Messi deixa dois paraguaios no chão na vitória da Argentina (Foto: AP Photo/Silvia Izquierdo)
Se uma imagem pode valer mais do que mil palavras, o que esta de Messi deixando dois marcadores paraguaios amontoados resume? A superioridade argentina nas semifinais da Copa América
ficou visível até para quem implicava em não enxergar o quanto de
chances perdidas custaram aos vice-campeões mundiais vitórias mais
folgadas nos jogos anteriores. O 6 a 1
sobre o Paraguai, com direito a esta humilhação antes do quarto gol,
deixou tudo mais claro. Vai ser uma final e tanto no Estádio Nacional,
sábado, a partir de 17h (de Brasília) - o SporTV transmite ao vivo, e o GloboEsporte.com acompanha em Tempo Real com vídeos.
Por
que? Apesar de não ter feito a melhor de suas partidas no torneio, o
Chile mostrou de novo que tem alternativas de jogo e qualidade diante
dos peruanos na vitória por 2 a 1. E quem brilhou mais foi Vargas, com dois gols, o segundo num chutaço que selou o resultado.
Vargas é bola na rede: artilheiro comemora
o primeiro gol do Chile sobre o Peru
(Foto: EFE/Juan Carlos Cárdenas)
Mas
também teve quem fez feio. Entre os valentes peruanos, um confundiu
coragem com brutalidade. Zambrano distribuiu pontapés e foi embora para o
chuveiro mais cedo, poupando o público de suas grosserias e
atrapalhando o plano de Guerrero & cia.
Os 57 gols em 24
partidas da Copa América deste ano superaram antes das decisões os 54
feitos na edição de 2011. A média está em 2,37 por jogo. O artilheiro é
Vargas, com quatro, um à frente do seu compatriota Vidal, o argentino
Agüero, o paraguaio Lucas Barrios e o peruano Guerrero, defensor do
posto conquistado há quatro anos, com cinco.
Confira os destaques do pacotão das semifinais da Copa América:
O
jogo tinha acabado de se complicar para os chilenos. Mas Vargas salvou.
Treinado para tal,
conforme confessou em entrevista logo depois do
jogo, soltou a bomba de longe e mandou no canto.
O
gol foi de Di María, mas o mais bonito da jogada foi o drible. Com a
bola dominada, em velocidade, Messi deu um leve toque e botou por baixo
de dois marcadores. Os paraguaios, coitado, caíram um por cima do outro.
E, assim, amontoados, assistiram à bola acabar na rede.
Foi
feio. Uma demonstração de insensatez que custou muito à seleção
peruana. Aliviado no primeiro lance ríspido com Vidal e pendurado com o
cartão amarelo pela entrada em Alexis Sánchez, o zagueirão Zambrano
deixou o pé e o enfiou nas costas de Aránguiz, numa patada digna de
expulsão e uma boa suspensão depois.
O
árbitro venezuelano se enrolou todo no início de Chile x Peru. Em dois
lances com Zambrano envolvido, deixou de dar cartão para os dois
envolvidos na jogada. Primeiro, numa dividida do zagueiro com Vidal que
acabou sem punição para ambos, mesmo com cabeçada e tapa desferidos.
Depois, só deu o amarelo para o defensor numa jogada em que Alexis
Sánchez também poderia ser advertido pela reação.
Um
gol contra é um gol contra. Pracamente, um erro supremo no futebol.
Mandar a bola contra sua própria meta é ir na direção inversa da lógica
do jogo. Por isso, o voo de Medel é a maior falha que poderia ter nas
semifinais.
O
veterano Justo Villar, coitado, não teve culpa na goleada que o
Paraguai sofreu da Argentina. O goleiro até que salvou algumas bolas que
poderiam ter entrado, como este chute de Messi, mostrando reflexo bem
apurado para um jogador de 38 anos, completados justamente no dia da
derrota. Uma menção de honra no infeliz aniversário.
O
Paraguai chegou a ensaiar uma reação como na estreia, quando empatou um
jogo perdido parcialmente por 2 a 0 no primeiro tempo. Marcou pouco
antes do intervalo e diminuiu para 2 a 1, mas sucumbiu na etapa final,
sofrendo mais quatro gols, dois em menos de dez minutos. Tudo bem que a
Argentina foi muito bem, mas que deu vergonha, isso deu, e ficou visível
no semblante de alguns guaranis logo depois que a rede balançava.
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