Técnico exalta consistência do Timão ao longo do Majestoso e considera satisfatória sequência inicial da equipe no Campeonato Brasileiro
– Futebol não é jogo de justiça. É de bola na casinha. Os dois gols foram legais, não tivemos nada de tão grave para reclamar, então é justo. Temos de ter competência para aproveitar as oportunidades. Nos posicionamos bem, fomos maduros, erramos pouco. Não ficamos totalmente satisfeitos com o empate porque levamos o 1 a 0 até quase o final do jogo, mas é um campeonato de pontos corridos. Precisamos ser melhores no fim, que é o que importa – afirmou.
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A semana será de muita expectativa para o Corinthians. No próximo domingo, a equipe alvinegra jogará a primeira partida oficial como mandante na Arena, em Itaquera, contra o Figueirense, às 16h, pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro.
Veja a entrevista coletiva do técnico:
Como foi o clássico
- O jogo se desenvolveu como imaginávamos, com duas equipes muito parecidas em termos de produção. O São Paulo com um meio-campo mais leve, e nós mais posicionados, como estamos fazendo em todos os jogos. Foi um jogo muito marcado até os 30 do primeiro tempo. Iniciamos o segundo melhor, trabalhando a bola, que foi o que pedi à equipe no intervalo. Estávamos aceitando a marcação e simplificando muito a saída de jogo. Naturalmente o São Paulo também saiu, porque é uma equipe de chegada forte. Tivemos uma jogada do Luciano com o Petros, quando já estava 1 a 0, mas escapou o domínio e perdemos a chance. A partir daí, o São Paulo pressionou muito e acabou saindo o gol.
Destaques do jogo
- As duas equipes tiveram um jogo coletivo forte. Me parece que é a realidade brasileira hoje. A partir de um coletivo forte, você cria perspectiva para que apareçam individualidades. Vamos tentar organizar bem as equipes. Ora vai aparecer um, ora outro, mas de modo geral, nos nossos jogos, o individual não se sobressaiu. O Ganso foi decisivo na hora da assistência. Marcamos ele durante a maior parte do jogo, mas ele é capaz de achar essa brecha que a maioria não consegue. Temos de trabalhar para que as nossas individualidades comecem a chamar a atenção.
Troca de Danilo por Renato Augusto
- O Danilo saiu por cansaço. Imaginávamos colocar o Renato, mas se a equipe estivesse bem em todos os aspectos, poderia não ser no lugar do Danilo. Com a entrada do Pabon no São Paulo, inverti o Petros, porque dificultaria a marcação. Entrou uma bola fatal na nossa linha, mesmo do jeito que estávamos. Imagina se não fosse assim.
Próximo passo do Corinthians
- O segundo passo é saber propor mais o jogo em determinada situações. O São Paulo é uma equipe que agride bastante, então você tem espaço para sair com transições rápidas e chegar na frente. Vamos encontrar equipes que também vão esperar, e você precisa ter outra proposta de jogo trabalhada, para que a equipe saiba se comportar. De maneira segura, sem oferecer os espaços, principalmente quando vierem jogar na nossa casa.
Fim da “novela” com Muricy
- Quem fez a polêmica foram vocês (jornalistas). Eu dei minha opinião, ele deu a dele, e num Estado democrático as pessoas podem ter opiniões divergentes. Uma mostra de que nos respeitamos foi o ato que aconteceu antes do jogo. Continuamos pensando o mesmo um sobre o outro. Sempre tive muito respeito por ele.
Renato Augusto titular?
- Talvez nos próximos jogos ainda não, mas com uma equipe ideal, lá na frente, podemos pensar. Mas quando o jogador esta voltando é bom ter um pouco de cuidado. Sabemos que ele vai sentir os jogos ainda. Com outro meia, para não sobrecarregar o meio-campo, temos de esperar um pouquinho.
Criatividade da equipe
- O Renato Augusto também é um jogador tão criativo quanto o Danilo. Já tínhamos cedido terreno no jogo com o Danilo em campo. A alteração não foi determinante para perdemos em criatividade. Sempre penso e falo que essas decisões não são unilaterais, porque do outro jeito tem muita gente capacitada, que estava perdendo o jogo. Futebol é assim mesmo.
Objetivo antes da Copa do Mundo
- Ainda é muito cedo, mas é importante ressaltar que jogamos um jogo como mandante e três como visitante. Eu não entendo essa tabela. Mas felizmente iniciamos bem, e aí está o maior mérito na equipe. Soubemos ser consistentes mesmo com muita coisa contra. É cedo para fazer estimativa, mas quando emparelharmos a tabela, jogando dois jogos em casa, podemos fazer uma análise um pouco melhor. Se ganharmos essas duas, provavelmente estaremos na primeira ou na segunda colocação em uma série de seis jogos.
Amistoso contra o Atlético-PR
- Minha ideia é utilizar em partes do jogo o grupo principal, que vem jogando o jogo em maior número, e na outra os que não vem jogando tanto desde o início, para considerar um turno de trabalho normal na quarta. Tivemos a confirmação de que viajaremos somente na quarta, o que é importante, já que não mexe na terça de trabalho. Estamos pensando em voltar pós-jogo, no início da quinta, porque queremos fazer dois treinamentos no novo estádio, porque é muito diferente, tudo muito novo.
Mudança para a Arena Corinthians
- Esperamos que a torcida do Corinthians compareça em grande número, para fazermos um ambiente favorável, para que haja uma sintonia com a equipe. É uma identidade para que o torcedor queira ver. Esse sentimento forte entre torcida e time se estabeleceu, é isso que queremos fazer.
Desempenho do ataque
- No Campeonato Paulista falávamos sobre a defesa, que precisava melhorar, e a equipe estava criando muito. Abri mão de algumas questões ofensivas, e agora precisamos achar o equilíbrio disso. Uma capacidade de retomada de bola, aproveitando uma transição de qualidade. Isso dá a possibilidade de criar bastante.
Mano Menezes, no jogo entre São Paulo
e Corinthians (Foto: Foto: Marcos Ribolli)
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/corinthians/noticia/2014/05/mano-ve-empate-justo-no-classico-e-elogia-maturidade-do-corinthians.html
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