Olimpíadas da América do Sul começam nesta sexta com nações de fora do continente, mulheres bonitas e campeões olímpicos em Santiago, no Chile
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Conheça um pouco mais sobre este evento, considerado pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) como o primeiro grande passo rumo aos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro.
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Argentina líder
Fernanda Lauro mostra sua coleção de medalhas(Foto: Federação argentina de canoagem)
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intrusos
Irving Saladino com a bandeira do Panamá
(Foto: Divulgação/IAAF)
(Foto: Divulgação/IAAF)
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BRASIL SEDE EM 2002
Logo dos Jogos Sul-Americanos de 2002
(Foto: Divulgação/COB)
(Foto: Divulgação/COB)
Poucos
se lembram, mas o Brasil sediou os Jogos
Sul-Americanos uma vez, em 2002. O país recebeu essa incumbência menos
de um ano
antes do evento, depois da desistência da Colômbia, já eleita e passando
por uma crise econômica e política à época. Curitiba, São Paulo, Belém e
Rio de Janeiro
abrigaram a competição, muito elogiada pela Organização Deportiva
Pan-Americana (ODEPA) que, duas semanas depois, escolheu o Rio de
Janeiro como
sede do Pan-Americano de 2007.
Na ocasião, o Brasil terminou na liderança do quadro de medalhas, com 329 pódios (146 ouros, 94 pratas e 89 bronzes), subindo ao pódio em todos os esportes. A edição de 2002 é a única na história em que o Brasil terminou em primeiro no quadro de medalhas, deixando a Venezuela na segunda posição, e a Argentina em terceiro.
Na ocasião, o Brasil terminou na liderança do quadro de medalhas, com 329 pódios (146 ouros, 94 pratas e 89 bronzes), subindo ao pódio em todos os esportes. A edição de 2002 é a única na história em que o Brasil terminou em primeiro no quadro de medalhas, deixando a Venezuela na segunda posição, e a Argentina em terceiro.
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MUSAS
Leryn Franco treina visando os Jogos
Sul-Americanos (Foto: Reprodução / Instagram)
A musa Alessandra Marchioro é aposta da natação brasileira (Foto: João Gabriel Rodrigues)
A
mulher sul-americana é considerada uma das mais bonitas do mundo, e os
Jogos são
um belo palco para o desfile das musas. A paraguaia Leryn Franco, do
lançamento
do dardo, é a mais conhecida delas. No entanto, a Argentina vai com um
time forte no hóquei na grama, esporte pelo qual ganharam medalha nas
últimas quatro edições das Olimpíadas. Apelidadas de Leonas, elas fazem a
alegria do público masculino. A Venezuela, conhecida por sempre ganhar o
concurso “Miss
Universo”, tem Alejandra
Benítez, ex-esgrimista, como ministra do esporte e musa do país. O
Brasil não fica atrás e
levou para o Chile a velocista Ana Cláudia Lemos, a ginasta Jade Barbosa e a nadadora Alessandra Marchioro.
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STRIKE
Para
muitos, o boliche é apenas uma forma de se divertir, mas para quatro
integrantes da seleção brasileira, é um esporte e pode render medalhas
para o Brasil. Entre strikes e spares, Renan Ferreira, Marcelo Suartz,
Roseli Costa e Roberta Rodrigues tentam tirar o ouro dos favoritos
colombianos. São disputadas as provas individuais e de duplas, e a
medalha é definida por meio dos resultados de seis partidas. Uma partida
perfeita são 11 strikes, que valem 300 pontos.
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HEXA
Na
última edição dos Jogos Sul-Americanos, o Brasil teve dois atletas que
voltaram com excesso de bagagem na mala. Julio Almeida, do tiro
esportivo, e Angélica Kvieczynski, da ginástica rítmica, ganharam seis
medalhas de ouro cada um. O atleta do tiro tem, na carreira, 12 títulos
na competição, além dos seis de 2010, um em 1994 e cinco em 2006. Este
ano, Angélica tem chances de mais cinco ouros, e Julio disputará
"apenas" duas provas.
