Dos seis times que na última rodada do Brasileirão pensavam em Libertadores, cinco são os que mais fizeram gols pelo alto. O outro é dos que menos sofreu gols assim
William
Atacante da Ponte concluiu 33 jogadas aéreas e fez nove gols
Éderson
Goleador do Brasileiro também fez nove gols, mas
em 38 tentativas
Hernane
Artilheiro do ano, Brocador fez oito gols aéreos
no Brasileirão
Dos seis times que chegaram à última rodada do Brasileirão ainda pensando na Libertadores do ano que vem, quatro são os de melhor ataque da competição. E cinco deles são os que mais fizeram gols em jogadas aéreas.
O Cruzeiro foi o time que mais fez gols com a bola sendo levantada em direção à área adversária (34), o Atlético-PR, o segundo (31) e o Botafogo, o sexto (23). Além deles, Vitória e Goiás, que lutaram até a última rodada pelo privilégio de disputar a competição continental, também estão nesse grupo: o Vitória ficou empatado como segundo time que mais fez gols pelo alto (31), e o Goiás, o quinto (26). O Esmeraldino ficou apenas na 11ª colocação no ranking de melhores ataques (48 gols).
A força do Grêmio, por outro lado, foi saber se defender. Teve o 14º ataque do Brasileirão (42 gols), mas a segunda defesa menos vazada (35 gols). E foi a terceira equipe que menos levou gols de jogadas aéreas (15). Cruzeiro e Botafogo ficaram empatados na quinta colocação entre os que menos tomaram gols aéreos (17).
Não se trata de uma fórmula mágica que sozinha determina o campeão, mas dominar o espaço aéreo é importantíssimo. Que o digam os atacantes Éderson, artilheiro do Brasileirão com 21 gols e que fez nove em jogadas aéreas, e Hernane, artilheiro do ano, que no Brasileirão fez oito gols de seus 16 completando lances em que a bola foi erguida em direção à área adversária.
Ainda assim, nenhum deles foi melhor do que William, da Ponte Preta, que também marcou nove gols depois de a bola viajar pelo alto e leva vantagem por ter acertado o gol em 17 das 33 tentativas realizadas, um eficiência de 51,5% nessas conclusões.
ataques aéreos
O Atlético-PR, também classificado para a Libertadores e segunda equipe que mais gols fez em jogadas aéreas, mostrou outra característica. Dos 31 gols com bolas erguidas, 11 foram em bolas paradas (seis escanteios, quatro faltas levantadas e um lateral) e 20 com a bola rolando (seis balõezinhos curtos, nove cruzamentos e cinco lançamentos). Nas bolas paradas, como se podia imaginar, brilhou Paulo Baier, com quatro gols começando em seus pés para dois gols do zagueiro Luiz Alberto e dois do zagueiro Manoel, mas João Paulo fez as cobranças para outros três gols, dois de Manoel e um de Roger.
Há outros destaques quando se analisa as equipes que atacam pelo alto: Portuguesa e Coritiba se juntam a Goiás e Vitória como equipes que marcaram mais de 50% de seus gols em jogadas aéreas. A Portuguesa fez 50 gols no Brasileirão e 28 deles em bolas aéreas (56%). O Goiás marcou 48 gols e 26 deles com bolas altas (54%). O Coritiba conseguiu 42 gols e 22 aéreos (52%) e o Vitória marcou 59 sendo 30 deles pelo alto (51%). O Corinthians vem em seguida, com 13 de seus 27 gols sendo conquistados com a bola erguida (48%).
defesas antiaéreas
Durante todo o primeiro turno, o Corinthians não levou qualquer gol em jogadas aéreas. No segundo, tomou sete (três em cruzamentos, um em escanteio e três em lançamentos longos).
Só o Atlético-MG se aproximou desse desempenho. Levou apenas dez gols aéreos (dois balõezinhos, dois cruzamentos, três escanteios, uma falta levantada e dois lançamentos). Mas as duas equipes mudam de posição quando considerada a importância das bolas aéreas entre o total de gols sofridos. Aí, o Galo toma a frente.
Apenas 26% dos 38 gols que o Atlético-MG levou foram conquistados em jogadas aéreas, enquanto a defesa corintiana levou 32% dos 22 gols em jogadas pelo alto.
Grêmio, Santos (15 gols), Cruzeiro e Botafogo (17) completam a lista dos que menos gols aéreos levaram. Já a lista de percentual de aéreos entre o total de gols é completada por Internacional (35%), Náutico (39%) e Santos (40%).
william
De seus nove gols aéreos, apenas dois foram marcados de cabeça. Um foi marcado com a perna esquerda e seis com a direita. Marcou um completando um balãozinho, um após cruzamento, quatro em escanteios, um em falta levantada e dois completando lançamentos longos. William fez 33 finalizações com a bola sendo erguida em direção à área adversária, 17 delas chegaram no gol (51,5%) e nove entraram. Nenhum outro jogador fez tanto quanto ele. Mas o artilheiro do campeonato chegou perto.
Para o Espião Estatístico, jogada aérea é qualquer uma que seja iniciada com a bola subindo acima do joelho dos adversários, seja completada ou não com a cabeça, diretamente para o gol, após uma assistência de um companheiro ou mesmo após uma rebatida da defesa. Se a jogada aérea é finalizada e houver uma rebatida, caso haja uma nova conclusão a gol, é considerado que a jogada aérea resultou em duas finalizações. Os vídeos de gols de William, no alto da matéria, formam um bom exemplo do que consideramos jogadas aéreas.
Éderson
O artilheiro até tentou mais do que William. Finalizou 38 vezes, mas acertou 16 (42%). Fez três de cabeça, 13 em chutes com a perna direita, quatro com a esquerda e um de voleio, que é computado de forma diferenciada.
Hernane
De seus 16 gols no Brasileirão, a metade foi conquistada em jogadas aéreas, quatro em cruzamentos, dois em escanteios e dois concluindo lançamentos. A importância relativa desses gols é evidente: dos oito gols feitos em jogadas aéreas, em seis o Flamengo empatava quando o Brocador deixou sua marca e colocou o Fla à frente do placar. Dos oito gols que marcou em jogadas com troca de passes rasteiros, em cinco o Fla empatava. Nos outros todos, o Rubro-Negro já vencia quando Hernane fez o dele.
O atacante Dinei, do Rubro-Negro Vitória, também marcou oito gols em jogadas aéreas, mas sua eficiência em arremates corretos foi ligeiramente menor, como mostra o quadro acima.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/brasileirao-serie-a/noticia/2013/12/william-ederson-e-hernane-lideram-no-ataque-aereo-galo-e-timao-na-defesa.html
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