Depois de três cirurgias no pescoço, quarterback é eleito o jogador mais valioso da temporada um dia antes da final contra o Seattle Seahawks, neste domingo, nos EUA
Por um tempo, 15 jardas pareciam uma
distância grande demais. Não importava o quão duro tentasse, Peyton Manning
simplesmente
não conseguia acertar. Em maio de 2011, um dos mais respeitados
quarterbacks da
história da NFL se viu forçado a passar por uma cirurgia no pescoço para
recuperar um nervo danificado que causava fraqueza em seus braços,
tirando
a força de seus lançamentos. No total, foram três intervenções no local e
19
meses fora dos gramados. Muitos pensaram que o retorno sequer
aconteceria. Ele foi criticado. O chamaram de "lançador de patos" pelas
bolas irregulares que saíam de suas mãos. Mas,
ao lutar contra os prognósticos, Peyton teve uma das maiores redenções
da
história do futebol americano. Depois de uma temporada de muitos
recordes, aos 37 anos, e ser eleito no sábado, um dia antes da grande
decisão, o jogador mais valioso (MVP) da temporada pela quinta vez (ele
já havia vencido em 2003, 2004, 2008 e 2009), o quarterback tenta
levar o Denver Broncos ao título do Super Bowl, neste domingo, às 21h,
contra o
Seattle Seahawks, no MetLife Stadium, em Nova York. O GloboEsporte.com acompanha tudo em Tempo Real a partir das 20h.
Até o Super Bowl 48, o terceiro de sua carreira, Peyton Manning completou 56 de 83 passes, com 65,7% de acertos, para 580 jardas. Caso consiga mais 116 jardas, passará Tom Brady, do New England Patriots, como o maior lançador da história dos playoffs da NFL. Em 2013, ele ainda superou dois recordes pertencentes a Brady: o de passes para touchdown numa só temporada, com 55 (Brady fez 50), e o de pontos marcados numa só temporada, com 603 (os Patriots fizeram 589 em 2007). Mas, além dos números, Manning busca o título para provar sua capacidade de dar a volta por cima.
Depois de uma temporada tão boa, Manning está animado. Em busca do título do Super Bowl, o quarterback se diz completamente em casa dentro dos Broncos.
Peyton Manning deu volta por cima na
temporada ao levar Denver Broncos ao
Super Bowl (Foto: Getty Images)
Manning fez história no Indianapolis
Colts, por onde jogou entre 1998 e 2011, sendo campeão e MVP (jogador mais valioso) em 2006. Mas, ao ser dispensado em 2012, não
sabia ao certo qual caminho seguir. Foi chamado pelo Denver Broncos e teve uma
boa temporada de estreia, caindo para o Baltimore Ravens nos playoffs. Na
edição seguinte, porém, foi além. O quarterback guiou os Broncos a uma de suas
melhores temporadas, quebrando uma série de recordes.
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Até o Super Bowl 48, o terceiro de sua carreira, Peyton Manning completou 56 de 83 passes, com 65,7% de acertos, para 580 jardas. Caso consiga mais 116 jardas, passará Tom Brady, do New England Patriots, como o maior lançador da história dos playoffs da NFL. Em 2013, ele ainda superou dois recordes pertencentes a Brady: o de passes para touchdown numa só temporada, com 55 (Brady fez 50), e o de pontos marcados numa só temporada, com 603 (os Patriots fizeram 589 em 2007). Mas, além dos números, Manning busca o título para provar sua capacidade de dar a volta por cima.
Para
voltar aos campos, Peyton
precisou superar a desconfiança até mesmo de seu irmão. Em uma
brincadeira logo
após a primeira cirurgia do astro dos Broncos, o caçula Eli, quarterback
do New York
Giants, se preocupou com as condições de Peyton. Cooper, o mais velho
dos três filhos de Archie Manning, precisou deixar os campos justamente
por problemas no pescoço.
Peyton Manning foi criticado por seus rivais pelos passes 'errantes' (Foto: Getty Images)
- Eu o vi depois daquela primeira
cirurgia no pescoço e eu estava convencido de que ele estava acabado. Não
havia como voltar e jogar futebol. Foi assim na primeira vez que estávamos jogando
no quintal da nossa casa. Nós estávamos jogando para 15 jardas e foi grosseiro.
Ele não conseguia jogar 15 jardas em linha – disse Eli.