Angélica Kvieczynski viaja para Santiago em
busca de mais medalhas (Foto: Reuters)
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REDUÇÃO
Há
quatro anos, os Jogos Sul-Americanos distribuíram 485
medalhas de ouro. Na patinação velocidade, por exemplo, foram 26, no
ciclismo
28, na canoagem 24. A organização do evento, reduziu, e muito, as
disputas para esse ano. Em 2014,
serão 18 no ciclismo, na patinação apenas 6, e na canoagem 12. A grande
maioria dos esportes teve a diminuição no número de disputas, com o
objetivo de aproximar o programa de provas dos Jogos Pan-Americanos e,
claro, dos Jogos Olímpicos. Assim, serão entregues ao todo 318 medalhas
de ouro nos Jogos Sul-Americanos de 2014, uma
redução de 35% no número de provas. Portanto, não se assuste caso o
Brasil não aumente o número de medalhas com relação a 2010, quando
voltou para casa com 133 ouros.
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HOTEL
Medellín construiu a primeira 'Vila
Sul-Americana' (Foto: Divulgação
Jogos Sul-Americanos 2010)
São
quase 4.000 atletas no evento, mas Santiago não preparou uma vila para
os atletas, um local só para as estrelas da competição. Portanto, as
delegações ficarão em hotéis espalhados pela cidade. A única edição da
história em que uma vila foi construída foi em 2010, em Medellín, na
Colômbia, em que a "casa" dos atletas recebeu muitas reclamações, como
buraco nas paredes e falta de internet.
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ESTRELAS
Yane Marques foi medalha de bronze nos Jogos
Olímpicos (Foto: Reuters)
As
delegações levaram para o Chile quase todos os principais nomes de seus
países. A Argentina, por exemplo, convocou o campeão olímpico de
taekwondo, Sebastián Crismanich, da categoria 80kg. A Colômbia terá em
sua delegação a campeã olímpica de ciclismo BMX, Mariana Pajón, e até o
Panamá, convidado, traz sua principal estrela, o campeão olímpico do
salto em distância Irving Saladino. Os venezuelanos contam com o
campeão olímpico de esgrima Rubén Limardo. Pelo Brasil, os destaques são
Arthur Zanetti, Thiago Pereira e Yane Marques, medalhistas de ouro, prata e bronze nos Jogos de Londres.
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O PRIMEIRO DE MUITOS
Historicamente,
os Jogos Sul-Americanos marcam a carreira de alguns atletas como a
primeira competição multiesportiva da vida. Foi o que aconteceu com
Thiago Pereira, em 2002, quando com 16 anos conquistou quatro medalhas.
Em 2006, foi a vez de Jade Barbosa "aparecer" para o Brasil com cinco
ouros e, na última edição, em 2010, o gigante judoca Rafael Silva
conquistou dois ouros e uma prata, se apresentando para o país.
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E O FUTEBOL?
As
disputas do futebol masculino nos Jogos Sul-Americanos nunca foram
importantes, tanto que o Brasil esteve pela última vez em 1986, quando o
time tinha o volante tetracampeão Dunga como principal jogador. Em
2014, a idade máxima dos jogadores é de 17 anos e, mais uma vez, o
Brasil não levará representantes. Argentina, Chile Colômbia, Equador,
Paraguai e Peru participam do masculino. No feminino, o Brasil não levou
suas principais atletas mas, mesmo assim, é favorito ao título da
competição, que conta também com Colômbia, Uruguai, Chile, Venezuela,
Bolívia e Argentina.
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GUGA
Três anos depois, Guga ganhava Roland Garros(Foto: Globoesporte.com)
Quando tinha apenas 18 anos, Gustavo Kuerten,
participou e ganhou uma medalha de bronze nos Jogos Sul-Americanos de
1994, em Valência, na Venezuela. Três anos depois, seria o primeiro
brasileiro a ganhar Roland Garros. Em 2014, a equipe de tênis do Brasil é
formada por Rogério Dutra Silva,
Fabiano de Paula e Bruno Sant'Anna no masculino, e Gabriela Cé, Paula
Gonçalves e Laura Pigossi no feminino. O chileno Paul Capdeville e o
argentino Facundo Begnis são os principais nomes da competição.
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HORTÊNCIA
Na
primeira edição da história dos Jogos Sul-Americanos, em 1978, o Brasil
foi representado apenas no basquete e saiu com a medalha de ouro. O
time, comandado pela jovem Hortência, terminou com o título ao vencer a
Bolívia na final. Em 2014, a família da ex-jogadora estará representada,
já que seu filho João Victor Oliva, que nasceu às vésperas das
Olimpíadas de Atlanta 1996, integra o time brasileiro de hipismo
adestramento.
