrou-se orgulhoso.
- É um pedido meu: não rifar a bola. A equipe veio para jogar futebol.
Entrou desligada no começo, pagou preço por isso. Depois, jogamos. Foi o time
que mandou no jogo. Os meninos foram bem. As substituições surtiram efeito.
Pênalti é loteria. O Jean é um grande batedor. O Scarpa também. O Fred bateria
o último pois gosto de ter o melhor no final. O Gum treina todo o dia... disse,
para completar:
- Uma das primeiras coisas quando cheguei aqui era arrumar o sistema de
marcação. Jogamos, fomos bem, enfrentamos a torcida, o estádio e colocamos o
Palmeiras quase dentro da sua área no segundo tempo. É uma coisa boa, mas temos
que evoluir. Estou chateado pela eliminação, mas contente pelo desempenho nos
dois jogos. O Fluminense foi superior nos dois jogos. A nossa proposta foi de
time grande, tocamos a bola e buscamos o gol. Fico feliz. É o começo de um
trabalho. Infelizmente, no Brasil, só se vê o resultado. Para quem olha
criticamente vê o Fluminense superior ao Palmeiras.
Para Eduardo, o fato de não ter treinado pênaltis no treino de
terça-feira, no Rio, o último antes da viagem não foi determinante para a
queda. O comandante elogiou o empenho de Fred, que atuou sem estar nas melhores
condições físicas. E projetou o Brasileirão:
- Quero acabar bem o Brasileiro. Havia a expectativa de chegar à final,
mas não aconteceu. Vamos ver como estão os jogadores. Fisicamente, acabamos
bem.
O Flu volta ao Rio na tarde de quinta-feira. No domingo, retoma o
Brasileirão. O rival é o Vasco. O Tricolor o 13º colocado, com 40 pontos.
A íntegra da entrevista coletiva:
Pênaltis
Jean bate muito bem. Eu gosto de deixar o último para o Fred bater. O
Scarpa e o Gum treinam.
Brasileirão
É conseguir ter a atuação que nós tivemos hoje. Ter um jogo equilibrado
contra o Vasco para voltar a pontuar.
Fred no clássico com o Vasco?
Não sei. Vamos avaliar. Amanhã (quinta) ou na sexta. Foi importante o trabalho do
DM e a entrega dele. A gente vai avaliar. Até sexta, teremos uma posição.
Frustração
Temos de fazer seis grandes jogos para acabar de forma honrosa. Repetir
a atuação de hoje, especialmente a do segundo tempo. É isso que temos de fazer.
A semente que está sendo plantada aqui é muito importante. Vamos fazer um 2016
bem melhor.
Desatenção
Marcamos a bola alta deles, um ponto forte. Os 20 minutos iniciais...
ficamos desatentos na segunda bola. Temos que ficar ligados, atentos. Não pode
se repetir. Pagamos caro.
Arbitragem
Não gosto de jogar de arbitragem. Nas duas partidas, a gente foi
superior. A gente poderia ter tido um placar mais elástico no Rio e poderíamos
ter feito mais gols aqui.
Reforços
A gente tem falado. Começamos a desenhar 2016. É muito cedo para
adiantar algo. Em sigilo, junto com a direção, vamos traçar o ano que vem.
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