As preocupações continuaram quando
Peyton fez sua estreia pelo Denver Broncos.
- Eu lembro de assistir ao jogo dele
no ano passado e de ter ficado preocupado. Estava meio “eu não sei se isso vai
funcionar” – afirmou.
Mas funcionou. Na nova temporada,
Peyton liderou os Broncos rumo ao seu sétimo Super Bowl, em busca do terceiro
título da franquia. Ainda assim, o quarterback se viu na mira das críticas de rivais.
Richard Sherman, cornerback dos Seahawks, afirmou que Peyton era o quarterback
mais esperto da NFL, mas pôs as condições de seu braço em dúvida. Chegou a
dizer, inclusive, que o rival “lançava patos” de vez em quando, criticando a
qualidade de seus passes.
Manning não se irritou. Pelo contrário. O astro dos Broncos brincou e
concordou com a afirmação do rival.
- Eu acho que é verdade (risos). Eu realmente
lancei patos para muitas jardas e touchdowns. E estou muito orgulhoso disso, na
verdade – afirmou.
Peyton Manning entra em campo pelos Broncos
(Foto: Getty Images)
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Depois de uma temporada tão boa, Manning está animado. Em busca do título do Super Bowl, o quarterback se diz completamente em casa dentro dos Broncos.
- Eu disse durante toda a temporada
que me sinto mais confortável neste ano do que no ano passado. No ano passado,
senti como um visitante todo o tempo. E não foi culpa dos Broncos. Os Broncos
me fizeram me sentir o mais bem-vindo possível. Mas você se sente como um
intruso.
Provavelmente porque fiquei tão ligado a um só time por tanto tempo.
Você não pode simplesmente fazer essa transição. Neste ano, eu não posso dizer
o quão confortável me senti. Mais uma vez, preciso agradecer aos Broncos por
isso. Eles simplesmente continuam abrindo os braços para me receber. Eu me
sinto orgulhoso de ser um Denver Bronco agora e estou orgulhoso de estar no
Super Bowl representando os Broncos.
broncos x seahawks: melhor ataque x melhor defesa
Marshawn Lynch é uma das armas do Seattle Seahawks (Foto: Agência Getty Images)
Na
noite deste domingo, no MetLife Stadium, em Nova Jersey, Manning e os
Broncos terão pela frente a sensação de 2013/14: o Seattle Seahawks. As
duas equipes de melhor campanha na temporada regular, ambas com 13
vitórias e apenas três derrotas, fazem o duelo do melhor ataque contra a
melhor defesa da liga. Se Denver é liderado por um dos maiores
quarterbacks da história da NFL, Seattle construiu um verdadeiro paredão
que barrou quase todas as linhas ofensivas adversárias até agora.
Os
Seahawks permitiram que os rivais
percorressem apenas 4.378 jardas, com média de 273.6 por jogo, a menor
da liga nesta temporada. O quarterback Russell Wilson, de 25 anos e em
sua 2ª temporada, ainda conta com um filho de brasileiros para garantir sua "segurança": o right tackle Breno Giacomini.
No ataque, a maior aposta é o running back Marshawn Lynch, que vem
brilhando nas corridas. Porém, como a final será em Nova York, em campo
neutro, o Seattle não poderá contar com seu 12º jogador, ou seja, a
barulhenta torcida azul e verde fluorescente - famosa por atrapalhar o
ataque dos rivais que jogam no CenturyLink Field.
O
tradicional show do intervalo fica por conta do astro pop Bruno Mars,
que ainda contará com a participação especial da banda Red Hot Chili
Peppers. Artistas como Madonna, Beyoncé, Paul McCartney e grupos como
The Who, Rolling Stones, Black Eyed Peas, U2, entre outras, já foram
algumas das atrações da final da NFL no passado.
Pela
primeira vez na história, o Super Bowl pode ser jogado sob neve. O
tempo ruim em Nova Jersey chegou a ameaçar a disputa da final na data
prevista. Mas os rumores de uma troca de datas entre uma competição de
MMA, no sábado, o UFC 169,
e o Super Bowl, domingo, perdeu força. As últimas previsões de tempo
para domingo, no horário do jogo, são de temperatura entre 7°C e 3°C,
com tempo nublado, 9% de precipitação e possibilidade de chuva, segundo o
site "accuWeather".
MetLife Stadium, palco do Super Bowl, coberto
de neve uma semana antes da final da NFL
(Foto: Reuters)
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