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BRASIL EM CASA
Seleção Brasileira na Copa do Mundo 1962
(Foto: Getty Images)
(Foto: Getty Images)
Santiago
traz ótimas lembranças para o esporte brasileiro. Foi na capital
chilena que o Brasil conquistou o bicampeonato mundial de futebol, em
1962, no Estádio Nacional, mesmo palco da abertura dos Jogos
Sul-Americanos. Já o basquete masculino brasileiro conquistou o primeiro
título mundial, em 1959, jogando em Santiago. Vale lembrar, porém, que
nenhuma dessas seleções estará esse ano nos Jogos, já que a Confederação
Brasileira de Futebol (CBF) optou por não levar um time, e a
Confederação Brasileira de Basquete(CBB) não encontrou tempo no
calendário para montar um time.
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JOGOS PARASULAMERICANOS
Pela
primeira vez na história, serão realizados os Jogos Parasulamericanos,
com sete modalidades: atletismo, basquete em cadeira de rodas, bocha,
natação, levantamento de peso, tênis de mesa e tênis em cadeira de
rodas. A competição tem início no dia 26 de março, uma semana após o fim
dos Jogos Sul-Americanos.
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NADA DE HEGEMONIA
A
Organização Desportiva Sumericana (ODESUR) exige que o pódio tenha ao
menos a presença de dois países. Nos Jogos de 2010, por exemplo, a
Colômbia conquistou as três primeiras posições em uma prova do ciclismo
BMX, mas o bronze acabou com o quarto colocado, o brasileiro Renato
Rezende.
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THIAGOS EM SANTIAGO
Thiago Braz do salto com vara
(Foto: Osvaldo F./Contrapé)
(Foto: Osvaldo F./Contrapé)
Entre os xarás, Thiago Braz será o que mais terá de correr, já que sai do Campeonato Mundial Indoor, esse fim de semana, na Polônia, direto para o Chile, onde tenta o título sul-americano.
Já o mais famoso é Thiago Pereira, que participa pela terceira vez do evento, e tem no currículo a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Londres, ano passado. Thiago Almeida e Thiago Monteiro já representaram o Brasil em edições de Olimpíadas.
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BRIGA PELO VICE
Todos
os Comitês Olímpicos Nacionais admitem o favoritismo do Brasil para
liderar o quadro de medalhas, devido a expectativa para os Jogos
Olímpicos de 2016 e ao fato de, pela primeira vez na história do evento,
o país levar grande parte de seus principais atletas. O interessante
será ver a luta pela segunda posição. A Colômbia, campeã em 2010, não
terá mais o "fator casa" a seu favor, e pode sofrer com a redução de
provas nas suas principais fontes de medalhas, como ciclismo, patinação e
boliche. Os líderes da história da competição, os argentinos, têm no
remo e no hóquei na grama as principais fichas para ficar na segunda
posição, enquanto a Venezuela aposta nas lutas para deixar os rivais
para trás. O Chile, que tem a maior delegação por ser sede do evento,
não deve assustar os primeiros colocados do quadro.
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IMAGINA NO SUL-AMERICANO
Velódromo inaugurado na semana passada
(Foto: Divulgação)
(Foto: Divulgação)
Foram
gastos U$ 45 milhões (cerca de R$ 110 milhões) nas obras dos locais de
competição dos Jogos Sul-Americanos. Duas sedes foram construídas e
outras cinco instalações foram reformadas para o evento. O restante dos
locais não precisou passar por grandes mudanças. O velódromo, por
exemplo, foi oficialmente inaugurado na semana passada, com a presença
do presidente do Chile, Sebastián Piñera.
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VESTUÁRIO
Entre
todas as modalidades do programa dos Jogos Sul-Americanos, a esgrima é a
única em que o atleta compete com 100% do corpo coberto. Os esgrimistas
são obrigados a usar máscara, roupas compridas, com mangas longas, meia
e tênis. Melhor para as jogadoras de vôlei de praia, que jogam só de
biquini, e que estarão tranquilas nas tardes de março na capital do
Chile, em que as temperaturas ultrapassam os 30ºC.
Cleia Guilhon competiu no Campeonato Mundial
de Esgrima com as cores brasileiras no
rosto (Foto: EFE)
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