domingo, 18 de outubro de 2015

Dado não poupa críticas à atuação do Paysandu: "Não jogamos nada"


"Foi a pior partida do time ao meu comando. Saímos envergonhados", disse o técnico




Por
Belém


Dado Cavalcanti, técnico do Paysandu (Foto: Akira Onuma/O Liberal)
Dado Cavalcanti não gostou do que viu do 
Paysandu diante do Macaé (Foto: Akira 
Onuma/O Liberal)


Envergonhado. Esse foi um dos sentimentos demonstrados pelo técnico Dado Cavalcanti após o empate do Paysandu em 1 a 1 com o Macaé, em jogo realizado neste sábado, no Mangueirão, em Belém. Abatido com o resultado que deixou o Papão fora do G-4 da Série B do Brasileiro, o treinador, em entrevista coletiva, disse que o time teve a pior atuação ao seu comando, assumindo a responsabilidade para um resultado que, segundo ele, foi como uma derrota.

- Não tem muito o que explicar, é um sentimento de derrotado, estamos moralmente derrotados. Foi a pior partida ao meu comando, não jogamos nada. No primeiro tempo fomos melhores, fizemos um gol, eles perderam um homem e, talvez, essa superioridade criou uma situação de que seria fácil. Temos que reconhecer o erro, dar razão ao torcedor, que saiu chateado, questionando, e não podemos tirar esse direito deles. Assumo o fato de não termos vencido. É culpa do treinador não estarmos no G-4. Tenho que ter hombridade e humildade para reconhecer. Com certeza saímos daqui envergonhados.

Temos que reconhecer o erro, dar razão ao torcedor, que saiu chateado, questionando, e não podemos tirar esse direito deles. Assumo o fato de não termos vencido. É culpa do treinador não estarmos no G-4. Tenho que ter hombridade e humildade para reconhecer. Com certeza saímos daqui envergonhados.
Técnico Dado Cavalcanti

Vencendo o Macaé, o Paysandu assumiria automaticamente a quarta posição no G-4 que garante o acesso. Por outro lado, se conquistasse a vitória por três gols de diferença, chegaria ao terceiro lugar, ultrapassando o América-MG no saldo de gols. Dado acredita que a ansiedade da equipe em busca de ampliar o resultado pode ter atrapalhado.

- É tudo inadmissível, estou chateado. Não aconteceu nada daquilo que planejamos no intervalo, foi totalmente o contrário. Talvez crescemos demais nossos olhos em busca de mais gols, o que nos traria a terceira colocação, pode ter acontecido uma ansiedade, pois eles sabiam disso, falei no vestiário. Mas pecamos no geral. Não corremos mais que o adversário, relaxamos, não fomos bem tecnicamente e nem taticamente, as minhas escolhas foram equivocadas... Peço desculpas. O Paysandu foi irreconhecível, sem sintonia.

Ainda restam oito jogos para o Paysandu buscar o objetivo de retornar à Série A. A sequência continua no próximo sábado, contra o Sampaio Corrêa, no Estádio Castelão, em São Luís. Dado afirmou que os desfalques têm atrapalhado o desempenho do Alviceleste na reta final da competição, mas que, apesar dos cinco jogos sem vitória, o clube não tem razão para desistir da briga pelo acesso.
- O momento precisa ser de lucidez, temos que encontrar forças para a recuperação, ainda restam vários jogos, estamos na briga, próximos do G-4. Muita gente está patinando, não é só o Paysandu.
As ausências estão fazendo falta, alguns por suspensão e outros por lesão. Tem o Yago (Pikachu), Capanema, Recife, João Lucas... Isso muda as características do time. Os que entram contribuem da forma deles. Temos uma semana pela frente para nos preparar. Não estamos brigando pelo rebaixamento, precisamos resgatar a nossa autoestima e a força do torcedor.


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