quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Bragantino aproveita falhas da defesa do São Paulo e vai às oitavas de final

Tricolor volta a apresentar erros em jogadas pelo alto e permite a virada do time de Bragança Paulista, que avança pela primeira vez na Copa do Brasil


 A CRÔNICA

por Carlos Augusto Ferrari


O Bragantino, que está na zona de rebaixamento da Série B do Brasileirão, não deu a menor bola para o favoritismo do São Paulo, nesta quarta-feira à noite, no Morumbi, pela terceira fase da Copa do Brasil. Como havia perdido o jogo de ida, disputado em Ribeirão Preto, por 2 a 1, o Massa Bruta precisava da virada. O empate era do Tricolor, que poderia até perder por 1 a 0, já que tinha dois gols marcados como visitante. Mas de que adianta tanta vantagem se a defesa não colabora? O time de Muricy Ramalho voltou a apresentar falhas gritantes no jogo aéreo, levou dois gols de escanteio, perdeu por 3 a 1 e viu o time do interior de São Paulo ficar com a vaga nas oitavas de final.


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O Tricolor abriu o placar com Paulo Miranda. Assim, o Braga precisaria fazer três gols - ou dois para levar a decisão para os pênaltis. O time do interior paulista optou pelo atalho. Foi para cima e marcou com Cesinha, Gustavo e Guilherme. Pela primeira vez, o Bragantino chega às oitavas da Copa do Brasil - é sua quarta participação.  Já o São Paulo continuará mais um ano sem título da competição. Por outro lado, o Tricolor, com a eliminação, vai disputar a Copa Sul-Americana.

Comemoração do Bragantino contra o São Paulo (Foto: Marcos Ribolli)
Jogadores do Bragantino festejam 
classificação histórica 
(Foto: Marcos Ribolli)


O jogo

Parecia que o São Paulo não teria muito trabalho para confirmar a vantagem no mata-mata contra o Bragantino. Após uma ameaça de pressão da equipe do interior nos cinco primeiros minutos, o Tricolor tomou o controle da partida e abriu o placar aos 7, com Paulo Miranda aproveitando falha de Renan – o goleiro saiu mal para cortar cruzamento e não alcançou a bola; ela bateu na cabeça do beque tricolor e no rosto do goleiro antes de entrar. Ganso perdeu grande chance para ampliar logo em seguida, quando recebeu livre dentro da área e demorou a chutar. O São Paulo pagaria caro por isso. O Bragantino cresceu, empatou a partida aos 23, com Cesinha, em falha de Ceni, e só não virou aos 39 porque Paulo Miranda salvou cabeçada de Léo Jaime em cima da linha.

O Bragantino tomou conta do segundo tempo. Mesmo atuando no Morumbi, o time de Bragança Paulista parecia bem confortável. Com os volantes controlando o meio-campo, e Léo Jaime, Sandro e Cesinha combinando boas jogadas, o Massa Bruta foi encurralando o Tricolor até chegar à virada, aos 19. Mais uma vez mal posicionada, a defesa são-paulina se atrapalhou na cobrança de escanteio de Sandro. Souza desviou e marcou contra. A arbitragem deu o gol para Gustavo, que disputou a jogada, mas não tocou na bola. Os escanteios eram as armas do Massa Bruta, e Sandro se mostrava exímio batedor. Logo após o gol, ele quase marcou um olímpico: a bola se chocou no travessão. Depois, aos 29, o terceiro. O meia cobrou o tiro de canto, a zaga são-paulina, de novo, deu pane, e a bola sobrou para Guilherme esfufar a rede.




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