Mecão faz
incríveis 5 a 2, cariocas acumulam sua sétima queda no torneio para
rivais de menor expressão e ficam até com Sul-Americana ameaçada
A CRÔNICA
O futebol aprontou mais uma das suas na noite desta quarta-feira, no
Maracanã. Se na Copa do Brasil de 2007 o América-RN derrotou o
Fluminense por 1 a 0 no Rio de Janeiro e faltou pouco para avançar,
desta vez conseguiu o que precisava. Depois de ter perdido para os
cariocas o jogo de ida por 3 a 0 dentro de casa, o Mecão de um incrédulo
Oliveira Canindé, mesmo poupando jogadores no primeiro tempo, venceu
por 5 a 2 com gols de Marcelinho, Max, Alfredo (duas vezes) e Rodrigo
Pimpão e se classificou de forma incrível para as oitavas de final. Fred
e Cícero descontaram. O adversário do time potiguar no início do
mata-mata só será conhecido na próxima segunda-feira, às 11h, em sorteio
a ser realizado na sede da CBF com os dez que passarem da terceira fase
mais os seis brasileiros que disputaram a Libertadores este ano. Três
horas depois, serão sorteados também os mandos de campo dos próximos
confrontos.
Já o Flu foi vítima de sua própria confiança. A equipe de Cristóvão Borges também se deu o luxo de poupar Conca e Wagner, Fred comemorava seu jogo de número 200 pela equipe, e a torcida sequer se mobilizou para a partida. Foram apenas 4.355 pagantes no Maracanã (4.748 presentes), com renda de R$ 80.400,00. Todos incrédulos ao ver o Tricolor passar por mais um drama no torneio: já são sete eliminações para times de menor expressão em 18 participações. Quedas para o Linhares (1994), Criciúma (1996), Ceará (1997), Paraná (1998), Juventude (1999) e Brasiliense (2002). Além disso, essa não é a primeira derrota dolorosa para um time de Natal no Maracanã. Na estreia pela Série B, em 1998, acabou derrotado para o ABC por 3 a 2 na campanha que culminou com o rebaixamento para a Terceira Divisão.
Agora, o Fluminense corre até o risco de sequer disputar a Copa Sul-Americana.
Os representantes brasileiros no torneio serão, entre quem não se
classificar na Copa do Brasil, os sete melhores colocados do Campeonato
Brasileiro do ano passado. Como terminou em 15º, para não ficar fora vai
ter que torcer para o Santos não cair diante do Londrina nesta
quinta-feira e continuar na competição nacional. O primeiro jogo entre
as equipes terminou 2 a 1 para o time paranaense.
O Tricolor volta a campo agora pelo Campeonato Brasileiro e terá pela frente o clássico contra o Botafogo, neste domingo, às 18h30 (de Brasília), no Mané Garrincha. Já o América-RN, enquanto aguarda seu adversário na Copa do Brasil, volta suas atenções para a Série B e busca uma recuperação no sábado, às 16h20, contra o Icasa, no Romeirão.
Mecão acredita e surpreende
Antes, parecia um jogo só para cumprir tabela. Com os melhores jogadores poupados dos dois lados do campo: Conca e Wagner pelo Flu, Alfredo e Rodrigo Pimpão pelo América-RN. Mas quando Marcelinho aproveitou falha da zaga tricolor e fez 1 a 0 com 16 minutos de bola rolando... Opa. O Mecão viu que era possível. E o Flu, que precisava acordar. O esquema com Fred na frente e Rafael Sobis recuado, fazendo a função de meia, não deu resultado. E o centroavante só aparecia quando Cícero subia ao ataque. Foi assim que em cinco minutos o time virou. O camisa 9 fez seu gol de número 123 pelo Tricolor, e Cícero, em jogada iniciada pelo companheiro, marcou o segundo, aos 36.
O Flu de fato acordou, mas sentiu um outro golpe. Desta vez foi pancada
mesmo. Dividida joelho com joelho de Fred e Max. Pior para o tricolor,
que não voltou mais para o segundo tempo. Cmo Walter totalmente fora de
ritmo, o time perdeu muita força. Já Max, que seguiu em campo,
aproveitou outra falha da defesa do Flu para sair cara a cara com
Cavalieri e empatar o jogo. Opa. Novo alerta ligado. Fabrício e
Elivélton foram mal, e o Flu sentiu falta de Gum e Henrique. Oliveira
Canindé resolveu acreditar e lançou no segunto tempo Rodrigo Pimpão,
ex-Vasco, e Alfredo, revelado nas divisões de base do São Paulo junto
com Lucas, do PSG, da França. A dupla colocou fogo no jogo e fez o
impossível nos últimos 15 minutos. Alfredo virou aos 30 e ampliou aos
37, e Pimpão marcou o gol da classificação aos 45. Isso tudo em meio a
um caminhão de gols perdidos pelo Mecão, recompensado no fim.
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Já o Flu foi vítima de sua própria confiança. A equipe de Cristóvão Borges também se deu o luxo de poupar Conca e Wagner, Fred comemorava seu jogo de número 200 pela equipe, e a torcida sequer se mobilizou para a partida. Foram apenas 4.355 pagantes no Maracanã (4.748 presentes), com renda de R$ 80.400,00. Todos incrédulos ao ver o Tricolor passar por mais um drama no torneio: já são sete eliminações para times de menor expressão em 18 participações. Quedas para o Linhares (1994), Criciúma (1996), Ceará (1997), Paraná (1998), Juventude (1999) e Brasiliense (2002). Além disso, essa não é a primeira derrota dolorosa para um time de Natal no Maracanã. Na estreia pela Série B, em 1998, acabou derrotado para o ABC por 3 a 2 na campanha que culminou com o rebaixamento para a Terceira Divisão.
Rodrigo Pimpão comemora gol da
classificação do América-RN
(Foto: Jorge Rodrigues
/ Agência Estado)
O Tricolor volta a campo agora pelo Campeonato Brasileiro e terá pela frente o clássico contra o Botafogo, neste domingo, às 18h30 (de Brasília), no Mané Garrincha. Já o América-RN, enquanto aguarda seu adversário na Copa do Brasil, volta suas atenções para a Série B e busca uma recuperação no sábado, às 16h20, contra o Icasa, no Romeirão.
Mecão acredita e surpreende
Antes, parecia um jogo só para cumprir tabela. Com os melhores jogadores poupados dos dois lados do campo: Conca e Wagner pelo Flu, Alfredo e Rodrigo Pimpão pelo América-RN. Mas quando Marcelinho aproveitou falha da zaga tricolor e fez 1 a 0 com 16 minutos de bola rolando... Opa. O Mecão viu que era possível. E o Flu, que precisava acordar. O esquema com Fred na frente e Rafael Sobis recuado, fazendo a função de meia, não deu resultado. E o centroavante só aparecia quando Cícero subia ao ataque. Foi assim que em cinco minutos o time virou. O camisa 9 fez seu gol de número 123 pelo Tricolor, e Cícero, em jogada iniciada pelo companheiro, marcou o segundo, aos 36.
Substituto de Fred na etapa final, Walter
nada conseguiu fazer (Foto: Jorge
Rodrigues / Agência Estado)
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