domingo, 11 de maio de 2014

W. Lopes chama goleada sofrida de vergonhosa: “Parecia 15 contra 8”

Decepcionado, treinador do Criciúma aponta falta de luta como o principal motivo de ter sofrido 6 a 0 para o Botafogo e promete haver cobrança forte no vestiário


Por Rio de Janeiro

A voz estava embargada e o semblante abatido. Wagner Lopes tentou explicar a goleada humilhante sofrida para o Botafogo, na noite deste sábado. O treinador do Tigre classificou como vergonhoso o 6 a 0 no Maracanã (veja os gols no vídeo). “Decepção” e “vergonha” foram palavras que frequentaram suas palavras na entrevista coletiva após a partida. Para ele, parecia que o Criciúma tinha jogadores a menos diante do Botafogo, diante da falta de luta da equipe e a passividade para aceitar a derrota e também os gols alvinegros.

- Estou muito decepcionado. Aceito perder desde que a equipe esteja lutando, mas aceitamos a derrota, tomamos três gols em 12 minutos. Sem luta eu não aceito. Pode até perder,mas não de maneira vergonhosa como foi. Temos que nos reunir e haver uma cobrança muito forte, agora é hora de ver quem é homem. Temos que estar envergonhados, porque não brigamos e nem lutamos. Fizemos um bom primeiro tempo, mas perdemos sem disputar. É inadmissível um time profissional e com a história que tem o Criciúma. Não conseguimos marcar ou jogar. Foi vergonho e estou muito decepcionado. Fomos apáticos na marcação, parecia que estávamos com oito e 15 no time deles. Eu sou responsável. Tentamos fazer um jogo truncado, mas faltou atitude positiva. Sinto que a obrigação de assumir a responsabilidade é minha.

Wagner Lopes técnico Criciúma (Foto: Fernando Ribeiro / Criciúma EC)
Wagner Lopes se diz envergonhado pelo 
desempenho do Criciúma (Foto: 
Fernando Ribeiro / Criciúma EC)

Galatto e substituições
Agora não tem que apontar culpado. Temos 11 atletas e precisamos protege-los, embora internamente podemos quebrar o pau, mas externamente não.
Tenho que defender os jogadores, mas temos que fazer uma cobrança interna muito forte. O Galatto é um bom profissional, dedicado, mas dias infelizes todos têm. As substituições não surtiram efeito. Quando estava 4 a 0, ainda tentei fechar a casinha (com entrada de Everton na vaga de Silvinho).

Psicológico
Ninguém quer perder desta forma, todos vieram com a ideia de pontuar. A primeira coisa é cada um de dentro da estrutura se responsabilizar pelo ato.
Cada jogador tem que refletir e repensar como foi o jogo. Foi uma vergonha. 
Tenho a obrigação de pedir desculpas, não posso aceitar que o time perca sem lutar. Falo agora e falei aos jogadores que perdemos para nós mesmos antes de duelar. Internamento vamos nos reunir, agora todos estão de cabeça quente. Agora  é preciso calma e equilíbrio e dar sequência para uma semana boa. Em casa, teremos que buscar o resultado (contra o Internacional, no domingo). Temos que corrigir tudo que houve de errado, haver uma cobrança muito grande. O que aconteceu não pode se repetir jamais.


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Semana
Na nossa resenha pós-jogo, que acontece na reapresentação, a primeira coisa é cada um reconhecer o que fez errado, porque foi uma vergonha e eu me incluo. As substituições não surtiram efeito. Entramos apáticos, e em 12 minutos tomamos três gols. Temos que lavar a roupa suja. A cobrança tem que ser maior. Concordo que se jogar como hoje vai ser uma calamidade, por que faltou vontade. Não ganhamos em nada, a espirrava, parecia pegar fogo.


Quem entrar tem que jogar para deixar a vida em campo. Hoje não fizemos isso. Tem que colocar as cartas na mesa e da melhor maneira passar uma borracha nisso. Nunca perdi de 6 a 0, me causa uma dor muito grande. Não posso pegar cada um pelo pescoço. É hora de ver quem realmente é homem e honra a camisa. É a hora de se fechar.

Intervalo sem alteração
Minha intenção era melhorar a marcação e encaixá-la, para não dar espaço que demos. Apesar do primeiro tempo razoável nosso, eles acharam um gol. Não pressionamos e tomamos. Erramos muitos passes, demos a bola no pé para o adversário atacar. Quando há muitos erros acumulados no setor tem que mexer. A responsabilidade pela mudança é nossa. No lugar do João Vitor, coloquei o Bruno Lopes para ter três atacantes para termos mais chegada. 

Trouxemos o Wellington Bruno com a entrada do Everton (na vaga de Silvinho) para fechar, e não fechamos, deixamos as posições, ficamos desorganizados. O zagueiro acompanhava o atacante e a transferência de marcação não era feita. Se tem um dia para esquecer, foi hoje. Não houve comunicação, não estivemos bom posicionamento, deu tudo errado. Não tem cenário pior do que teve hoje.

Responsabilidade
É fundamental que cada um assuma a responsabilidade. Eu assumo toda a responsabilidade. Cada um tem que saber que não fizemos o que foi combinado. Não demos nosso melhor, foi um resultado vexatório e não podemos aceitar. Tem que ter mudança, dedo em riste, mas não vamos sair em caça às bruxas, não espetar na fogueira. Tem que cobrar, mas a responsabilidade é do treinador.


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